𝟒𝟑 𝐘𝐎𝐔 𝐂𝐀𝐍'𝐓 𝐁𝐄 𝐒𝐀𝐕𝐄𝐃

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Acorda princesa, eu ainda não terminei com você — Ri, batendo no meu rosto, me forçando a abrir os olhos.

— Eu já te disse.... Não... Eu não vou... Dizer... Porra nenhuma.... — Murmuro.

   Ele dá alguns passos para trás, segurando outro dardo entre os dedos, mirando em minha direção.

— Tem algo a mais a dizer? — Pergunta enquanto me olha de cima a abaixo.

  Eu fico calada e o dardo é arremessado, desta vez acerta perto de meu rosto, fazendo um breve arranhão em minha bochecha. Meu pai estrala a língua, pegando outro dardo.

— Desta vez o olho. Vai me dizer onde está o garoto? — Pergunta, analisando o dardo.

— Vai pro inferno... — Fecho os olhos, não consigo mante-los abertos — Não vou... Nunca dizer...

   Ele solta as correntes que me seguravam imóvel, o que consequentemente me faz cair no chão, pois ao encostar os pés no chão, o ferimento de minha coxa dói.

— Ahh, vai sim. Nem que passemos mais um dia te incentivando — Sorri em sarcástico, se abaixando para me olhar — Você não vai aguentar muito tempo. Colabore, sabe que não tem outra forma de acabar com essa dor e sofrimento.

    Eu já nem sinto dor, embora tenha tido 5 dardos na perna e braço, que temo que infeccione. Nada dói, não mais.... Bom, não consigo mais assimilar exatamente como é cada dor, é quase como se eu estivesse entorpecendo. Talvez eu já esteje me acostumando com a dor....

   Sinceramente..... Eu tenho medo...
Medo de ficar presa aqui pra sempre ou até minha morte....

— Por favor... Não seja idiota.... Não vou... Dizer... — Murmuro, levantando meu olhar — Não importa o que faça....

— Você quer parecer forte, não é? — Ri, enquanto arrasta uma cadeira e senta de frente comigo — Spoiler! Você não é. Muito pelo contrário, é fraca, frágil, inútil, ingênua e tola.

   Nego lentamente, tentando não cair nisso, mas.... É verdade.... Talvez....

— Não negue. Você sabe. Faça algo útil e me diga onde está o garoto e te liberto disso. Nunca mais precisará me ver — Diz em tom sugestivo, a voz em mansidão.

— Não... Vou — Viro meu rosto para não olhar pra ele.

— Porque acha que não vieram? Seu irmão só pensa nele! Sua irmã não vê mais serventia em você!

— Cala boca... Você não sabe... Eu pedi... — Murmuro, eu realmente não quero que venham, seria ruim para Kairy e péssimo para Kayro.... Também não quero que Killua se envolva nisso...

   Pra sair daqui. Eu só preciso me livrar dessas correntes. Ele não percebeu a semente, tenho chance ainda.... Agora, só posso torcer para que ele não a perceba até que eu consiga de algum modo definir uma palavra-chave para a roseira crescer.

   Bom. Querendo ou não, as raízes vão crescer, mas sozinhas demoraria muito tempo até chegar aos órgão vitais e facilmente poderia ser percebida entre esse meio tempo, ele não é burro ou idiota.

— Você é muito egoísta, Kayra. Deveria deixar que seus irmãos te salvem. O garoto.... Ele significa algo pra você, não é? — Ri, enquanto não respondo — Oh, ele significa.... Mas... Ele te abandonou? Foi isso não é.

— Cala boca.... — Murmuro baixo.

— Que tolinha. Pensa que ele virá como seu príncipe encantado e te salvar de mim — Sorri sarcasticamente, enrolando algumas mexas do meu cabelo entre os dedos, seu olhar fico em mim — Não se iluda. Você deve ser só mais uma pra ele. Um brinquedinho fútil.

— Killua não é o tipo... Que faria isso.... — Digo, embora minhas palavras sejem fracas, desvio meu olhar pro chão.

— Não? Ele já fez uma vez.... — Diz, fazendo carinho nos fios de meu cabelo — Você não pode ser salva — Adiciona em sussurro, e por fim, puxa meu cabelo para que eu o olhe.

   Fecho os olhos, negando com a cabeça. Eu não preciso ser salva, só preciso me salvar...

— Terá que fazer mais.... Se quiser me abalar — Digo enquanto abro os olhos.

— Você me lembra sua mãe.... Patética e inútil — Ri, dando tapinhas em meu rosto.

   Meu olhar em poucos instantes recai sobre ele, não posso descrever o ódio que corre mas veias agora.

— Lave a porra da sua boca ao falar da minha mãe — Digo em tom baixo, mas sério, ele dá dois passos pra trás, logo recobra a postura.

— Oh, sejamos sinceros, ela não serviu nem mesmo para me dar sucessores dignos — Anuncia, enrolando aos poucos a corrente na mão, encurtando o espaço entre mim e ele — E você não serve nem ao menos de marionete, quem dirá para ser amada!

𝐶𝑜𝑛𝑡𝑖𝑛𝑢𝑎...

𝑩𝑨𝑲𝑨 | ᴷᶦˡˡᵘᵃ ᶻᵒˡᵈʸᶜᵏOnde histórias criam vida. Descubra agora