Capítulo 52

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— Acho que é uma questão de opinião. Mark adorou quando estava grávida de Carly. Ele gostava de observar as mudanças no meu corpo, para sentir sua filha chutar.

— Chutar? —Ele pergunta-lhe interrogativamente.

— Sim, bebês chutam no útero. — Ela franze o cenho para ele.

— Você é um curandeiro, certo? Como não sabe que os bebês chutam?

— As fêmeas Tornianas são muito secretas com o processo. Um macho, até mesmo um curandeiro, raramente tem acesso a ela e não até que termine.

— Ela fica sozinha? — Lisa não consegue esconder seu choque.

— Não, ela notifica uma fêmea mais velha, às vezes a que a apresentou, para ficar com ela e ajudá-la. O homem ajuda a fêmea com um tributo.

— Tributo... você quer dizer que ele a paga? — Lisa não consegue esconder seu choque.

— Sim. — Então você realmente não tem ideia sobre bebês... descendência.

— Ela o olha surpresa.

— Eu apresentei vários descendentes.

— Hadar responde ofendido.

— Mas antes disso?

— A menos que a mulher me chame, não tenho permissão para ficar perto dela.

— Ele reconhece.

— E o seu macho?

— Seu macho não é permitido perto dela até depois da apresentação e pode ser um tempo ainda mais longo se a mulher sentir que a apresentação será muito difícil. Ela pode decidir se unir a outro macho para que sua próxima apresentação seja menos dolorosa.

— Você não pode estar falando sério!

— Lisa não consegue controlar sua raiva.

— Que cadelas egoístas suas fêmeas são! — Ela sai do sofá, ignorando a dor que o movimento repentino causa.

— Você está irritada... por quê? — Ele fica chocado ao perceber que ela realmente está.

— Irritada. você acha? — Olhos furiosos encontram o dele.

— Suas fêmeas passam pelo ato mais bonito do universo, o nascimento de uma criança e excluiu uma das pessoas mais importantes, o pai. Ele tem todo o direito de se envolver no nascimento de seu filho.

— Seu macho... ele estava lá quando sua prole foi apresentada? — Hadar não pode esconder seu espanto.

— Ele cortou o cordão umbilical de cada uma delas. — Ela não pode deixar de sorrir com a lembrança. — Mark ficou aterrorizado nas duas ocasiões.
Hadar a observa tentando entender o que ela está lhe dizendo. Cortar o cordão... a linha de vida? O que liga a prole à sua mãe?

Seu homem o cortou? Ele foi permitido no quarto?

— É claro que sim. — Hadar percebe que falou em voz alta. — Depois de cortar o cordão, Mark foi a primeira pessoa a segurar nossa filha, era o direito dele. Eu senti a alegria em carrega-las. Ele mereceu ser o primeiro a segurá-las.

— Eu... — Hadar não sabe o que dizer. Esta não é a maneira Torniana, mas ecoa dentro, isto... assim era a forma como a Deusa queria que fosse. Com a garganta apertada, ele olha para a fêmea que acaba de mudar seu universo.

— O Rei deve ser informado. — Ele repete, suavemente desta vez.

— Concordo. — Lisa inclina a cabeça, fazendo uma careta ao esquecer suas feridas.

— Mas não hoje. — Ela não o deixa interromper. — E não por você.
Grim já se culpa pelo ataque de Luuken. Como acha que ele reagirá se descobrir que estou grávida?

— Mas... — Não farei isso com ele. Não permitirei que um momento de alegria seja prejudicado pelo que Luuken fez.

— Ele descobrirá. — Hadar informa-a.

— Sim.

— Você parece... preocupada com os sentimentos do Rei. — Ele a observa tentando entender.

— É claro, ele é meu para proteger. — Hadar ofega ao pensar que essa pequena mulher protege o Rei. — Sabe Hadar, terminamos. Com certeza terminamos por hoje. Estou dolorida, cansada e vou para cama. Você irá até Grim e informará que estou dolorida e ferida, mas bem. — Ela o olha diretamente nos olhos, certificando-se de que ele entenda. — E se disser qualquer outra coisa, eu me certificarei que nunca mais chegue perto de mim ou de minha prole.

— Eu sou o curandeiro do Rei. — Hadar argumenta.

— Você não será o da Rainha. Entendeu, Hadar?

— Girando, ela segura o encosto de uma cadeira, como se o mundo de repente começasse a escurecer.

— Majestade! — Hadar está rapidamente ao seu lado, apoiando seu peso.

— Risley! —Ele grita por sua Guarda, que imediatamente corre para o lado dela.

— O que você fez? — Ele pergunta.

— Ele não fez nada. — Lisa nega, enquanto se estabiliza.
Hadar não acreditava que ela o esteja defendendo, nem sequer gostava dele.

— O que em nome da Deusa está acontecendo? — Grim invade o quarto para encontrar um macho de cada lado da Lisa. Ouvindo o tom de Grim, Lisa imediatamente sabe o que ele está pensando.

— Não Grim, eles não estão atacando, estão me ajudando.

— Ambos os machos observam cautelosamente o Rei e o que eles veem os congela. Ele está além de furioso.

— Afaste-se da minha Rainha. — Os olhos de Grim são mortais quando ele avança. Lisa estende a mão e ele a puxa cuidadosamente para seus braços. Risley imediatamente se afasta, mas Hadar espera até que ela esteja completamente nos braços do Rei.

— Saia, Hadar!

— Perdão, Majestade. — Ele também recua.

— Grim. — Lisa pode sentir a raiva vibrando através dele. — Eles estavam ajudando. — Ela tenta acalmá-lo. — Eu me levantei rápido e me senti fraca, Hadar pediu a ajuda de Risley. Eles estavam me ajudando quando entrou.

— Ela enfatiza.

— Você desmaiou? — Grim olha de seu rosto pálido para Hadar.

— Ela ficou fraca, meu Rei, é de se esperar... — Hadar olha para a fêmea nos braços do Rei e percebe que ele não pode ir contra seus desejos. — Seu corpo foi severamente estressado, ela precisa descansar, muito descanso. — Ressalta. — Mas terá uma recuperação completa.

— Você está certo. — Grim responde.

— Sim, Senhor.

Grim levanta Lisa em seus braços. — Saia. Eu cuidarei da Rainha. — Ele ordena, não esperando para ver se é seguido, caminha para cama.

***

Abrindo lentamente os olhos, Lisa vê o sol de Luda apenas começar a subir. Foi uma longa noite de pesadelo, mas em cada um, Grim estava lá, segurando-a, confortando-a, limpando suas lágrimas. Ele foi sua rocha, mas não estava ao seu lado agora.

Continua...

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