Capítulo 33

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— Presente? — Dagan rapidamente desenrola-se para sentar-se de frente para ela, usando as mangas para esfregar o rosto. — Meu presente deixou mamãe muito feliz. Ela colocou na janela.

— Eu sei, eu vi, é muito bonito. — Os olhos de Dagan brilham como se ela tivesse acabado de dar-lhe o maior presente no universo, sua provação anterior esquecida.

— Diga obrigado a Lisa, obrigado, Dagan. — Gahan ordena baixinho.

— Obrigada fêmea, Lisa. — Dagan rapidamente fala.

— De nada, Dagan. — Lisa lentamente segura o rosto de Dagan, vendo o hematoma crescente. — Você está bem? — Sim, ele já me bateu pior. — Dagan diz inocentemente.

— Realmente... — Os olhos de Lisa olham para Gahan antes de se virar para olhar o homem entre Agee e Kirk.

— Ele não pertence à minha loja! Esta é a loja do Rei! Ele não tolera idiotas! O homem diz.

— Quem é você? — Ele pergunta.

— Ela é a Rainha, seu idiota! — Agee responde ao homem e Lisa não pode deixar de sentir-se bem com sua expressão.

— Mamãe? — Ela vê suas garotas encarando as pernas dos guardas.
— Zaki, não há nenhum perigo aqui. — Ele acena com a cabeça e as meninas se aproximam.

— Gahan, Dagan, estas são minhas filhas, Carly e Miki. Elas são parte da razão pela qual estamos aqui. — Lisa observa enquanto as três crianças sorriem uma para a outra.

— Vocês vieram brincar com Dagan? — Ele pergunta com esperança.

— Não desta vez. Nós viemos ver se você poderia fazer alguns de seus coletores de sol para nós.

— Você quer o presente da mamãe? — Dagan franze a testa. — Eu fiz para a mamãe.

— Eu sei e não, nós não queremos aquele. Gostaríamos que você fizesse diferente, para que possamos pendurá-los em Luanda.

— O castelo? — Os olhos de Dagan se arregalam.

— Sim. — Lisa sorri de forma encorajadora.

— Minha Rainha, o chão está frio. — Zaki informa, o que significa que ele gostaria que se levantasse.

— Sim, apenas um momento, podemos nos levantar, Dagan?

— Sem falar, Dagan fica de pé.

— Eu não posso fazer um para você, fêmea Lisa. — Dagan a olha com olhos tristes. — Eu usei tudo o que Gahan me deu para fazer o da mamãe.

— Você deu meu material da minha loja para este idiota? — Travon grita, tentando chegar a Dagan, que imediatamente se inclina.

— Ele usou minha sucata! O do meu trabalho principal! — Gahan grita de volta.

— Usando meu forno! — Era meu de qualquer forma! — Gahan argumenta.

— Suficiente! — Lisa grita, silenciando todos antes de voltar para falar suavemente com Dagan. — E se você tivesse seus próprios materiais, faria mais?

Dagan assente alegremente.

— Não com meu forno, ele não irá! — Travon nega. — Eu decido o que acontece aqui!

Agee olha para o homem e se pergunta se ele entende exatamente com quem está gritando.

— Isso é bom. — Lisa ignora o homem. — Você gosta de vir aqui, Dagan?

— Eu venho aqui para ver Gahan. Ele fica longe e sinto sua falta.

— Ele parece adorar seu irmão mais velho. — E se não fosse isso, eu não viria aqui. — Dagan olha para Travon rapidamente.

— Eu posso entender o porquê. Há outro forno que possa ser usado? — Lisa dirige sua pergunta para Gahan.

— Há um pequeno em nossa casa, meu pai construiu para poder praticar, mas não é possível para Gahan usá-lo sozinho, minha Rainha.

— Você não pode ajudá-lo? — Ela pergunta.

— Como Dagan disse, não fico muito em casa, sou aprendiz do Mestre Travon e meu trabalho principal ainda não conseguiu sua aprovação.

— E nunca terá! — Travon responde com satisfação.

Lisa gira, olhando o homem desprezível segurando o futuro desse menino em suas mãos, enquanto aterrorizava o outro. Seus olhos se movem para o trabalho nas prateleiras atrás dele.

— Essas taças são para o Castelo Luanda? — Ela se move para um olhar mais atento. Agee e Kirk empurraram Travon de lado.

— Claro, eu sou o Mestre do vidro do Rei. — Travon diz como se fosse importante.

— Você fez isso? — Ela escolhe um, sente seu peso, desfrutando de sua bela forma.

— Claro que eu disse... —

Pessoalmente? — Ela corta o idiota pomposo. — Você pessoalmente fez tudo isso?

— Bem... eu sou o Mestre e decido o que é feito.

— Então, Gahan fez. — Ela pressiona querendo saber a verdade.

— Sim, sob minha orientação. —Travon finalmente admite.

— Somente um Mestre poderia fazer algo tão perfeito. — Ela coloca o cálice de volta. — Eu gostaria de ver o seu trabalho principal, se estiver bem para você, Gahan.

— Você não pode! Não o aprovei!

Lisa lança fogo com os olhos. — Tudo bem, porque eu não aprovo você! — Ela olha fixamente para ele por um momento, certificando-se de que Travon entenda o que ela quer dizer, depois vira as costas para ele, olhando para Gahan, ela espera.

— É logo ali. — Gahan a guia para uma mesa no canto, onde um objeto grande está coberto com um pano.

— Posso ver? — Lisa pergunta.

— É lindo, fêmea Lisa. — Dagan diz.

— É minha Rainha, Dagan. Minha Rainha. — Gahan diz gentilmente.

— Você tem uma Rainha, Gahan? — Dagan olha confuso.

— Não, Dagan. A fêmea chamada Lisa é a Rainha.

— Rainha Lisa? — Ele olha para ela.

— Sim, Dagan, sou a Rainha Lisa. — Lisa sorri para ele.

— Você a chama de minha rainha, Dagan.

— Mas ela não é sua Rainha, Gahan.

— Lisa não pode deixar de rir, levantando a mão ela silencia Gahan.

— Dagan, desde que cheguei aqui, tentei fazer alguém... — Ela olhou sobre o ombro para Agee e Kirk. — Chamar-me pelo meu nome, mas ninguém o faz, por isso me agradaria muito se me chamasse de Rainha Lisa.

— Isso é o certo, Gahan?

— Dagan olha para o irmão, que hesita.

— Bem, se é o que a Rainha quer Dagan, então deve fazê-lo.

— Certo. Podemos mostrar a Rainha Lisa seu trabalho principal agora? — Ele pergunta com entusiasmo.
Sem outra palavra, Gahan se aproxima e remove o pano, roubando o folego de Lisa. Dagan estava errado. Não era lindo.

Era magnífico! Lentamente, ela vai em direção ao objeto, observando como a luz captura as cores profundas. É um Raptor no modo de ataque. Sua envergadura tem pelo menos um metro de largura, suas garras afiadas prontas para atacar sua presa enquanto seu bico aberto o faz ouvir seu grito de guerra. Ele fez o corpo preto e elegante, mas o detalhe de cada pena é visível, perfeito. Ao longo das asas, inseriu cores, verde, azul, amarelo escuro e laranja dando a alusão de movimento, de poder. Mas seus olhos... seus olhos são um púrpura penetrante, a cor da Casa de Luanda. Eles olham para você, o seguem e consegue ver a inteligência, o poder, a força e a astúcia do Raptor, dos guerreiros de Luda.

— É magnífico, Gahan. — Lisa sussurra e o menino ruboriza com o elogio.

— Obrigado, minha Rainha.

— Tem falhas. — A negação de Travon rompe o feitiço que o Raptor tem em Lisa.

Continua...

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