𝟑𝟏 𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐀𝐁𝐋𝐄 𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐈𝐄𝐒

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Obs: esse capítulo é voltado para Kayra contando seu passado

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Obs: esse capítulo é voltado para Kayra contando seu passado.

Deu trabalho pra escrever esse, viu 😅

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    Estávamos como toda vez, ou quase... Fazendo biscoitos. Mamãe, como sempre fazia, deixava para que nós fizéssemos os biscoitos. Nosso pai na sala, assistindo algo que não podíamos, nossa mãe odiava.

   Eu nunca podia perguntar nada, Kairy sempre pediu para que eu não questionar nosso pai por nada que ele fazia. Porque ela sempre dizia que era para minha segurança, eu não entendia, até questionar, mas eu não imaginei que aquela pergunta traria o transtorno.

— Mamãe, e se eu quiser um irmãozinho? — Foi umas das piores perguntas que saíram da minha boca, mas eu queria, e muito — Posso ter um irmãozinho?

   Naquele mesmo momento, minha mãe se espantou, Kairy olhou assustada pra mim, não digo a reação do meu pai. Eu tinha ficado confusa, e um pouco assustada com tudo.

   Ele se enfureceu comigo naquele dia, me levou pro porão. Aquele lugar teria horrores, tinha sangue em todas as paredes podres, as escadas pintavam aquele líquido carmesim. Aquilo. Aquilo me assustava....

   O ponto não foi esse. Foi que ele me fez segurar a faca. Foi a primeira vez que tinha visto uma morte. Eu sei. Eu não era uma criança tão inocente pra minha idade, eu sabia da morte, da crueldade que meu pai fazia, mas eu nunca esperei que ele me traria para o escuro.

— Não quero. Não quero — Minhas mãos trem iam com a lâmina em mais, eu tava chorando, ele nem ligou.

   Foi quando ele mesmo pegou minha mão trêmula e rasgou a garganta daquela pessoa, eu não conhecia, mas foi uma das piores coisas que vi e fiz....

— O sangue é mais quente que a água, não acha, Kayra? — Foi o que ele me disse, eu tinha chorado tanto.

   Minha mãe brigou com ele aquele dia, Kairy tentou me distrair naquele dia, tanto que ensinou a fazer coroas de flores. Talvez seje isso que me salvou da loucura?

   Ou talvez tenha sido Killua, desde quando eu tentei..... Eu realmente iria pular...... Mas ele também foi o motivo pelo qual eu iria repetir a loucura. Todavia, eu tinha Kayro para proteger.

   Eu sempre tive que manter segredo sobre o que meu pai fazia. Ele tinha alguns amigos, acho que eram capangas ou algo, mas ele insistia que eram amigos.

   Mais tarde, minha mãe tinha engravidado novamente, eu fiquei feliz, mas meu pai nunca deixou que eu repetisse a palavra irmão.

   Quando meu irmão nasceu, minha mãe, Kairy e eu fomos para a ilha da baleia, visitar nossa tia, Mito. Não dissemos exatamente o que aconteceu, mamãe e nos dias ficamos 1 semana lá.

   Depois de tudo, nos quatro fomos pra ilha das pérolas, tinhamos se livrado do nosso pai, por pouco mais de 2 anos.

  Ma ele tinha descobrido onde estávamos, foi quando ele me mandou o matar, eu neguei. Então ele disse que mataria nossa mãe.

  Bom, eu sabia que Kayro tinha se tornado minha responsabilidade. Então corri, fugi... Mamãe naquele dia pediu para que corressemos, ela ficou para nos proteger, ficamos escondidas.

  Eu vi ela morrer ali, diante dos meus olhos. Kairy conseguiu nos tirar de lá, mas meu pai..... Não.... Ele não era realmente meu pai. Não. Se fosse, não teria me arrastado por aquela floresta.... Não teria me deixado com aqueles.....

  Eu implorei. Implorei tanto para que não me tocassem..... Aquele homem só observou, não era meu pai, não era! Não depois de tudo.

Todos riam tanto, eu tinha desespero, pavor. Eu só queria que tudo acabasse ali.

  Depois.... Depois. O homem que deveria me ajudar, quase me matou. Meu sangue fluía como rio com cada pedaço rasgado, foram 10. Eu tinha que fugir, mas não me aguentava em pé, meu corpo todo dois, jurei ter visto minha mãe do lado, chorando. Eu pensei na morte, pensei em tantas vezes que vi sangue correr, agora era o meu.

  Eu fiquei naquela tortura por dias.... Foi quando Kairy voltou, eu não contei tudo a ela.... Mas ela sabia que as cicatrizes que ficariam eram culpa dele.... Porém nunca contei sobre quando aqueles todos me fizeram de brinquedo. Eu tinha quebrado em pedaços.

  O dia em que ela morreu... Foi quando ele veio atrás de Kayro. Lembro que tinham dopado meu irmão, era o clássico do doce para crianças. Kairy decidiu que mataria nosso pai.... Eu tentei a ajudar, mas quando cheguei, ela já estava quase sem vida....

  Desde então, eu fiz o máximo para proteger meu irmão. Como Kairy nos protegeu. Pedi pro tio Dewey me treinar. Eu pedi tanto, ele aceitou.

  Algum tempo depois, conheci Killua, de início era pra mata-lo, mas. Ele tinha me salvado, embora já sabia que eu estava lá para matar ele. Acabei fazendo amizade, depois de tudo. Ele tinha me deixado, para me encontrar de novo.... Ou talvez. Eu tenha o encontrado.

𝐶𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑎...

  

𝑩𝑨𝑲𝑨 | ᴷᶦˡˡᵘᵃ ᶻᵒˡᵈʸᶜᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora