Capítulo 45 - O réu culposo

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Mais tarde...

- Eu estava só esperando você me dizer que ele já tinha saído. Está tudo bem por aqui? - assim que recebeu a ligação de Lilith avisando que Dave havia deixado a casa, Eddie foi ao seu encontro.

- Agora sim, Eddie. O que houve com a sua mão? - a mulher se espantou ao ver que Eddie tinha a mão direita enfaixada.

- Ah, um acidente doméstico, nada demais. Mas me diz, é verdade que Edgard ficou chateado com ele e não quis conversar?

- Sim, meu filho ficou magoado por ele ter combinado de vir buscá-lo ontem e não ter aparecido e nem avisado. Mal sabe Edgard que o motivo é porque o avô o acertou e o deixou desmaiado. É tão deprimente falar isso...História sórdida!

- Isso pode ser bom, Lilith!  Assim, Dave vai perdendo credibilidade com ele. Onde ele está agora?

- Ainda está emburrado no quarto.

- Você contou sobre a possibilidade de eu ser pai dele?

- Ainda não. Você disse que queria falar com ele primeiro e tirar aquela má impressão.

- Será que eu posso fazer isso agora?

- Claro! Vamos lá!

Lilith encaminha Eddie até o quarto de Edgard. No momento, o garoto está na cama jogando com o amigo.

- Edgard... Meu filho, Eddie quer falar com você.

- Pelo jeito, hoje eu só estou recebendo visita de roqueiros arrogantes.

- Edgard, não fale assim. Eddie tem uma explicação sobre o que houve.

- Olha, tudo bem, Lilith. Será que vocês poderiam me deixar conversar a sós com ele?

- Quem disse que eu quero?

-  Edgard, o que nós sempre conversamos sobre a importância de se ouvir os dois lados antes de chegar à conclusão dos fatos?

- Ok, ele tem dois minutos e nada mais do que isso.

- Edgard!

- Ok, é tudo que eu preciso. - Eddie afirma pacientemente e Joey e a mulher deixam o quarto.

Edgard continuava jogando em seu celular sem dar atenção e Eddie sentou-se ao lado dele.

- Eu me lembro do dia que você foi a minha casa achando que eu era seu pai. É verdade que você pensou isso por ter visto fotos antigas minhas com sua mãe?

- Uhum! - o rapaz continuava teclando em seu celular sem fitar o cantor.

- Eu... amei muito a sua mãe, Edgard.

O garoto parou por alguns segundos de jogar e olhou para o homem rapidamente.

- Uhum!

- Você sabia que ela foi a única mulher com quem planejei casamento e filhos? Depois que nos separamos eu não quis ter isso com mais nenhuma. Talvez seja essa a resposta da pergunta que você me fez lá em casa naquele dia.

O garoto finalmente soltou o celular e resolveu conversar.

- Olha, Eddie. O que isso importa agora? O fato é que a minha mãe traiu você com meu pai e eu nasci. Acho que entendo a sua revolta na hora que atendeu o interfone.

- Não era eu quem falava com você...

- Como não?

- Era Dave!

- Como é que é???

- Dave sabe imitar a minha voz muito bem, e várias vezes marcou alguma coisa com fãs minhas se passando por mim. E depois ia no meu lugar dando alguma desculpa.

DEEP - O melhor inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora