A História

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Numa noite escura e tempestuosa, uma mulher de cabelos loiros, lábios vermelhos, pele clara, olhos tão verdes que eram conhecidos pela sua maldade, gritava de dores fortes em cima de uma cama enquanto dava à luz a seu bebê. Seu nome... Era Malévola.

— Por todos os demônios! Como isso dói! – esperneou Malévola.

— Acalma-se, Mal. Ficar nervosa e irritada só vai piorar as coisas – disse Regina.

Regina e Malévola eram amigas de longa data. Ambas tinham os mesmos interesses, a amizade delas era algo justo pra elas. Espalhavam o mal pelo mundo com muito favor, uma ajudava a outra, se gostavam tanto que era quase consideradas como irmãs.

Regina não poderia perder um dia tão importante como o nascimento do bebê de sua melhor amiga.

Malévola estava suando de tanto fazer força pra fazer o bebê sair de sua barriga. Uma das empregadas que vivia no castelo de Malévola, a estava ajudando no parto, a mesma deu um sorriso ao ver a cabecinha do bebê saindo do corpo da mãe.

A porta do quarto foi aberta por um vento forte, um homem loiro, de olhos azuis, usando um terno preto com gravata azul. O mesmo foi apressado em direção a mulher na cama, que ainda fazia força pro bebê sair.

— Hades! – gritou a mulher.

— Eu tô aqui, querida. Vim o mais rápido que pude, assim que Regina contou do parto – segurou a mão dela sentando no banquinho que havia ao lado da cama – Vamos, Mal. Empurre essa criança.

Após o incentivo do marido, Malévola deu mais alguns gritos de dor, arqueando as costas e a cabeça pra frente na tentativa de empurrar a criança. A mulher deitou-se novamente ofegante.

— Não consigo... Dói muito e parece que a criança não quer sair.

— Ainda bem que eu não tenho filhos – disse Regina com orgulho.

— Desculpa interromper, senhor Hades. Mas parece que a criança está se sufocando na barriga da mãe, ela precisa sair logo se não ela pode morrer – a mulher que estava ajudando Malévola no parto, disse preocupada.

Nesse momento, não era somente ela quem estava preocupada, Hades e Regina também começaram a ficar. Ele havia ficado tão feliz quando soube da gravidez de sua esposa, ser pai seria um sonho pra ele. Agora no momento mais importante da sua vida eterna, poderia correr o risco de perder seu primeiro filho e sua esposa ainda poderia sair prejudicada.

O loiro levantou-se do banquinho e começou a andar pelo quarto de um jeito nervoso. Regina se mantinha em pé um pouco afastada da cama.

— Tem que ter um jeito de fazer essa criança nascer. Pensa, Hades, pensa – o homem disse pra si mesmo.

Voltou a encarar sua esposa na cama, que respirava ofegante com o suor escorrendo pelo rosto, a mesma nem tentava mais fazer força. Apesar da anestesia aplicada nela, a dor ainda continuava, a mesma já estava perdendo as forças, sentia que não só o bebê iria morrer, mas ela também.

Hades estava entrando em desespero. Não queria perder sua esposa e muito menos seu herdeiro. Precisava de uma solução. E ambos estavam sem seus poderes, o que dificultaria ainda mais.

Seu cérebro está tentando pensar em algo que pudesse ajudar sua família. Até que uma ideia veio à sua mente, como se uma pequena lâmpada tivesse ascendido em sua cabeça.

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