𝑺𝒖𝒔𝒑𝒊𝒓𝒐 𝒅𝒆 𝑨𝒎𝒐𝒓 𝒆 𝑫𝒐𝒓

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LAURA

Estou me olhando no espelho já faz mais de 10 minutos, não consigo entender porque me sinto assim, sinto uma dor no meu peito e uma angústia que não passa, tento esconder novamente o machucado em minha boca e o vermelho do tapa que levei no rosto, porém nem sempre a maquiagem funciona.

— Vai morar aí? - pergunta sem paciência.

— Já estou indo...

Vitor não me deixa em paz, ele sempre arruma um motivo para brigar e me bater, já faz um mês que estou em casa e vivo um completo inferno.

Me levanto e vejo se minha roupa está como ele gosta, parece ridículo, mas apanhei ontem por ter usado um vestido que ele achou decotado demais.

Saio do closet e ele avalia minha roupa, não diz nada e saí do quarto, saio em seguida.

Vai ser um pouco difícil encarar Gustavo, mas não tenho escolha.

— Laura! - meu tio diz animado e se levanta.

— Oi, tio! - digo abraçando ele.

— Laura! - Gustavo diz tentando me abraçar, mas recuso seu toque.

— Gustavo! - digo e dou um pequeno aceno de cabeça.

Todos na sala perceberam o clima estranho, mas não ligo. Decidi deixar esse sentimento pelo Gustavo de lado, não era certo pois sou uma mulher casada e ele vai casar em breve com alguém que gosto muito.

Me sento perto de Vitor que propositalmente coloca sua mão em minha coxa, tento tirá-la, mas ele aperta mais, vejo que Gustavo olha disfarçadamente.

— E como estão os bebês, Laura? - meu tio pergunta.

— Estão bem... Nicola e Bela estão ganhando peso e logo estarão em casa. - digo contente.

— Isso é muito bom!

Ficamos conversando coisas aleatórias e um pouco sobre os dois casamentos.

— Gostaria que Laura e Stefane me ajudassem. - Ana Liz diz sorridente.

— Eu? - pergunto surpresa.

— Sim... você e Stefane são minhas cunhadas e tenho vocês como irmãs.

Ana Liz é tão doce, ela não merece que eu seja uma traíra.

Deixarei esse amor de lado.

— Vou amar ajudar você. - digo sorrindo.

— Ótimo! E você, Stefane? - pergunta.

— Se o seu irmão permitir, aceito. - diz tristemente.

Não vejo Dimitri desde o último acontecimento.

Stefane não lidou muito bem com o casamento de Lucas, ela ficou muito triste e meu irmão parece outra pessoa, ele está revoltado com isso.

— Preciso ir agora! - Vitor diz se levantando.

— Vou com você, preciso me divertir um pouco. - Heitor diz sorridente.

Vitor lhe lança um olhar mortal e ele se cala e depois olha para mim.

É muito humilhante que todos saibam que sou um brinquedinho na mão do Vitor.

Assim que eles dois saem, me levanto e sigo para o jardim, tem uma parte aqui que adoro ficar, é bem escondida da vista de todos.

Quando era criança adorava brincar na grama molhada, corria descalço e sentia um alívio na alma.

Ser criança é muito bom...

𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora