Capítulo 49

268 40 0
                                    

— Senhor. — Ambos olham para Montfort de pé na entrada e ele não consegue esconder o choque com a aparência de sua Rainha. O Rei a atravessou Luanda, não permitindo que ninguém a visse e agora entendia o porquê.

— O que foi? — Grim rosna seu desagrado ao olhar contínuo de Montfort.

— Sinto muito, meu Rei. Minha Rainha.

— Ele abaixa os olhos, lutando para impedir que se encham de lágrimas.

— Está tudo bem Montfort. — Ela tranquiliza, vendo-o lutar. — Eu sei que parece uma bagunça, mas estou bem. — Ela lhe dá um sorriso encorajador.

— Eu trouxe uma refeição para você. — Ele corta suas palavras, não querendo que sua Rainha veja o quanto ele está triste por sua aparência.

— Sua garganta está ferida, Montfort.

— Grim informa-o.

— Eu trouxe vários itens, Senhor, incluindo sopa que não deve irritar. — Obrigada Montfort, isso parece maravilhoso.

— Quando ela fica de pé, Grim coloca uma mão gentil, mas restritiva em seu ombro.

— Você comerá aqui. — Ele é inflexível.

— Mas as meninas... — As pequenas estão comendo com a Guarda, minha Rainha. — Montfort informa.

— Com a minha guarda? Por quê? — Seus olhos vão para Grim. — O que está errado?

— Não há nada de errado, minha Rainha. Verdade. — Montfort fala antes que Grim possa. — Quando chegou a hora de sua refeição, a Guarda se recusou a sair, mesmo alguns a cada vez e as pequenas se recusaram a comer, a menos que sua Guarda também fizesse, então eles estão comendo juntos.

— Oh... — Lisa descobre que ela não pode falar, enquanto seus olhos transbordam por estes homens carinhosos com suas filhas.

— Traga a refeição, Montfort. — Grim diz esfregando suavemente as lágrimas dela.

Assentindo com a cabeça, ele sai.

— Seus guerreiros são tão bons machos, Grim. — Ela sussurra.

— Nossas pequeninas capturaram seus corações tanto quanto você. — Ele a beija suavemente, tomando cuidado com seu lábio partido, afastando-se apenas quando Montfort retorna.

***

Grim observa sua Lisa enquanto ela come, quando ela hesita, ele tira a tigela, alimentando-a. Que ela não discute diz-lhe a verdade, está sentindo mais dor que diz. Quando a tigela está vazia, ela se inclina para trás.

— Pedirei a Montfort mais.

— Não, estou cheia, mas obrigada.

— Tem certeza? — Ele franze a testa.

— Sim. — Ela esfrega a mão ao longo de sua coxa. — Eu preciso ir ver as meninas.

— Não. — Grim nega.

— O que? — Ele vê o choque em seus olhos e sabe que ela entendeu mal.

— Você ficará aqui. Eu as trarei para você. Não sairá daqui, Lisa. — Sua voz é severa.

— Eu prometo... basta fica aqui... por favor... — Ele vê a preocupação que ela tem tentado esconder. Confiou nele quando disse que elas estavam ilesas, mas agora precisava ver por si mesma.

Era a mãe. Era seu trabalho, sua responsabilidade... Grim finalmente percebe o que ele e todos os outros homens Tornianos foram negados, algo realmente importante, o amor de uma mãe. Ele se certificará de que sua prole o tenha.

— Eu as buscarei, minha Lisa. Apenas prometa que irá se comportar uma vez que elas estiverem aqui. Preciso que você cuide de si mesma... por mim.

— Eu prometo, Grim.

***

— Mamãe! — Como as garotas escaparam das mãos restritivas de Grim, ele nunca saberá, mas o fazem, indo direto para a mãe.

— Meninas! — Grim diz, enquanto elas mergulham em seus braços, vendo a dor mesmo quando seus braços as envolvem.

