𝑴𝒂𝒓𝒄𝒂𝒔 𝒆𝒎 𝒎𝒊𝒏𝒉𝒂 𝑨𝒍𝒎𝒂

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LAURA

1 semana depois da fuga...

Tudo me aflige, não consigo comer e muito menos dormir direito, sinto medo mesmo estando longe dele.

Uma semana longe dele e foi tão sufocante, um vazio paira sobre mim.

Será que fiz a coisa certa?

Acho que tenho medo da resposta.

Acho que não estamos na França, ficaria muito fácil para eles nos achar, ainda não faço idéia de onde estamos, apenas sei que é uma ilha.

Stefane está muito feliz, eu vejo nela tudo que não consigo sentir, uma alegria, paz e tantos sorrisos.

Bela ficou doente desde que saímos da Itália, sua febre sempre está entre um meio termo, por mais que eu negue para mim mesmo, sei o motivo.

Falta dele...

Meu coração se aperta, ele disse que me amava...

Como tantas outras vezes...

Meu subconsciente grita para mim, me dói admitir. Dói saber que nada iria mudar, um homem assim não muda.

Não existe redenção para alguém assim, as pessoas tentam se iludir e acreditar que alguém pode deixar de ser como é, mas não, e também ninguém muda do dia pra noite.

O dia lá fora está bem bonito, apesar da casa ser um pouco afastada, vejo algumas pessoas que moram na ilha passando.

— Laura! - me chama com sua voz bastante alegre.

Me viro para ela, seu sorriso está de orelha a orelha.

— Qual o motivo de tamanha felicidade? - pergunto sorrindo.

— Veremos o sexo do bebê hoje... Estou tão ansiosa...

— Se acalma tá... quanto menos nervosa estiver, melhor.

Stefane para mim é uma grande amiga, alguém que a vida me deu quando mais precisava, uma pessoa quebrada e que entende todos os meus sentimentos, até porque fomos destruídas pelo mesmo sangue.

— Onde está meu irmão?

— Ele está esperando a gente para o café da manhã. Vamos?

Assinto com a cabeça, saímos da sala de estar e caminhamos lá para fora, aqui tem uma varanda lindíssima e com uma bela mesa posta de café da manhã.

Meu irmão nos espera sentado na cadeira principal da mesa, Stefane se senta do lado direito e eu do esquerdo, ele então sorri para nós, um sorriso tão bonito que fazia tempo que não via.

— Minhas meninas...

Seguro sua mão com um sorriso, começo me servindo com um copo de suco, meu irmão observa atentamente tudo calado, enquanto Stefane saboreia tudo na mesa, eu não como quase nada.

— Não vai comer mais nada? - pergunta olhando para mim.

O olho confusa.

— Mal tocou na comida... faz uma semana que agi assim. - diz preocupado.

— Estou bem, irmão... Apenas com pouco apetite.

Ele me olha nervoso e respira fundo.

— Imagino o quanto tenha sido difícil para você tudo isso, acho que será difícil se acostumar com uma vida normal.

Eu queria dizer que aquilo não era uma vida normal, que eu estava fugindo e me escondendo, não estava de férias.

— Não é esse o motivo...

𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora