Peter Pan É Um Monstro

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Peter Pov's

Lia imaginou um jogo de dama e o tal jogo aparece na sua frente. Após ela me explicar como jogar, iniciamos a primeira rodada e Lia saiu vitoriosa. De primeira até aceitei, eu era iniciante nesse jogo, então aceitei na primeira, mas comecei a ficar nervoso quando nas últimas 5 rodadas, ela ganhou TODAS!

Eu sei que eu era iniciante, mas eu consegui entender o jogo, e consegui perder de lavada.

Não sei o que era pior. Eu ter perdido num joguinho besta, ou eu ter perdido pra uma garota.

Lia sempre dava uma risada depois de vencer a rodada, o motivo da risada não era ela ter vencido, era da minha cara de choque por ela ter me derrotado.

— Topa mais uma partida? – perguntou a loira sorrindo divertida.

Se eu topasse, com certeza ela iria ganhar, eu não ia aceitar perder pra uma garota de novo. Dei um sorriso travesso com a ideia que passou pela minha mente. Eu não ia aceitar perder pra ela.

— Tudo bem. Vamos continuar – concordei desafiador.

Iniciamos a rodada com Lia movendo sua peça branca pra frente. Fingi estar com uma coceira nas costas e levei minha mão até lá, com ela escondida, estalei os dedos e movi minha primeira peça.

A partida já tava perto de acabar, eu tinha comido 5 peças de Lia e ela 2. Percebi o nervosismo dela ao mover outra peça, dei um sorriso sapeca quando comi aquela pecinha.

No final da partida, fui eu quem saí vitorioso e Lia abriu a boca, surpresa pela minha vitória.

— Mas como...

— Você devia saber de uma coisa, Lia. Nunca desafie o Peter Pan, ou vai acabar perdendo...

— Tá dizendo isso agora porque venceu. Nas outras rodadas você não disse isso. Como você conseguiu vencer, sendo que você tava tão mal no início?

— Vai ver a sorte mudou de lado, né? – sorri travesso mostrando os dentes.

Lia me lançou um olhar desconfiado, como se tivesse percebido minha trapaça. Continuei a encarando com um sorriso de lado.

— Você trapaceou, né?

— Eu? Como pode imaginar isso de mim? – fingi estar ofendido.

— Você perdeu todas as outras rodadas, não tem como ter ficado tão bom assim.

— Já disse que a sorte mudou de lado.

— Você é um baita de um mentiroso!

— Você tem provas de que eu trapaceei? – cruzei os braços a encarando com as sobrancelhas erguidas.

— Só de olhar pra sua cara dá pra perceber que trapaceou.

— Pense o que quiser. Minha vitória foi justa e é isso que importa – pisquei sorrindo malicioso.

— Tá bem, então – deu de ombros se retirando da cama. Virei meu rosto pro lado oposto dela até que sinto uma forte bancada macia no meu rosto.

You Belong To MeOnde histórias criam vida. Descubra agora