𝑰𝑫𝑰𝑶𝑻𝑨
♡| O tempo mudaria os sentimentos de alguém, um ato passado? E, não, se o sentimento for verdadeiro, não há dor, momento ou alguém que quebre tal coisa, principalmente quando o amor é uma prisão, a qual ao entrar, você não tem como esc...
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— É muito provável que vamos precisar de algumas planejadas ou improvisadas de momento — Comento.
De iniciativa todos pensamos que fosse algo pequeno e simples, mas infelizmente não é. Isso está longe demais!
— Alguma ideia? — Gon murmura.
— Bom. Eu tenho!
— Não pode envolver morte nenhuma — Encaro Killua, seria, e ele se cala no mesmo momento — Só pensa em matar, idiota? — Cruzo os braços — Não é pra causar problemas, é pra distrair.
— Não é bem exatamente isso. Só é mais simples e rápido — Tenta explicar.
Pensei que fosse mais inteligente, principalmente por ser da família Zoldyck. Eu mereço?
— Claro, muito claro — Reviro os olhos — Alguém com uma ideia menos idiota?
— Bom. E se inventar um barraco? — Kayro sugere — Você é expert nisso.
Dou um tapa na nuca dele, logo recebendo resmungos. Esse ser é mesmo meu irmão?
— E que tal você e o Killua dar uns de doido? — Estralo os dedos, basicamente assustando Gon é Kayro que estavam distraídos cochichando algo — Um bate boca ali, mas sem muito escândalo.
— Acho melhor nos tudo improvisar mesmo — O esverdeado sugere.
— Bom.... Temos poucos dias — Killua diz o óbvio. O pior é que nem temos ideia do que fazer exatamente.
— Pensamos depois — Digo, me levantando e indo pegar água na geladeira.
Minha cabeça lateja. É muita coisa pra pensar!
Sigo até o pequeno canto pra buscar água, me vejo encarando o copo vazio por um tempo, como se tivesse desligado.
Balanço a cabeça, voltando a realidade. Sei que os meninos não tiraram os olhos de mim, principalmente o Zoldyck.
Engasgo com a água, mas finjo a maior naturidade.
— Você tá bem?
Não me olhe assim com esses olhos azuis, preocupados. Não... Odeio isso. Me sinto culpada? Não. Só...
— Estou... Bem — Dou um leve sorriso — Só um pouquinho cansada... Talvez — murmuro para mim.
Não realmente. Mas eu aguento. São poucos problemas. Só. Poucos.... Poucos?
— Kayra? — Me assusto, estava distraída.
— Estou bem, Killua. Não se preocupe comigo — Deixo o copo — Bom, eu vou pro meu quarto. Amanhã conversamos — Me despeço.
Segui pelos corredores do hotel onde nós três estamos, não fui pro meu quarto, na verdade fui para o lado de fora.
E aqui estou eu, olhando pra lua crescente, em busca de calmaria.
Eu tenho que pôr a cabeça em ordem. Mas eu ainda to com... Medo.
— Se for ficar me olhando assim, melhor vir logo, idiota — Cruzo os braços, vê virando para o olhar — Quer algo? Ou só veio me seguir mesmo?
— Você não ta bem. Não é?
Oh, direto ao ponto.
— Eu to bem.
— Não está. Desde a sua conversa com seu tio.
Desvio o olhar pra lua, encostando as costas da parede.
— Estou bem — Repito. Talvez vire verdade?
— Não está — Murmura — Por favor.
— O que? Só estou pensativa demais.... Só — Murmuro também.
— Você sabia que essa desculpa não cola? — Cruza os braços — Por que não conversa sobre?
— Bom. Eu... Eu — Não posso realmente dizer. Não quero pensar!
Mordo o labio, nervosa. Eu não deveria abrir a boca sobre meu pai. Nego com a cabeça. Não quero relembrar tudo de novo...
— Você não entenderia....
— Não? Por que não tenta? — Por que insiste? Não tem nada haver com ele.
Nego novamente. Não quero trazer o passado distante à tona, nem mesmo Kayro sabe.
— Por que é complicado. Tudo pra mim é complicado, ok? — Dou de ombros — E. Eu não quero relembrar... — Sussurro para mim mesma.
Fico quieta, o silêncio realmente encomoda assim.... Isso me corrói muito. Odeio ficar sozinha com meus pensamentos.... Tenho medo deles, são espontâneos.