Capítulo 43

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Lisa olha para os muros que guardam Luanda, perguntando se poderia sair.
Grim a protege muito agora. Como ficaria uma vez que soubesse que estava grávida?

Suspirando, seu dedo segue o caminho de uma gota de chuva. Este deveria ser um momento tão feliz. Uma nova vida foi criada. Em vez disso, ela está sozinha no nível feminino contemplando suas escolhas.

Ela tinha alguma? Fez promessas a Grim, mas ainda assim... poderia ficar com ele sabendo que também significava tão pouco?

Quais eram suas opções?

Ir para Tornian e ser forçada a se unir a outro homem?

Um que poderia ser como Luuken?

Pelo menos ali, as meninas estavam felizes e Grim parecia se preocupar com elas e com o bebê? Ela tinha suas meninas, mas Grim nunca permitiria que seu próprio filho fosse tirado dele. Ela poderia se afastar? Nunca!

Então, onde isso a deixava? Deixa ali... em Luda. Olhando ao redor da sala vazia, Lisa se pergunta se foi muito apressada em limpá-la. Tinha tanta certeza de que poderiam fazer isso funcionar.

Agora... agora não tinha certeza de que poderia dormir com Grim... não depois do dia anterior... e fazer sexo... como fazer sexo com alguém que ama... quando ele não o ama?

Lisa sente seus olhos se encherem de lágrimas com o pensamento. Ela amava Grim. Sim. Sabia com certeza, assim como sabia que amou Mark. Grim não a amava... ele precisa dela, mas não a amava.

Infelizmente, não podia culpá-lo. Ela foi a única a expressar seus sentimentos.

Foi ela quem sugeriu sexo de fazer as pazes e foi a única a deixar suas emoções saírem. Tudo o que Grim queria era se unir a uma fêmea, qualquer fêmea e ter filhos. Ele não precisava amá-la para fazer isso.

Ela precisa concordar com isso. Não teria seu: felizes para sempre nesta história, não para ela, mas poderia haver para suas meninas, se jogasse pelas regras de Grim.

Poderia fazer isso? Poderia voltar atrás? Dormir com Grim, unir-se a ele e não o deixar destruí-la lentamente? Ela também tinha... suas meninas e este bebê dependendo dela.

***

Grim acena com a cabeça para os guardas do lado de fora da ala real, movendo-se para a escada, ele encontra Ion e Nairn na parte inferior.

— Minha família está no andar de cima? — Ele pergunta.

— Apenas a Rainha, Senhor. — Ion responde, mantendo seus olhos à frente.

— As meninas estão com Cook.

— Eles têm sua guarda? — Grim pergunta.

— É claro, Senhor.

— Ao seu tom, Grim olha confuso para Ion.

— Aconteceu algo do qual não estou ciente, Ion? Ion finalmente olha seu Rei nos olhos.

— Não, Senhor. — Dando-lhe um último olhar, Grim acena com a cabeça e depois vai encontrar Lisa.

***

Os passos impacientes levam Grim através da sala de estar vazia para sua Rainha. Ele precisa vê-la, tocá-la, falar com ela. Precisa fazê-la entender que não teve a intenção de machucá-la. Ela contou-lhe como ficou ferida com Mark e ele não queria que ela pensasse que ele faria isso. Era diferente.

Entrando em sua câmara, ele está olhando rapidamente pelo lugar, mas não a encontra. Uma busca rápida na sala de limpeza disse que estava vazia. Onde ela está? Ion disse que ela estava ali, mas ele agiu de modo estranho.

Quando avança para chamar a Guarda, ele percebe que a porta para o nível feminino está aberta, a luz vagamente brilhando. Porque ela estaria lá em cima? Não pertencia ali.
Rapidamente subiu a escada.

***

— Lisa... — Ao ver seu sobressalto, ele percebe que a assustou.

— Grim. O que você está fazendo aqui? — Ela pergunta com voz rouca.

— Estava procurando por você. — Caminhando até ela, seus olhos rapidamente percorrem o espaço vazio. — Porque está aqui?

— Eu precisava pensar e este pareceu o lugar lógico.

— Pensar... — Ele para logo atrás dela.

— Sobre o que?

— Nós. — Grim fica tenso com sua resposta.

— Nós? — Ele pergunta, seu coração acelerado. O que ela precisava pensar?
Pertencia a ele. E ele pertencia a ela.

Lisa olhou para ele, sabendo que o aborreceu com sua resposta. Seu coração se partiu um pouco quando percebeu que não gostava de Grim chateado.

Queria vê-lo feliz, vê-lo sorrir. Queria dar-lhe o amor que foi negado toda sua vida.

Suspirando forte, ela volta para janela, aparentemente suas decisões foram tomadas. Ela ficará com Grim, fazendo o que prometeu e encontraria uma maneira de sobreviver como sua fêmea.

— O que tem nós, Lisa? — Agarrando seus braços, ele lhe agita levemente. Ela se afasta dele ferida, mas não tanto como a expressão em seus olhos.

Estão cheios de uma aceitação dolorosa. Aceitação de que? — O que devo fazer para agradá-la, minha Lisa... — Virando-a, gentilmente ele levanta seu rosto para ele.
— Diga-me... — Ele sussurra.

— Não é nada com o que precisa se preocupar, Grim. Eu cheguei a um acordo sobre isso. — Ela coloca uma mão reconfortante em seu rosto.

— Não é nada? — Isso o irritou. Ele olha para os olhos que ama e vê uma tristeza profunda neles, uma tristeza colocada por suas palavras irrefutáveis, palavras que ela acabou de devolver. Alger estava certo. Ele causou grandes danos a quem nunca deveria ferir.

— É por causa de ontem, por causa do que eu disse? — Ele pode dizer que está certo.

— Não importa. — Quando ela se afasta, ele a puxa.

— Isso importa minha Lisa. Qualquer coisa que coloca este olhar em seus olhos é importante. Você é tudo que importa para mim. Não sabe disso? É minha Rainha.

— Não... eu sou sua fêmea. — Ela o corrige e vê os olhos arregalados em choque.

— Por que diz isso... você quer me deixar?

— Não. Eu lhe dei minha promessa Grim, meu voto, de me unir a você e apenas você. Quis dizer isso e vou manter, mas isso não me faz sua Rainha.

— É claro que você é minha Rainha!

— Não. — Ela olha para ele com os olhos firmes.

— Uma Rainha fica ao seu lado, Grim. Ela é sua igual, sua amante, sua confidente e sua amiga. Ela tem um poder único e deveres para desempenhar, deveres que importam. Ela é todas essas coisas Grim... mas não é isso que você quer. — A tristeza entra em seu olhar.

— Eu sempre serei a fêmea que tem sua prole. Grim a olhou horrorizado. Foi isso que ele a fez pensar? Que apenas importava para ele por causa de sua prole. Ele abre a boca para falar, mas não encontra as palavras com o nó súbito em sua garganta.

— Está tudo bem, Grim. — Ele observa a tristeza desaparecer para ser substituída por algo muito pior... aceitação.

— Não está bem! — Grim quer gritar de raiva, mas está tremendo. Como ela pode pensar isso e acreditar, por causa do que ele disse? Que ela se achasse indigna de ser sua Rainha... puxando-a para seus braços ele enterra o rosto em seu pescoço, respirando seu aroma, seu calor, buscando conforto até encontrar as palavras.

Continua.....

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