𝑷𝒆𝒓𝒊𝒈𝒐

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LAURA

Sinto que tem algo estranho no ar, meu pai parecia muito emotivo e meu irmão anda muito estranho.

Estou me arrumando para ir no hospital ver meus filhos, estou morrendo de saudades e queria trazê-los logo para casa.

Estou nos preparativos para terminar de arrumar o quartinho dos meus bebês.

Visto a roupa e me olho no espelho, estou adequada para o Vitor.

Saio do closet e vejo que o celular de Vitor está tocando na mesinha de cabeceira, não queria mexer, mas minha curiosidade fala mais alto.

Me aproximo e pego o celular, vejo que é Karine ligando, sinto um nó na garganta e coloco o celular no mesmo lugar.

— O que está fazendo? - pergunta saindo do banheiro de toalha.

Tenho muita sorte de está de resguardo, esse é o único jeito dele me deixar em paz.

— Nada... estava apenas esperando você. - digo em uma tentativa falha de mentir.

— Hum...

De repente seu celular toca novamente, acabo levando um susto.

Ele pega seu celular e olha, mas não atende.

— Não vai atender? - pergunto como quem não quer nada.

— Não é importante. - fala e vai para o closet.

Fico triste por essa criança, ela não tem culpa de nada.

Me sento na cama e espero.

Depois de uns 10 minutos ele saí arrumado.

Me surpreende a forma que ele está vestido.

— Para de babar! - diz com um sorriso presunçoso.

— Não estou babando... - digo envergonhada.

Vamos direto para o jardim, hoje o café da manhã será servido lá.

— Bom dia! - digo para Ana Liz.

Ela é a única que está na mesa.

— Bom dia. - diz friamente.

Estranho seu comportamento.

— Você está bem? - pergunto.

— Sim... ah, ia esquecendo, não precisa mais me ajudar com os preparativos do meu casamento. - diz num tom estranho.

— Ok... Aconteceu algo?

— Os dois casamentos serão juntos, então vou deixar tudo com uma cerimonialista que Gabriela contratou.

Não digo nada, começo a comer em silêncio, vejo Gustavo se aproximar e fico tensa.

— Bom dia! - diz de forma séria.

— Bom dia... - digo baixo.

— Bom dia! - diz sorrindo - Não sabia que vinha.

O único que não diz nada é Vitor, sempre mal educado e com um péssimo humor pela manhã.

— Queria fazer uma surpresa. - diz e beija sua cabeça carinhosamente.

Isso me deixou desconfortável.

— Já terminei. - digo me levantando.

— Vamos, então!

Antes de sairmos dou uma última olhada para Gustavo, entramos no seu carro na parte de trás, hoje um motorista nos levará.

O caminho é silencioso.

(…)

Assim que chegamos em frente ao hospital, saio ansiosa na frente e nem espero Vitor.

𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora