A luz brilhando na coleira de elos de corrente de metal prateado é quase tão ofuscante quanto seus olhos. Seria um pouco menos avassalador se as luzes estivessem apagadas, mas ele tem essa coisa de foder com as luzes acesas, e ele não aceita isso de outra forma, então agora você tem que proteger seus olhos do brilho metálico e das poças azuis brilhantes estampadas em seu rosto.
Seu relacionamento com Satoru Gojo não é novo, mas talvez seja um pouco nebuloso. Ele não te chamaria de namorada, e você acha que se ele o fizesse, você vomitaria um pouco na boca com a implicação, mas ele também escolheu passar todas as noites de sábado aqui, no seu apartamento, com você exclusivamente nos últimos meses. Começou amigável, depois virou pegação bêbada, e então exigiu cada vez menos álcool para fazer alguém tirar as calças, e então, você não lembra como ou quem, mas alguém decidiu adicionar um pouco de dom leve e ação sub, e depois de um tempo, pareceu natural dizer às pessoas que você está muito ocupado nas noites de sábado para sair com os amigos.
Agora Gojo se ajoelha diante de você, com as mãos amarradas atrás das costas, e um sorriso brincalhão em seus lábios macios e rosados enquanto ele olha para você, uma sobrancelha erguida em diversão enquanto você tenta o seu melhor para manter uma cara séria de dominatrix. Você se senta na beirada da cama na frente dele, segurando a outra ponta da guia quase com desdém, suas pernas cruzadas e seu corpo relaxado.
"Isso parece um pouco excessivo, você não acha?" Ele pergunta, piscando seus longos cílios.
Você zomba, finalmente fazendo contato visual com ele. "Você é um pirralho falante. Você não chama minha atenção até fazer o que lhe mandam." Você chuta uma bota de couro para cima do peito dele, plantando firmemente a sola em sua pele nua. Vocês dois combinam: ambos sem camisa com o peito nu, ambos com calças de couro que se agarram firmemente aos seus corpos. Mas apenas um de vocês usa um modesto arnês nos quadris.
Suas próprias sobrancelhas se erguem diante do olhar dele. Você poderia jogar esse jogo o dia todo se ele quisesse.
Infelizmente, ele cede quase rápido demais para o seu gosto. Mantendo contato visual, ele abaixa a cabeça, estica a língua, lambe um longo e lento golpe por todo o comprimento da sua bota, o couro brilhando com sua saliva. Você lhe dá um sorriso triunfante.
“Bom garoto.”
Ele se afasta e cospe, fazendo careta com o gosto. "Deus, eu me sinto como Suguru." Ele mantém a língua para fora, quase engasgando.
“Sempre com o drama,” Sua voz cai para um sussurro sensual enquanto você se inclina para frente, passando sua mão rudemente por sua bagunça de cabelo e puxando as pontas para fazê-lo olhar fixamente para você. “Qualquer coisa que você fizer no meu chão eu faço com você,” Você acrescenta até o fim, quase como um pensamento posterior, antes de abrir sua boca e deixar uma gota de sua própria saliva cair de sua língua pendurada em sua bochecha. O ar está duro enquanto ele força os olhos, tentando sem sucesso assistir a gota escorrer por seu rosto.
Para chamar a atenção dele de volta, você puxa a guia em sua mão, e a linda coleira em volta do pescoço dele esfrega a pele vermelha enquanto ele a puxa para trás.
O desafio. Ele sempre é sobre o desafio.
Você fica de pé, mantendo a guia firme em suas mãos para manter as costas dele retas e eretas enquanto começa a circundá-lo. Com seus seis olhos, é preciso muito para surpreendê-lo, mas até ele está quieto, esperando seu próximo movimento.
"Sabe, estou ficando realmente enjoada do jeito que você age, do jeito que você fala comigo", você murmura baixinho, parando atrás dele. "Acho que precisamos tentar algo diferente." É uma ideia que você tinha na cabeça há um tempo, algo para finalmente chocá-lo, mas levou algumas semanas para criar coragem de sequer mencioná-la.
