LAURA
O ódio é algo totalmente novo em meu coração, se é que ainda existe um aqui.
Eu odeio ele, odeio a família Greco.
Me levanto da cama totalmente destruída por dentro e por fora, sinto dor em todo meu corpo, mas me forço a continuar de pé, as lágrimas que insistem em cair me fazem sentir mais raiva.
— Não deveria derramar uma lágrima por causa dele. - bato em meu rosto com raiva.
Entro no banheiro e sinto raiva do meu reflexo no espelho, nojo dele, mas também nojo de mim.
— Você é uma fraca! - digo com raiva.
Apenas me sinto insuficiente.
Entro no box e ligo o chuveiro na água gelada, as lágrimas que molham meu rosto se misturam com a água, vejo sangue saindo de mim e choro ainda mais de dor.
— EU TE ODEIO, VITOR GRECO! - grito com raiva.
Esfrego meu corpo com raiva e vejo minha pele ficar vermelha tamanha força que faço.
Sinto meu rosto doer por causa dos tapas.
Eu mereço isso?
Me jogo no chão e agarro meus joelhos chorando, ficar apenas sentada assim já me trás um grande desconforto.
Depois de um bom tempo jogada no chão frio do banheiro, me levanto, termino meu banho e saio com um roupão. Sigo para o closet e procuro algo que esconda os machucados.
Pego um vestido longo, totalmente preto e com mangas longas.
— Ótimo, Laura... Sorria, como sempre. - digo me olhando no espelho e respirando fundo.
Me visto e logo depois me sento na penteadeira arrumando meu cabelo, passo uma maquiagem leve para esconder os machucados do rosto.
Assim que saio do closet, alguém bate na porta.
— Pode entrar!
Ana Liz entra sorrindo.
— Sim? - pergunto sem interesse.
— Queria saber se você está bem?
Olho para ela e pela primeira vez sinto raiva. Raiva por ela fazer essa pergunta estúpida.
— Estou ótima... - forço um pequeno sorriso.
— Escutei seus gritos... sinto muito.
— Eu já disse que estou bem. - falo um pouco ríspida.
— Não imagino o que você esteja passando, mas você está tudo, menos bem. Os machucados em seu rosto contam uma história diferente.
— Não precisa se preocupar comigo. E realmente você não sabe o que estou passando, você é uma mulher de sorte, nunca vai passar por isso.
Eu não me reconheço mais...
Ana Liz me olha assustada ao perceber meu tom de voz.
— Sei que está machucada, mas eu não sou meu irmão e tão pouco a minha família. - diz um pouco magoada.
— Você é uma Greco! - falo com ódio e começo a chorar.
— Laura... - tenta se aproximar.
— Por favor, saia... Prefiro ficar sozinha. - digo triste e ressentida.
Ana Liz não diz nada e saí.
Me sinto um monstro por ter falado assim com ela. Acho que estou ficando como ele.
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𝐀 𝐌𝐀́𝐅𝐈𝐀
أدب الهواةLaura, uma garota bonita e doce, vê sua vida mudar drasticamente quando se casa com Vitor, futuro Don da máfia italiana Ndrangheta. Ela é filha do Don da máfia Francesa e sabe muito bem ser submissa, aprendeu desde cedo que uma mulher da "FAMÍLIA" f...