𝑬𝒑𝒊́𝒍𝒐𝒈𝒐

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O amor não é para os fracos.

Precisei perder tudo para entender, perdi família, meus filhos, minha vida.

Sabe aquele momento que você ver sua vida passando como um filme em câmera lenta? Uma vida triste, mas real.

Enquanto eu era infeliz, eles eram felizes.

Estava dentro desse carro, seguindo para uma nova prisão, era assim que me sentia, um ano presa em uma clínica de reabilitação, acho que devia isso para meu irmão.

Gustavo e Ana Liz viajaram para Rússia, ela ocupava o lugar que por muito tempo desejei, mas confesso que foi um livramento me libertar de suas garras, entendi que o amor que sentia era tão pouco quanto o dele por ela, ele não era feliz e no fundo sabia que jamais seria, teve seu grande amor em mãos e deixou escapar, as vezes a vida não nos dar segundas chances.

Meu irmão e Stefane, como estava feliz por eles, uma grande amiga que a vida me deu, meu sobrinho a caminho fazia minha felicidade ser maior, ela ocupou o posto de primeira dama da máfia francesa, nem parecia mais aquela menina que conheci, o tempo fez ela ser forte, meu irmão não era diferente, aprendeu o que meu pai sempre quis ensinar e é um homem de ter orgulho.

A família Greco pouco importava, Dimitri não aceitava o seu destino, para ele era injusto que Stefane estivesse feliz, virou uma chacota na Itália, desejava tanto o posto de Don, que sua decepção foi maior ainda quando soube que o lugar já tinha dono, Nicola.

De Heitor ninguém ouvia falar, havia sumido viajando pelo mundo, sua culpa era seu carma, não aceitava Vitor ter morrido sem perdoa-lo antes, cortou contato com sua família e não apareceu mais na Itália.

Ana Liz era mais uma mulher infeliz na máfia, sua gravidez não segurou seu casamento, apenas o desgastou, chorava e sofria longe da sua família nas suas inúmeras noites sozinhas, seu casamento era um fracasso, o amor que ela desejava, ele jamais poderia dar.

Henrique e Estela sofriam a dor de perder um filho, o seu primogênito.

Para ela tinham arrancado seu coração e nunca perdoaria a mulher que um dia chamou de filha, para ele era um vazio, não teve a oportunidade de se despedir, seu filho preferido não estava mais aqui, então ele lutaria para trazer seu neto para perto, para o seu lugar de direito.

Gabriel seguiu para Rússia, seu trabalho tinha sido cumprido, lamentava não ver mais a mulher que despertou o amor em seu coração, jamais falaria para ninguém o que ocorreu naquela ilha, pedia para Deus que um dia pudesse ver seus belos olhos novamente.

Com minha mãe tive pouco contato, odiaria que ela visse meu estado deplorável, não fazia idéia de onde Lucas tinha escondido meus filhos, isso ocorreu desde o dia que Henrique exigiu a presença do herdeiro de Vitor, sentia falta deles, mas sabia que era o melhor e que estavam em boas mãos, Teresa cuidava deles como uma mãe.

Sentia a necessidade de fugir, aquele dia na praia não seria esquecido tão fácil, eu matei o amor que sentia, a doença e necessidade dele, jamais seria igual antes, mas também jamais amaria ninguém novamente.

Teria que aprender a me amar primeiro, aprender ser forte, não podia deixar o medo me dominar, toda vez que pensasse em desistir, deveria lembra-me que tenho duas razões para viver.

Esse não é o final da minha história e vida, é só o começo.

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