𝟒𝟓 𝐘𝐎𝐔 𝐒𝐌𝐈𝐋𝐄 𝐀𝐒 𝐈𝐅 𝐘𝐎𝐔 𝐇𝐀𝐃 𝐍𝐄𝐕𝐄𝐑 𝐒𝐔𝐅𝐅𝐄𝐑𝐄𝐃

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    Eu sei, Killua é forte, mas meu pai é louco! E se algo acontecer....

— Por favor... Alguém pelo amor de Deus vai atrás dele — Peço, Kairy olha pra Kurapika.

— Kayra... Ele vai voltar inteiro — Ela diz, me ajudando a sentar, apoiando minhas costas — Além disso, as sementes vão dar vantagem para Killua.

   Embora eu saiba que a vantagem está com ele, sei que meu pai é imprevisível....

— Killua também não vai querer que alguém vá atrás — Kurapika diz com calma — Você viu o que nada poderia parar ele. Não teríamos o que fazer.

— Você não viu o quão irado ele ficou ao saber sobre nosso pai estar com você — Kayro complementa — Eu fiquei com medo... E também ninguém me deixou ir....

— Todos ficamos, na verdade — Gon fala — Mas Killua, nunca vimos ele desse jeito.

— Ele vai matá-lo — Digo, mas não tenho tanta certeza se será rápido. Não sinto qualquer pena do meu pai sobre isto.

— Eu fiquei como medo de te perder... — Comenta, olhando para mim — Pra mim já bastou perder nossa mãe.... Eu não desejo perder nenhum de vocês.... — Olha pra mim, Kayro e Gon.

   Mas... Ainda estou aflita... Aquele idiota não veio até agora.....

— Relaxa, Killua não vai fazer qualquer tontisse que o mate — Leorio tenta me despreocupar, eu o encaro.

— Então estão me dizendo que vou ficar enfurnada nesse quarto, preocupada com ele, sem poder fazer nada!? — Cruzo os braços, porém me arrependo ao sentir meus ferimentos arderem.

    Kairy olha para mim em preocupação, seguida de todos ali em volta.

— Eu já disse, você tem que ficar quieta, os pontos vão ceder assim! — Leorio basicamente me dá uma bronca — Você perdeu sangue demais, e seu sangue é diferente de qualquer outro!

   Respiro fundo, ignorando qualquer incômodo de dor.

— Agora não posso nem respirar que levo bronca? Tô toda dolorida, a perna quebrada, preocupada, tonta e só levo bronca? — Resmungo.

— E com um pouco de febre também — O de óculos completa, colocando a mão em minha testa. Afasto a mão dele.

— Precisa descansar. Você esteve muitos dias lá — Kairy me olha, acariciando meu cabelo — Eu nem imagino pelo que passou....

— Não estou preocupada com isso agora.... — Murmuro.

— Pois deveria. Você teve sorte de estar viva! Sabe como isso é preocupante?! — Leorio diz, mas deu pra perceber um leve tom de preocupação.

— Embora nos se recuperemos mais rápido que pessoas normais, você realmente teve sorte. Graças a Deus não morreu — Kairy murmura, pegando minha mão sutilmente — Eu não sabia o que faria se...

    Eu realmente quero saber do Killua, não de mim, já estou cansada de ouvir de mim e minha condição péssima, eu já sei, não é preciso que seja repetido tantas vezes.

— Eu to bem aqui, viva, não é? — Digo, ela afirma — Ninguém aqui vai se livrar de mim tão fácil, entenderam? — Olho para cada um, eles riem.

— É bom manter essas palavras — Meu olhar logo se direciona a porta. Juro, se eu pudesse, eu o batia por ter me sumido e enfrentado meu pai sozinho.

   A roupa dele está suja com sangue, todos ali o olham um pouco preocupados. Em meio ao silêncio, decido quebrar o clima silencioso.

— Seu idiota! Quase me matou de preocupação! — Exclamo, ele ri.

— Você está bem? — Ele pergunta.

— Obviamente não! — Leorio exclama, o olho.

— A pergunta foi pra mim, Leorio — Resmungo, logo voltando a olhar pro Killua — Estou muito melhor que antes.

— Grossa —O de óculos rola os olhos.

— Não, sou fininha — Retruco, ele bufa.

— Que bom que seu humor está bem — Kayro brinca — Bom. Temos mais o que fazer, né? — Olha pra todos, que assentem, menos Gon, que fica confuso.

— Temos? O que? — Questiona, Kayro bate na própria testa — Eu não lembro.

— Temos. Muita! — Diz, puxando Gon pra fora da sala, logo todo o resto sai.

   No quarto ficam apenas eu e Killua, o qual senta do meu lado, onde a pouco tempo estava Kairy.

— Me assustou, sabia? — Digo, ele sorri.

— Não é pra tanto, você me conhece — Diz em contraditório, mas há um tom diferente em sua voz.

— Por que está se fazendo de forte? — Pergunto, colocando a mão em seu rosto.

   Ele põe a mão sobre a minha fechando os olhos, ao os o abrir novamente, seu olhar cede ás lágrimas, quase imperceptíveis ao seu olhar.

— Fiquei com medo.... De você... — A voz dele embarga, meu coração parece parar ao ver tanta frustração em seu olhar.

   Gentilmente eu o puxo para me abraçar, sem hesitar ele me abraça, escondendo o rosto em meu pescoço. Fico em silêncio, nunca o vi chorar ao ponto de soluçar...

— Eu nunca te abandonaria — Afirmo, acariciando o cabelo dele.

— Jura? — Murmura, sua voz abafada e chorosa.

— Juro — Afirmo novamente, ele se afasta um pouco para me olhar.

— Não me assusta desse jeito de novo... Por favor... — Pede, eu dou um breve sorriso.

— Estou de devendo mais uma — Brinco, ele sorri.

— Porque faz isso? — Questiona, eu o olho confusa — Você sorri como se nunca tivesse sofrido...

— É um dom... — Murmuro, olhando para minhas mãos — Eu acho...

𝐶𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑎...

𝑩𝑨𝑲𝑨 | ᴷᶦˡˡᵘᵃ ᶻᵒˡᵈʸᶜᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora