3° 𝑴𝒐𝒏𝒔𝒕𝒓𝒐 𝑮𝒓𝒆𝒄𝒐

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LAURA

Se passaram exatamente uma semana da volta de mamãe para França, nesse meio tempo conversamos algumas vezes por chamada de vídeo.

Gustavo e Ana Liz voltaram de Lua de mel, ficarão morando aqui por um tempo e vão embora para a Rússia.

Estou fugindo dele como o diabo foge da cruz.

Hoje terá um evento da máfia e toda família precisa estar presente, queria evitar estar no mesmo lugar que todos eles, meu ódio só cresceu mais ainda nesse tempo.

Acho que o único que ainda se salva é Heitor.

Estamos próximos, conversamos, assistimos filmes juntos, ele é um bom amigo.

Não me vejo dentro de outra relação, acho que Vitor me quebrou por dentro, me fez desacreditar que alguém ira me amar de verdade.

Pela quinta vez provo um vestido e tiro, Stefane sentada na poltrona do closet, bufa cansada.

— Já chega, Laura!

— Eu não tenho roupa! - digo irritada.

Stefane me olha como se eu fosse louca.

— Olha o tanto de roupa que você tem... Não é tão difícil assim escolher algo para vestir. - diz se levantando sem paciência.

— Estou gorda, Ste... olha aqui, estou horrível.

Lembro das malditas palavras do Vitor.

— Quem colocou isso na sua cabeça? Você está linda, sua maluquinha.

— Você acha mesmo? Depois que casei, quase não arrumo o cabelo, as unhas... não estou gostando desse visual. - digo pegando no cabelo.

— Podemos ir no salão, isso é mais fácil de mudar.

— Tem razão... Quero mudança!

Me arrumo rapidamente e saímos rumo ao salão do shopping que sempre frequentamos.

Somos muito bem recebidas por sinal, todos conhecem a família Greco e eles tem grande influência na Itália.

Dei uma iluminada nos fios loiros, Stefane fez um lindo penteado com algumas tranças.

Nos arrumamos completas, pelo menos dinheiro podemos gastar a vontade, já não basta sermos infelizes.

Quando estamos saindo do salão, escuto um comentário que me faz parar no lugar.

— Achei que esse salão fosse bem frequentado. Não imaginava que qualquer gentinha entrasse.

Escuto algumas risadas.

Me viro e olho para uma Senhora sentada na cadeira, seu rosto grita arrogância e prepotência.

— O que disse?

Ela me olha com desdém e responde.

— Não estava falando com você, querida. Falava dessa pessoa aí. - diz apontando o dedo para Stefane.

— E o que tem de errado com ela? - pergunto com raiva.

Escuto uma moça que trabalha no salão dizer.

— Por favor senhora, não cause problemas.

— Eu causando problemas? Ora! Vocês aceitam esses tipos aqui, vocês estão errados. Provavelmente nem dinheiro deve ter, está sendo bancada pela amiga.

— Vamos embora, Laura. Não ligo para o que essa Senhora diz.

Olho de cara feia para a senhora na minha frente, ela em nenhum momento abaixa o olhar.

𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora