𝑪𝒐𝒓𝒂𝒄̧𝒂̃𝒐 𝑪𝒐𝒏𝒇𝒖𝒔𝒐

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LAURA

Acordo sentindo uma sensação estranha, passo a mão na barriga e não sinto mais volume, abro os olhos desesperada.

— Aí, meu Deus! - digo chorando.

— Calma, meu anjo... fica calma. - minha mãe se aproxima.

Só agora observo que não estou sozinha no quarto, todos estão aqui.

— Meus bebês? - pergunto baixo.

— Estão bem e são lindos. - diz sorrindo.

Meu coração se alivia, meus filhos estão bem.

— Quero vê eles... - digo tentando tirar aquelas coisas conectadas no meu braço.

— Para com isso! - esbraveja - Você precisa ficar de repouso.

— POR SUA CAUSA! - grito com raiva.

— CALA A BOCA!

— JÁ CHEGA! NÃO VOU MAIS PERMITIR ISSO! - meu pai grita com raiva.

— Vai embora, Vitor! Agora! - seu pai diz.

— Não vou, são meus filhos também. - fala olhando para Henrique.

— Já chega, fratello. - diz tirando ele.

Ele sai com Heitor.

Começo a chorar e minha mãe me abraça.

— Nada muda, Henrique. Quero levar minha filha e meus netos embora. - diz e olho para ele.

— Sabe que as coisas não funcionam assim... tem muita coisa em jogo.

— Eu não ligo! Não casei minha filha para ser saco de pancadas. - diz seriamente.

Henrique não diz nada.

— Quero vê meus filhos. - digo mais calma.

Sinto uma dor no olho e coloco a mão sentindo um pouco inchado.

— Eles estão na incubadora, nasceram prematuros. Mas estão bem e são saudáveis e lindos. - fala sorridente.

Abro um sorriso, a porta se abre e meu tio e Gustavo passam por ela.

— Você está bem? - pergunta de forma preocupada.

— Estou me recuperando. - falo com vergonha.

— Você está machucada... - diz sério e passa a mão no meu rosto.

O toque dele é calmo.

— Que bom que você e os bebês estão bem. - diz sorridente - São lindos por sinal.

— Sim... são pequenos e perfeitos. - diz sorrindo e segurando minha mão.

— Vamos sair e deixar eles conversarem. - meu irmão diz.

Todos olham para ele confuso, mas acabam saindo.

— Se o seu pai não conseguir fazer nada, vou tirar vocês daqui.

— E como vai fazer isso? Você vai ser um deles se casando com Ana Liz. - falo magoada.

— Isso é outra história, Laura.

— Outra história?

— Preciso casar com ela!

— Achei que você odiava os Greco... mas vai casar com uma!

— Você não entenderia. - diz calmamente.

— Eu gosto de você! - digo triste e chorando.

— Laura... isso não pode acontecer.

𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora