Capítulo Treze (60)

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Não parece ter suficiente horas nos dias seguintes. Grim saia antes do amanhecer e enquanto se certifica de fazer a última refeição com elas, imediatamente saia, retornando depois que Lisa estava dormindo.

Colocando o cabelo solto atrás da orelha, Lisa observa as meninas rir, enquanto brincam com Dagan. Conseguiu convencer Gossamer a permitir que o jovem especial fosse a Luanda com sua mãe, sabendo que ele e as meninas se tornariam grandes amigos apesar das diferenças.

— Eles são bons juntos. — Padma comenta enquanto observa os três. — Muitos não permitiriam sua prole perto de alguém como ele.

— Não apenas estão errados, estão perdendo uma das maiores bênçãos da Deusa.

— Lisa olha para a amiga. — Dagan é uma pessoa especial Padma.
Diferente? Sim. Um guerreiro? Nunca. Ele tem uma alma pura que vê a beleza que outros não veem. A Deusa o dotou da capacidade de compartilhá-lo conosco, com seus coletores de sol.

— Foi sugerido, mais de uma vez, que ele não deveria viver. — Padma sussurrou, as lágrimas enchendo seus olhos.

— Eles só veem o que ele não é.

— Não por muito tempo, logo o verão como nós, como um presente da Deusa.

— Lisa abraça sua amiga.

— Obrigada Lisa, por tanto tempo que tenho me preocupado com ele.

— É a maior alegria e o maior fardo de uma mãe, a preocupação com sua prole. Você não pode ter um sem o outro.

— Você é tão diferente das outras fêmeas Tornianas. — Padma sorri.

— Isso é porque eu não sou uma.

— Claro que você é. — Padma lhe dá um olhar confuso. — O Imperador declarou-o. É por isso que ele pode exigir que você vá para Tornian.

— O que você está falando, Padma? — Lisa olha para ela franzindo a testa.

— Você não sabe? — Os olhos dela se arregalam.

— Aparentemente não. — Somente as fêmeas Tornianas podem escolher seus machos através da cerimônia de união. Todos as outras, como eu, estão em risco.

— O que você quer dizer em risco? — Lisa sente seu estômago se apertar.

— Machos... — Padma procura certificar-se de que as crianças não ouçam. — Podem se unir a qualquer mulher não Torniana, mas não tem nenhuma responsabilidade com ela.

— Isso aconteceu com você. — Lisa vê a dor nos olhos de sua amiga.

— Muitas vezes... até encontrar Gossamer. Ele não é um guerreiro, mas ainda me protegeu, me fez sua fêmea, mesmo depois de tantos outros machos.... — Ela não pode continuar.

— Ele te ama. — Lisa coloca uma mão reconfortante em seu braço.

— Sim.

— Então, a Cerimônia de União, também oferece proteção.

— Sim, isso permite que uma fêmea escolha o macho que sente ser mais adequado para ela.

— Espere! O que? Pensei que a mulher não tivesse escolha senão escolher um dos machos que lhe era apresentado?

— Bem... isso é o que se espera, já que todos os machos são escolhidos pela fêmea ou pelo pai dela.

— Ela e seu manno escolhem os machos?

— Sim. Ele contata os machos que são considerados apropriados e ela escolhe um deles na cerimônia de união.

— E é assim sempre? Isso é de conhecimento comum?

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