𝑴𝒊𝒏𝒉𝒂 𝑴𝒂𝒍𝒅𝒊𝒄̧𝒂̃𝒐

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VITOR

Estou por um fio de matar esses incompetentes, os idiotas não conseguem fazer nada.

— Precisa se acalmar, Vitor. - Heitor diz calmamente.

Olho para ele com tanta raiva que poderia lhe partir ao meio.

— Calma? Os meus filhos estão com aquela vadia...

— Não finja que está assim só por causa das crianças, você está assim porque Laura não estar aqui.

— Cala a boca! Se você não for ajudar, saia daqui.

Ele me olha e caminha até a porta parando.

— Ela também significa muito para mim... Eu também quero encontra-lá.

Levanto da cadeira irritado.

— Já faz tempo que não estou gostando do jeito que você fala dela. - digo desconfiado.

Heitor é o irmão mais próximo de mim, confio cegamente nele, mas isso não deixa meu sexto sentido de que tem algo que eu não saiba acontecendo.

— Sabe que tenho muita consideração por você, se tem algo para me dizer é melhor que seja agora. Eu não irei perdoar uma traição sua.

Ele me olha nos olhos e vejo por alguns segundos o menino que costumava correr para o meu quarto porque tinha medo dos relâmpagos, que chorava quando perdia para Dimitri, apenas mais um destruído no meio dessa família.

— Eu não tenho nada para dizer... Sabe que Laura é como uma irmã para mim...

Ele então saí da sala, suas palavras martelam em minha mente e uma droga de pensamento passa pela a mesma. Seria impossível isso, Heitor jamais se apaixonaria por ela, ela não me trairia assim.

Termino o meu whisky, pego meu celular e ligo para Nicolai.

Ligação on

— Nicolai...

— Vitor, como vai meu amigo?

— Já deve saber das notícias, então nada bem...

— Sim, eu soube. O que precisa?

— Mande uma das meninas para a sede da máfia... Preciso de uma virgem.

— Pode deixar, irmão...Tenho uma perfeita para isso.

— Ok! Até mais...

Ligação off

Me sirvo com mais um copo de whisky, todo esse tempo é assim que vivo, bebendo e me drogando. A bebida me alivia o estresse e a droga me faz esquecer ela.

Minha maldita...

Sinto falta do seu cheiro doce de rosas, de seus cabelos loiros jogados em meu rosto enquanto dormia, de como ela me olhava quando estávamos fazendo amor.

Sinto falta dela...

— MALDITA SEJA!

Jogo o copo na parede.

Abro o notebook e digito uma senha, coloco na pasta que tem imagens da câmera que instalei no nosso quarto, banheiro e closet, coloco em um dos vídeos aleatórios e aperto o play.

Logo aparece ela deitada na cama lendo um livro, sempre com tanta energia se virando para lá e para cá, seu cabelo em um coque alto e bagunçado, avalio seu corpo e vejo que ela veste um short que possivelmente jamais deixaria ela vestir, olho a data do vídeo e vejo que era quando estava em coma.

Batem na porta e fecho o notebook.

— Pode entrar!

A porta se abre e um dos soldados entra com uma menina loira de cabeça baixa.

𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora