𝑫𝒐𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝑨𝒎𝒐𝒓

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LAURA

Uma dor é um panorama que segue uma linha de raciocínio, acho que tudo não passa de uma grande ilusão, amor e dor andam lado a lado.

Quanto sofrimento alguém pode aguentar?

Mulheres sofrem violência todos os dias, as vezes conhecemos e as vezes não, quantas mulheres e crianças sofrem abusos diariamente? Culpam a vítima e defendem o agressor!

Eu sou uma mulher vítima de uma sociedade machista e opressora, sou uma mulher que foi calada durante 19 anos, não tive escolhas e meu destino e vida foram escritos por outros.

Hoje me libertei de correntes que só eu conseguia enxergar, mudei o foco da minha história de uma garota indefesa e submissa, para uma mulher forte e corajosa, ninguém mais irá me calar.

Não tenho mais medo da morte e também não tenho mais medo dele.

Meu sofrimento acabou quando disparei aquela arma, meu tormento se foi no mar azul e imenso.

Dias antes...

— Fala, Laura!

— Já disse, pode me matar se quiser...

Ele me acerta outro tapa.

— Olha o que você me faz fazer...

Solto uma gargalhada, ele me olha como se eu fosse doente.

— Connard!

(Cretino!)

— Laura, não testa minha paciência.

Imagino que não estejam entendendo nada, então vou explicar.

Chegamos a Itália faz exatamente dois dias, nesse meio tempo Vitor já me deu uns 5 tapas, ele quer que eu diga onde meus filhos estão, já que não quero falar, estou recebendo uma pequena tortura.

Olho para ele com desafio e então me lembro de uma revista que li uma vez, onde diziam que as mulheres tem as armas para dominar um homem e se quiser o mundo, me levanto com um sorriso no rosto, Vitor me olha sem entender nada, começo a puxar meu vestido para baixo e então fico nua em sua frente.

— O que está fazendo? - pergunta olhando meu corpo.

Seus olhos não escondem a luxúria e vontade de me ter, se é para brincar, vou usar a melhor arma que tenho.

— Eu senti sua falta... do seu toque em mim... a forma como você me pegava... - falo próximo ao seu ouvido.

Escuto ele arfar, suas mãos seguram minha cintura com possessão, ele beija meu pescoço com carinho, seu toque provavelmente deixará marcas em minha pele.

— Não me provoque assim... - beija meu ombro direito.

Seu toque delicado, esconde um monstro pronto para sair.

Antes que eu diga algo, a porta é aberta por uma mulher, ela olha tudo com confusão, seus olhos se voltam para mim e depois para Vitor, o que mais me chama atenção é que ela se parece comigo, me afasto dele cautelosamente.

— O que faz aqui? - pergunta com frieza para a mulher.

— Eu não sabia que horas ia me buscar...

A mulher fala olhando para mim, seus olhos avaliam meu corpo, pego o vestido no chão e visto calmamente.

— Eu falei que ia, deveria ter me esperado. - diz rudemente.

— Meu nome é Laura, e o seu? - pergunto olhando a garota.

— Alice...

Quando escuto seu nome uma raiva me consome, foi com ela que falei ao telefone.

— A amante?

𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora