𝑰𝑫𝑰𝑶𝑻𝑨
♡| O tempo mudaria os sentimentos de alguém, um ato passado? E, não, se o sentimento for verdadeiro, não há dor, momento ou alguém que quebre tal coisa, principalmente quando o amor é uma prisão, a qual ao entrar, você não tem como esc...
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— Porque tenho que ficar no corredor? — Faz bico e eu respiro fundo pra não bater nele.
— É porque você vai dar conta de seguranças, se vierem. E também vai conseguir tirar os que forem libertos daqui.
Já tínhamos planejado assim, do nada ele decidiu dar uma de preocupado e querer que eu não vá sozinha. Eu sei que ele se preocupa, mas eu sei me cuidar.
— E você vai entrar ali sozinha? — Cruza os braços.
— Killua, não é hora pra você dar birra igual criança, okay? E é rapidinho, só vou soltar os youkais — Digo enquanto tiro o salto, os pondo no chão.
— E se der algo errado? Sabe que pode ter algum segurança ali dentro. É perigoso — Resmunga, eu reviro os olhos em resposta.
— Eu não sou de vidro e se quebrar, corta — Digo antes de entrar na sala e fechar a porta, sem dar chance dele vir atrás.
Olho com cautela o lugar, é escuro, sem janelas muito grandes, sem contar que a altura da janela ao chão é longa.
Me espanto ao ver várias jaulas, algumas com panos cobrindo.
— Por favor..... Nos tire daqui.... Por favor — Pede uma das youkais presas, seu braço custando a se esticar em minha direção.
Vou até ela, tem um cadeado forte. Olho em volta, mas não há qualquer chave.
— Consegue ir um pouco pra trás? — Murmuro, enquanto dou um passo pra trás.
Ela afirma, logo se afastando da abertura, pego um pouco de impulso e bato no cadeado utilizando meu nen, logo quebrando e a libertando, a ajudo a sair dali.
— Consegue sair daqui sozinha? — Pergunto enquanto vou até outra das jaulas, vendo 2 crianças.
— .... Não.... Eu não vou sair sem meu filho.... Não vou — Ela custa a dizer, enquanto se apoia sobre as grades da jaula.
Pelo estado dela, eu diria que está 4 dias sem comer ou mais..... Céus, se aquele homem está fazendo isso.... Eu tenho que parar isso.... Tenho.
— Onde está seu filho? — Questiono, enquanto liberto algumas outras jaulas maiores.
Eu diria que tem por volta de 9 youkais, 2 são crianças.... Ao serem libertos, saem pela porta com cuidado. Tomara que Killua dê um jeito de os levar pra fora em segurança.... Ou pelo menos esconder.
— Um homem.... Um homem o levou.... É um bebê.... Por favor.... — Ela implora, enquanto me olha.
Céus..... O que eu faço? O que eu deveria responder?
— Eu vou levar seu filho de volta pra você, okay? — A tranquilizo, enquanto a guio até a porta — Eu preciso que enquanto isso você saia daqui, tudo bem?
Tento a convencer, logo vendo Killua explicando como é para sairem daqui sem encontrar os guardas. Kayro vai estar mais à frente, já Gon está ao lado de fora, nos fundos. Pego os saltos, os ponho novamente, enquanto penso no que fazer, como agir e como vou ajudar essa mulher.
— Mas... Eu preciso....
— Por favor. Eu prometo que terá seu filho de volta — Seguro com firmeza as mais dela entre as minhas tentando passar confiança — Eu juro, vou traze-lo de volta pra você.
Ela êxita, mas afirma com a cabeça. Olho pra Killua por um momento, ele nega, pois sabe o que eu quero e vou fazer.
— Você não vai sozinha — Tenta dizer, nego, andando pelos corredores — Kayra! Me escuta!
Escuto Killua dizer algo, mas não paro, em pouco tempo estando entre as pessoas, olho em volta, onde ele estaria? Talvez....
— Um lugar alto, claro! — Murmuro para mim mesma, enquanto vejo algumas salas acima, logo caminhando até as escadas.
Subo as escadas, segurando no corrimão para não cair, e logo percebi que alguns olhares recaíram sobre mim e um fixo em mim, estou perto.
Respiro fundo, procuro o olhar que queima sobre mim, um segurança um pouco acima, paro no meio das escadas, fingindo arrumar a barra do vestido, o olhar se distrai sobre mim por um momento e aproveito minha oportunidade para jogar uma adaga no pescoço do Homem, que cai se engasgando com o sangue.
Ando um pouco mais rápido, olho pros lados para certificar que não há outro segurança. Estranhamente não há mais nenhum além desse, preciso ficar alerta, pode ser uma armadilha.
Pego a adaga de volta e a guardo novamente, logo sigo até a porta maior, respiro fundo.
Escuto um choro abafado, tenho certeza que é o bebê. Eu só tenho que pegar a criança e voltar, só isso... Só isso, nada demais... Por que estou nervosa?
Por algum motivo estou com medo. Medo de entrar, medo de o que está ali atrás, ou quem... Medo de reencontrar ele ou pior.... Por Deus, que seja só mais um capacho que pegou essa criança, por favor, ele não.