— Está tudo bem, Grim. — Ela diz quando ele tenta afastá-las dela. Abaixando a cabeça, ela as puxa ainda mais perto, respirando seu cheiro inocente.

Agradecendo a Deusa por cuidar delas até que Grim pudesse.

— Mamãe... — Carly levanta uma mão hesitante, tocando sua bochecha ferida.

— Você está machucada. — Seus olhos vão para Grim.

— Foi a árvore, bebê. — Lisa teve tempo de pensar sobre o que dizer às meninas e enquanto não gostava de mentir, não havia como explicar o que realmente aconteceu. — Eu disse-lhe que iria encontrar uma e me esconder até que Grim pudesse nos encontrar e o fiz. — Ela olha para Grim, vendo que ele entende o que está fazendo.

— Mas o que aconteceu, mamãe? — Miki pergunta, sua voz tremendo.

— Eu julguei mal, bebê. — Ela vê sua confusão.

— Cometi um erro, pensei ter encontrado uma árvore boa e confiei, mas não foi e acabei me machucando.

— Ela vê o medo nos olhos das meninas. — Mas Grim me impediu de ficar realmente ferida. Estes são apenas golpes e contusões... vocês duas já ficaram assim antes, lembram-se?

— Elas assentem. — Então não se preocupem, eu ficarei bem.

— Promete, mamãe? — Miki sussurra com medo.

— Eu prometo, bebê. Agora digam o que estão fazendo. Ouvi dizer que Padma ficou com vocês.

— Sim, mamãe. — Miki diz com entusiasmo, seu medo anterior esquecido.

— Ela disse que precisávamos nos limpar antes experimentar nossas roupas novas... — Ela se inclina para trás, deixando Lisa ver o que está vestindo.

Lisa olha e vê que ambas as meninas estão vestindo roupas que ela nunca viu antes. Olhando para cima, ela vê Padma de pé ao lado da porta, Gossamer logo atrás.

— Obrigada Padma. — O aperto na garganta de Lisa não tem nada a ver com sua lesão.

— Não foi nada, minha Rainha. — Padma olha para os pés.

— É algo Padma. — Lágrimas enchem os olhos de Lisa. — Você cuidou de minhas filhas quando não precisava. Você as confortou. Sempre estarei em dívida.

— Não, não fiz nada que você não tenha feito pelos meus filhos.

— Grim segue a troca entre as duas fêmeas e percebe que ele nunca deu à mulher de Gossamer o respeito que ela merecia. Ela obviamente amava tanto sua descendência quanto Lisa e por isso, forjaram um vínculo que apenas elas realmente entendiam.

— Padma. — Grim aborda-a diretamente, algo raramente feito. — Você estaria disposta a ficar está noite? Nesta ala, claro, totalmente protegida, para ajudar com o cuidado de nossa prole para que Lisa possa descansar livre de preocupações?

— Meu Rei? — Padma olhou para ele chocada.

— Gossamer também, é claro. — Ele a olha nos olhos. — Você provou que não é apenas um fiel, mas uma verdadeira amiga da minha Rainha. Poderia ter deixado Luanda ao primeiro sinal de problemas, mas se recusou, ficou e cuidou da nossa prole quando não conseguimos, de uma maneira que ninguém mais poderia tê-lo feito e isso não será esquecido, será sabido que você é uma amiga verdadeira e confiável da Rainha e o Rei de Luda.

— Eu... — Padma não sabe o que dizer. O que o Rei acabou de dizer mudará suas vidas. As mulheres auyangianas eram vistas como escórias pelas fêmeas de Tornian e no melhor dos casos, pelos homens também. Por isso, Gossamer sempre a mantinha tão perto. Para o Rei proclamá-la com uma amiga... quer dizer que estenderia sua proteção a ela e sua família.

— Nós ficaremos, meu Rei. — Gossamer fala por trás de Padma.

Continua...

GrimOnde histórias criam vida. Descubra agora