𝑮𝒆̂𝒎𝒆𝒐𝒔

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VITOR

Chegamos no hospital e saio carregando Laura como um louco.

— CHAMEM UM MÉDICO LOGO! - grito.

Eles trazem uma maca e coloco Laura em cima, saem com ela rapidamente.

— Senhor, não pode passar daqui. - diz uma enfermeira.

— Está maluca? É minha mulher! - falo irritado.

— Já chega, Vitor! - meu pai fala com raiva.

Ficamos esperando notícias e nada, Ricardo e Lucas não param de me olhar de cara feia.

Acho que já passou quase uma hora e estou quase indo até lá quando vejo um médico caminhar na nossa direção.

— E então, como está minha filha e minha neta? - pergunta preocupado.

— A paciente está bem, ela teve um sangramento por causa do estresse, está medicada e dormindo. - pausa - E os bebês estão ótimos.

Bebês?

— Como assim, bebês? - pergunto confuso.

— A paciente está grávida de gêmeos, não sabiam ainda? - pergunta.

— A médica disse que era uma menina e falou com convicção. - Mariana fala confusa também.

— Sim, uma menina e um menino. A menina estava na frente do menino, deve ter escondido ele na hora da ultrassonografia.

Fico em choque.

— Então ela vai ter um menino...

— Gêmeos, meu Deus! - minha mãe diz abraçando Mariana.

— Ela precisa repousar agora e não pode ter estresse, se ela tiver outro sangramento pode ser fatal. Com licença. - diz saindo.

Me sento em uma poltrona e fico paralisado, eu quase matei meus filhos.

— Acho melhor irmos embora, não vai adiantar ficarmos aqui. - Ricardo fala.

— Tem razão. Vamos, Vitor! - meu pai chama.

— Eu não vou! - digo - Vou ficar com minha mulher.

— Agora ela é sua mulher? - Lucas diz irritado - Não fode!

— São os filhos dele, Lucas.

Lucas olha para mãe e saí na frente com raiva.

— Espero que você dê um jeito na Rossi. - fala saindo acompanhado dos outros.

Sigo para o quarto dela, assim que entro vejo ela dormindo, me aproximo.

— Vamos ter gêmeos... - toco em sua barriga.

Deito no sofá do quarto e acabo pegando no sono.

(…)

LAURA

Acordo me sentindo estranha, abro meus olhos e logo um clarão surge fazendo eu fechar meus olhos rapidamente.

Vou abrindo os olhos devagar e vejo que estou num hospital.

De repente a porta se abre e vejo Vitor passar, sinto nojo dele.

— Que bom que acordou! - senta-se do meu lado - Como está se sentindo?

É sério isso?

— Como deveria me sentir? - pergunto com ironia.

— Tem algo que preciso te dizer, mas você tem que manter a calma.

Automaticamente penso na minha filha, me lembro de ter sangrado.

— O que aconteceu com minha filha? - pergunto em pânico.

— Ei, calma! - pede - Ela está bem... na verdade, eles estão. - diz sorrindo.

Eles?

— Não entendi... - digo em confusão.

— Vamos ter gêmeos! - diz tocando minha barriga.

— Gêmeos? Mas... a médica ela... - falo em total confusão.

— A menina estava na frente do menino, por isso ela só viu uma criança.

— Menino? O outro é menino? - pergunto sem acreditar.

— Sim, menino...

Começo a chorar.

— Não está feliz? Vamos ter um menino, Laura. - diz sem entender.

— Mas ela ainda continua grávida de você e o dela também é um menino. - afirmo.

— Não faz diferença... Agora tenho um filho seu.

Fico sem acreditar.

— Ele também é seu filho! - afirmo - Tem direito ao seu amor e carinho.

— É filho de uma vagabunda! - fala sem se importar.

Preciso tirar meus filhos de perto dele.

Não digo mais nada.

Um tempo depois o médico me dar alta, mas diz que preciso de total repouso até o 6° mês de gravidez.

Visto um vestido que trouxeram e depois saimos do hospital, o caminho é silencioso e agradeço.

Depois de um tempo chegamos e vejo todo mundo esperando por nós.

— Filha! - diz me abraçando.

— Mãe... - digo com um pequeno sorriso.

Falo com todos e subo para o quarto com ajuda de Vitor, ele me deita na cama e diz que preciso comer algo, me trás uma bandeja com algumas coisas e como tudo.

Depois acabo dormindo por causa de alguns remédios.

Votem no final.

𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora