Capítulo 44: Ciúmes pra todo lado

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Depois do expediente na delegacia Luísa se despediu da amiga e parceira de trabalho e foi direto para a casa de Kamba, não estava engolindo aquela história da briga dele com Raditz e não fazia ideia do por que dele ter feito aquilo. Depois que o homem foi embora após receber dois dias de suspensão não conversaram mais e ele não atendia suas ligações, claro que não iria atender, ele sabia que tinha feito merda e que ela não iria deixar barato. Só estava esperando encerrar o expediente para ir resolver esse assunto.

Kamba morava em um prédio próximo do centro, chegou e o porteiro a deixou entrar sem precisar interfonar, ele já a conhecia, chegou ao apartamento do homem e bateu na porta. Poucos segundos depois Kamba abriu a porta, estava com um copo de uísque cheio de gelo e ele tinha colocado o copo no nariz, no lado onde tinha levado o soco. Luisa olhou para ele com a cara fechada e os olhos cerrados, o homem saiu da passagem da porta para a mulher entrar e tornou fechar novamente.

_ Você pode me explicar agora porque merda você foi brigar com o Raditz? - Luísa perguntou com raiva jogando a bolsa em cima do sofá enquanto o homem se aproximava dela e tentou não deixar que a visão dele sem camisa e usando uma calça preta de cintura baixa não lhe intimidar-se.

_ Desculpa, eu não queria te causar problemas. - Ele disse sem conseguir olhar pra ela, estava com vergonha do que fez, tinha agido sem pensar e por ciúme, um ciúme que nem ele sabia que tinha por ela. Luísa puxou o copo da mão dele para ver como estava o rosto do homem e se assustou ao ver que ele estava com o rosto inchado próximo ao nariz, estrago causado pela mão pesada de Raditz.

_ Você poderia ter sido demitido seu idiota! O que é que você estava pensando? - ela o empurrou para que se sentasse no sofá.

_ Eu só queria deixar bem claro para ele que eu estou com você agora!

_ E pra quê isso? Eu já te falei mil vezes que eu e o Raditz não temos mais nada, porque que você foi provocar seu idiota? - ela gritou com as mãos na cintura enfezada, e o homem ficou quieto deixando que ela brigasse com ele, mas Luisa perdeu a paciência e tornou gritar.

_ Responde Kamba! Porque você foi provocar o Raditz, heim?

_ Na hora eu não soube o que estava fazendo... - Luisa torceu o nariz e viu no canto do sofá uma garrafinha de álcool e algodão com certeza Kamba tinha deixado lá para tentar limpar o nariz. Estava com raiva dele, mas também ficou preocupada em vê-lo com o nariz quebrado daquele jeito, pegou o álcool embebendo o líquido no algodão e levantou a cabeça de Kamba pelo queixo e começou a limpar o nariz dele que ainda estava minando sangue.

_ Você nem limpou o nariz direito! - reclamou sentada entre as pernas dele.

_ Ficou sangrando o dia todo... – ele respondeu fazendo careta de dor quando o álcool encostou na ferida.

_ E por que não foi no hospital?

_ Me poupe né Luisa, ia passar mais essa humilhação? O cara quebrou meu nariz e eu ainda tinha que ir ao hospital?

_ A culpa foi sua por dar uma de cão de briga! – ela disse ainda zangada tomando cuidado para não colocar álcool dentro do nariz dele, apesar que vontade não lhe faltava.

_ Vai ficar brigando comigo?

_ Vou! Porque você foi um idiota, não confia na minha palavra, o que eu digo pra você não é o suficiente! - ela dizia passando o algodão no rosto dele com força agora, mas era de propósito era pra que ele sentisse a sua raiva.

_ Eu te amo garota, eu só não quero a sombra daquele cara entre a gente! – ele disse.

_ A sua sorte é que eu gosto de você também! - ela disse puxando o cabelo dele pra trás.

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