Capítulo 55

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— Por quê? Porque ela é uma fêmea? — Lisa desafia.

— Bem... sim... ela apenas se preocuparia com o que poderia conseguir de seu próximo macho.

— Você quer dizer se ele puder levá-la de volta a Tornian, certo? Foi o que você disse que todas as suas mulheres queriam... ser Imperatriz.

— Sim... — E quem melhor do que um poderoso, do que alguém que vive em Tornian, cujo pai era o Capitão da Guarda do Imperador.

— Faz quinze anos desde o meu ataque, minha Lisa.

— Um ataque ao qual você não deveria sobreviver. — Lisa lembra-lhe. — O que aconteceu com Risa depois disso?

— Ela voltou para Tornian e afirmou que nenhum macho apropriado se apresentou, solicitando a Wray que assumisse a responsabilidade por ela até que alguém pudesse. A Imperatriz concordou.

— Woa! Woa! — Lisa dá a Grim um olhar totalmente confuso. — Sobre o que você está falando?

— Uma fêmea pode adiar sua primeira união se não sentir que os machos apresentados são apropriados. — Ele cala Lisa com a mão no alto. — Mas apenas se seu pai permitir.

— O pai de Risa estava morto.

— Sim, nesse caso, ela pode solicitar a proteção de outro macho, desde que ele já esteja unido. As fêmeas são poucas. — Mas a Imperatriz permitiu.

— Sim, ela sentia carinho por Risa e permitiu que ela ficasse.

— Um carinho que pode ter custado sua vida, Grim.

Grim vai até uma janela e olha para Luda pensando sobre o que Lisa sugeria.

Isso ia contra tudo o que ele conhecia. Sim, suas fêmeas podiam fazer muitas intrigas, colocando um macho contra outro, mas fazer isso, acabar com a vida de outros?

Bem, caso se tratasse de Bertos... Bertos, ele podia ver... planejando... tentando conquistar o apoio que precisaria para eliminar a Casa Vasteri. Virando-se para Lisa, ele a vê observando-o com os olhos estreitos, preocupada. Ela não era como suas fêmeas, mas ainda parecia entender como funcionava a mente delas.

— Você acha que Risa esteve envolvida o tempo todo?

— Sim. — Explique-me por quê.

— Ela estava em Tornian e queria ficar ali, no entanto, quando seu pai morreu, pediu para se unir a você em vez de solicitar a proteção de Wray, então... por quê? Que diferença isso faria, a menos que fizesse diferença para outra pessoa... talvez Bertos. Ela poderia tê-lo conhecido em Tornian, não poderia? E se eu estiver correta, Bertos já era o Senhor de Etrúria.

— Sim, ele era.

— E se você morresse, os Lordes teriam escolhido o próximo Rei de Luda certo?

— Sim, mas apenas Van poderia me substituir.

— E Van morreu. — Ela diz calmamente.

— Sim... — Os guerreiros que o emboscaram... você descobriu por quê?
— Nenhum sobreviveu tempo suficiente para ser interrogado.

— Eles eram de Luda? — Não, pareciam ser um grupo de guerreiros aleatórios. Nenhuma conexão foi feita entre eles.

— Eles não tinham laços com a Casa Bertos? Nenhum irmão mais novo estava treinando lá?

— Grim ergue uma sobrancelha com a sugestão, isso nunca lhe ocorreu.

— Eu não sei se alguém pensou nesta possibilidade. Você acha que Risa planejou com Bertos me matar, assim ele poderia se tornar Rei? — E ela ainda conseguiria Luda, ficando perto de Tornian.

— No entanto, ela não se uniu a ele. — Grim lembra-lhe.

— Você não morreu. — Ela ressalta, grata pelo fato. — Bertos falhou. Você mesmo disse como suas fêmeas não gostam de ficar desapontadas. O que não  entendo é porque ela não se uniu a você. É a mesma posição. — Ela o olha questionando, quem não iria querer Grim?

— Porque eu não quero ser Imperador, não faria nada para isso. Apenas planejava ser Rei até que Van tivesse idade o suficiente. Eu me tornaria seu Conselheiro. — E Risa sabia disso. — Ela agora entende o raciocínio de Risa.
— Era fácil saber que não havia rivalidade entre Wray e eu, apenas me tornaria Imperador se não houvesse outra escolha.

— Então, depois que Bertos falhou, ela decidiu seguir um caminho mais direto. Assumiu que Wray tomaria outra Imperatriz.

— E se você estiver certa, Lisa, então a Imperatriz Kim está em grande perigo.

— Como Wray e Tora. — Preciso entrar em contato com Wray e dizer-lhe o que aconteceu aqui, de nossas suspeitas. — Ele olha para a compreensão em seus olhos.

— É claro que sim, ele é seu irmão. — Entrando em seus braços, ela coloca as mãos no peito, adorando a sensação de seus músculos flexionando seu toque, ficando nas pontas dos pés, ela o beija.

— Faça o que precisa fazer Grim. Lidaremos com o restante mais tarde.

Continua...

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