66²

19 1 0
                                        


[...]

António Torres
01:20h - no hospital

Eu estava destruído! Natasha não queria ver o mal que ela causou na Emma e por suas próprias escolhas causou mal á nossa filha, alguém que não tinha nada haver com os nossos problemas.

Emma estava já sem as máquinas perto dela e agora estava a ser apenas medicada. Já conseguíamos colocar a nossa mão em seu corpo, ela era tão indefesa e tão pequena que qualquer coisa que ela apanhasse era terrível. Eu me sentia impotente vendo tudo o que foi causado nela.

Natasha por sua vez já tinha falado com a polícia e Hannah e S/n estavam com ela agora no consultório da minha irmã. Ela estava tentar acalmar-se depois de tudo o que aconteceu, era ela e era eu aqui sentado no sofá.

Ferran não queria nem olhar para a minha cara, era terrível isto tudo. Eu tentava por tudo conseguir odiar Natasha, mas não resultava.....eu não sabia o que ela fazia que me deixava maluco por ela.

Era terrível!

— António Filho. Vem vamos ali tomar um café e comer algo na cantina. — meu pai veio á minha frente. —Ela está bem, as enfermeiras tomam conta dela e Natasha e as meninas vem já também.

— Não tenho vontade.

— Venha cunhado! Por favor. Emma ficará tranquila, já já ela também acorda. Venha.

— Tudo bem.

Me levantei e Ferran ainda havia ficado no sofá. O moreno não falava quando eu me dirigia a ele, eu insistia, mas nenhuma vontade dele querer colaborar comigo. Eu sei que fui um pouco precipitado em pedir o divórcio a Natasha e eu também sei que eles a amam mais do que a mim para ser sincero.

Natasha para eles era como uma mãe que nunca tiveram. Isso foi maravilhoso para o crescimento deles!!

— Vais ficar aí Ferran? — me pronunciei.

— Vem Ferran vem connosco um pouco, tens que comer para melhorar. Vá vamos.

Vitor falou para ele e ele se levantou. Droga! O problema era eu mesmo, andei mais na frente para não o incomodar e logo chegamos á cantina do hospital. Havia poucas pessoas por isso foi mais tranquilo para nós ficar descansados.

Peguei no meu café e logo me sentei na cadeira em frente da mesa da porta. Eu iria correr caso algo desse errado! Eu precisava estar atento a todos os perigos.

— Quanto tempo a Emma vai ficar aqui mesmo?

— Pelo que a Glória me disse uns dois dias mais. — era meu pai. —Ela vai ficar boa.

— Espero mesmo que sim!!! — me frustei e me inclinei na cadeira. —Agora é que ela não a vai ver mesmo.

Ferran saiu irritado da nossa beira e Vitor foi logo atrás dele. Eu acho que falar assim não era a minha intenção, porém foi a única coisa que me veio na cabeça.

...

Instantes depois eu e meu pai ouvimos um alarme a tocar era o "Código Rosa" bebé desaparecido, ou seja, podia ser Emma. Corri o mais depressa para o quarto em que ela estava e ela não estava lá, apenas S/n e Hannah que também haviam chegado á pouco.

— A Emma? Onde ela está me falem. Foi a Natasha? Foi ela não foi.

— Ei! Calma aí ok.

— Natasha tem medo que eu a tire! Agora é que eu vou tirar mesmo fiquem tranquilos.

— Para com isso. — era S/n já irritada comigo.

Meddle AboutOnde histórias criam vida. Descubra agora