𝟒𝟒 𝐃𝐎𝐍'𝐓 𝐓𝐎𝐔𝐂𝐇 𝐀𝐍𝐘 𝐎𝐅 𝐇𝐄𝐑 𝐇𝐀𝐈𝐑 𝐀𝐆𝐀𝐈𝐍

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     Minha real vontade agora é não aguentar mais isso. Eu tentei muitas vezes quebrar as correntes, me livrar delas, mas nada funciona... Estou começando a desistir.....

— Pare de tentar, isso não vai adiantar, nen ou energia demoníaca não funcionam nessas correntes, só vai te enfraquecer mais e mais — Explica calmamente enquanto anda de um lado a outro — Eu as fiz exatamente para vocês, sua mãe, sua irmã.... Dewey, todos!

   Levanto o olhar, o gosto de sangue está presente em minha boca, ele se diverte com o sangue que corre pelo chão, pelas lágrimas que derramam de meus olhos. Não há qualquer vestígio de sanidade ali.

— Se não me contar, vou quebrar sua perna! — Avisa, eu abaixo a cabeça, vendo alguns fios de meu cabelo recair sobre meu rosto.

— Vai pro inferno... — Murmuro baixo, minha voz chorosa, alguns pingos de lágrimas se misturam ao sangue sob mim — E apodreça lá...

   Sem dizer qualquer palavra, ele realmente faz o dito, o estralo em minha perna foi audível, mas o grito que escapou de minha boca foi mais alto. A risada dele em instantes preenche a sala escura.

— Shhh. Isso vai acabar, só basta me dizer o que eu quero, querida — Me abraça, como se não tivesse feito tudo isso comigo. Ele tira a corrente de meu pescoço, ele sabe que eu não conseguiria fazer nada agora.... — Junte-se a mim. Prometo deixar você viva...

— Mas mataria meus irmãos.... — Murmuro, negando — Não! Nunca....

— Você não tem escolha.

   O empurro, embora não tenha feito qualquer diferença, pois ele aperta o ferimentos de meu ombro, me fazendo grunir com a dor.

— Fique quietinha. Me escute — Diz, me fazendo olhar pra ele, segurando minhas bochechas, que doem.

— Me solta... Por favor — Peço com dificuldade, ele ri, agarrando meu pescoço — Por favor... — Repito em tom baixo e choroso.

— Implore o quanto quiser. Não pode ser salva — Sorri em deboche — Pare de tentar!

— Pare... — Peço, as lágrimas nunca parando — Eu não vou aguentar.... — Murmuro para mim mesma.

   Eu não consigo esconder a dor e sofrimento.... Eu não consigo me manter firme... Não mais....

— Posso quebrar seu pescoço — Ri, se divertindo — Ou posso quebrar outra perna, braço....

   Seguro seu pulso, sua mão aperta ainda mais meu pescoço, meu olhar escurece um pouco, o ar falta aos poucos, fecho os olhos, temendo o que mais pode me acontecer.

  Todavia, nada aconteceu, além de ficar liberta da mão dele envolta de meu pescoço.

— Desculpa... Demorei demais.... — A voz não muito estranha murmura, abro os olhos.

   Não, não é uma ilusão, ele realmente veio.

— Killua.... — Dou um breve sorriso, ele beija minha testa. Me pegando no colo com cuidado.

  O som de Palmas lentas invade o lugar, Killua vira seu olhar para meu pai, em poucos instantes seus olhos azuis ficam escuros, eu só os vi assim uma única vez...

— Olha. Isso supera minhas expectativas. Kairy conseguiu achar ou precisaram chamar cavalaria? — Pergunta em ironia, seu olhar sobre mim — É exatamente como eu te disse.

— Não vai mais encostar em um fio de cabelo dela — Killua diz, seu tom baixo, mas extremamente ameaçador.

— É? E como pretende me impedir? Vai me matar? — Sorri em deboche e provocação.

— Não. Algo muito pior que isso — Responde, seu olhar em nenhum momento mudando, ele vai matá-lo.

— Oh.... Você é um Zoldyck, mas é novo demais para lidar comigo, garoto — Ri, enquanto Killua permanece sério.

   Meu pai dá um passo à frente, porém correntes o prendem, correntes e fios.

— Você não vê? Isso é loucura, pai — A voz suave de Kairy é dita, porém a sutileza é menor que seu desprezo.

— Oh, Kairy, você não entende. Ninguém entende! — Altera o tom, enquanto tenta se livrar das correntes e dos fios.

   Ela ignora nosso pai, correndo até mim, com tudo, os fios se soltam, mas as correntes se apertam envolta dele. Logo alguém não muito desconhecido entra em meu campo de visão, Kurapika.

— Desculpa, desculpa por demorar, eu não consegui te achar.... — Ela murmura, fazendo um breve carrinho em meu rosto, ela olha pro Killua — Eu e o loiro podemos cuidar dele sozinhos...

— Eu dou um jeito nele sozinho — Ele murmura, enquanto olha pra mim de soslaio — Eu vou fazê-lo desejar a morte.

— Killua.... As sementes.... Eu as coloquei no ombro dele.... Já devem estar...
— Tento avisar, embora minha tosse, deixe difícil falar.

  O olhar dos três ali se tornam preocupados sobre mim. Eu não posso os distrair....

  Logo meu pai se solta, atacando Kurapika, porém ele desvia.

— Vocês não podem me matar! — Ri, enquanto molda o nen em fios negros.

    Kairy corre para ajudar Kurapika, usando os fios dela contra os do meu pai, seus olhos ficando laranja, então ela consegue jogar ele contra uma das paredes, quebrando com o impacto. Em seguida, os  dois vêm até nós.

— Precisamos tirar ela daqui rápido! — Kurapika afirma — Podem ir, eu.

— Não! Cuidem dela. Eu acabo com ele sozinho — Killua basicamente ordena, enquanto me entrega pra Kurapika.

— Killua... Não se atreva a morrer — Murmuro baixo, meus olhos custando para se manter em abertos, ele sorri sutilmente.

— Eu que imploro isso pra você. Não morre.... — Pede, beijando suavemente meus lábios — Eu preciso de você... — Sussurra, antes de se afastar, rumo onde meu pai estava.

𝐶𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑎....

𝑩𝑨𝑲𝑨 | ᴷᶦˡˡᵘᵃ ᶻᵒˡᵈʸᶜᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora