𝑫𝒆𝒔𝒄𝒐𝒃𝒓𝒊𝒏𝒅𝒐 𝒂 𝑽𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆

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VITOR

1 mês depois da fuga...

Acho que o que mais nos alimenta é o medo, medo de morrer ou perder alguém que amamos.

Talvez o amor seja apenas uma ilusão, algo tão irreal e mentiroso, porque não conseguia entender você amar alguém ao ponto de morrer por ela.

Eu realmente não entendia, aí conheci ela...

Podem me considerar um louco doente, talvez seja até isso mesmo que sou.

Meus dias estão sendo sombrios, sobrevivo apenas com bebidas e drogas, Alice nesse tempo tem sido uma ótima distração, ela é bonita e jovem, o que me lembra muito Laura.

Hoje faz exatamente um mês que não consegui achar a mulher que perturba minha mente dia e noite, estou no quarto copo de whisky, sinto meu corpo já relaxar, estou fumando meu segundo cigarro quando abro as pastas de vídeos do notebook.

Vou descendo devagar e algo me chama atenção, uma imagem de Heitor no meu quarto um dia antes de eu acordar, aperto o play do vídeo e espero.

Vejo Laura entrar primeiro e seguir para o banheiro, acho que ela fica por volta de uns dois minutos quando a porta é aberta por um Heitor muito bêbado, Laura saí do banheiro de toalha e eles trocam algumas palavras, ela parece bem assustada, me amaldiçoo por não ter mandado arrumarem os microfones do quarto.

O vídeo vai passando e o que acontece em seguida me faz ver fogo em minha frente, vejo o filho da puta de Heitor estuprar minha mulher no meu quarto, na minha cama, ela parece desesperada e então cansa de lutar, não consigo terminar de ver o vídeo todo e quebro tudo na sala.

— EU VOU TE MATAR, HEITOR!

Saio da sala furioso, quando vou saindo da sede escuto alguém me chamar, mas não dou atenção e entro no meu carro dando partida, parece até que dirijo na velocidade da luz, ultrapasso carros e sinais de trânsito, nem ligo se atropelar alguém.

O caminho inteiro parece infinito, aquele maldito vídeo remoendo na minha mente como um loop eterno.

É como se eu levasse um tapa na cara vendo seu rosto triste e com medo, é doloroso ver alguém fazendo com ela o mesmo que fazia.

Quando chego na frente da casa, saio do carro com tudo, minha ira e meu Demônio interno gritando por sangue, chegando na sala vejo todos, menos ele.

— Onde está, Heitor?

— O que aconteceu, Vitor? - meu pai pergunta confuso.

— ONDE ESTÁ, HEITOR?

Todos me olham espantados.

— Que gritaria é essa?

Quando ele chega na sala de estar e olho para seu rosto, minha vontade de matar só cresce.

— Eu vou te matar, Heitor... Com minhas próprias mãos. - falo calmamente indo para cima dele.

Te dou o primeiro soco fazendo o mesmo cair no chão, todos gritam assustados, mas nem isso me faz parar.

Subo em cima dele e te encho de socos, sinto mãos me agarrarem por trás e empurro a pessoa com violência sem nem saber quem é.

— PARA COM ISSO, VITOR!

Seu rosto sangra muito e ele até tenta se defender.

— COMO VOCÊ TEVE CORAGEM DE FAZER ISSO COMIGO?

Te acerto outro soco.

— Do... do... tá falando... PARA!

Te acerto outro soco que pega no olho esquerdo.

𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora