Capítulo 28: Onde Eu Deveria Estar

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O quarto do hospital estava mergulhado em um silêncio suave, quebrado apenas pelo som constante do monitor cardíaco ao lado da cama de Eddie

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O quarto do hospital estava mergulhado em um silêncio suave, quebrado apenas pelo som constante do monitor cardíaco ao lado da cama de Eddie. Os ferimentos físicos estavam começando a cicatrizar, mas Buck sabia que as marcas deixadas pelos últimos dias iam muito além do corpo de Eddie. Sentado ao lado dele, segurando suavemente sua mão, Buck sentia o peso do que havia acontecido. O que quase perdera.

Eddie ainda estava pálido, seus olhos fechados enquanto descansava, mas sua respiração agora era estável. Buck olhou para o rosto do homem que amava e sentiu uma onda esmagadora de arrependimento e dor. Ele queria dizer tantas coisas, mas não sabia por onde começar.

Finalmente, como se Eddie sentisse a presença de Buck mais fortemente, ele abriu os olhos lentamente, e seu olhar encontrou o de Buck. Um sorriso pequeno, cansado, surgiu no rosto de Eddie, apesar da dor visível.

"Hey," Eddie murmurou, sua voz rouca.

"Hey," Buck respondeu, a voz embargada. Ele lutava contra as lágrimas que ameaçavam cair a qualquer momento. "Eu... Sinto muito, Eddie. Eu sinto muito por tudo. Eu nunca devia ter pensado em te deixar. Eu nunca devia ter..."

Eddie balançou a cabeça levemente, parando as palavras de Buck com um aperto mais firme em sua mão. "Você não precisa pedir desculpas, Buck. Eu entendo. Todos nós cometemos erros."

Buck baixou o olhar, respirando fundo. "Mas eu quase fui embora. Eu estava pronto para ir para o Texas... e se eu tivesse ido? E se algo pior tivesse acontecido e eu não estivesse aqui para te ajudar?"

Eddie respirou fundo, sentindo a gravidade nas palavras de Buck. Ele sabia que Buck estava se culpando pela situação, mas também sabia que aquela decisão não era sobre o Texas. Era sobre medo. Era sobre a incerteza que ambos sentiam sobre o futuro, um futuro que, até aquele momento, eles não haviam reconhecido plenamente.

"Buck, olha pra mim," Eddie pediu suavemente. Quando Buck levantou os olhos, Eddie continuou. "Você está aqui. Isso é o que importa. Não importa o que tenha acontecido ou o que poderia ter acontecido. Você está aqui comigo agora."

O peso nas palavras de Eddie fez Buck apertar ainda mais a mão dele. "Eu não vou mais a lugar nenhum, Eddie. Eu percebi isso. O Texas... não significa nada para mim. Meu lugar é aqui, ao seu lado. Sempre foi."

Eddie sorriu, um sorriso fraco, mas cheio de significado. "Eu não ia te impedir de ir, sabe? Mas, lá no fundo, eu sabia que você não iria. Você sempre esteve aqui, Buck. Você sempre volta pra mim."

O silêncio que se seguiu não foi desconfortável. Era o tipo de silêncio que surge quando duas pessoas se entendem sem precisar de palavras. O tipo de silêncio que cura, que permite que o coração finalmente se acalme.

Após alguns minutos, Buck suspirou, se inclinando para a frente, apoiando a cabeça na cama de Eddie, ainda segurando sua mão. "Eu te amo, Eddie. Eu sei que nunca disse isso do jeito certo, mas... eu te amo. Não importa o que aconteça, eu não quero estar em nenhum outro lugar a não ser ao seu lado."

Eddie sentiu as lágrimas formarem-se em seus próprios olhos, o coração acelerado com a confissão de Buck. Ele sabia, há muito tempo, que sentia o mesmo, mas ouvir Buck finalmente dizer aquilo fez seu coração disparar de uma maneira que ele não esperava.

"Eu também te amo, Buck," Eddie disse, sua voz quebrando levemente. "Eu acho que sempre soube disso, mesmo antes de admitir pra mim mesmo. E é por isso que precisamos ficar juntos, independente do que aconteça."

Buck levantou a cabeça, seus olhos vermelhos de segurar as lágrimas. Ele sorriu para Eddie, um sorriso cheio de esperança e amor. O que eles tinham era real, e isso era o suficiente. Eles tinham superado tantas coisas juntos, e agora, mais do que nunca, sabiam que estavam prontos para enfrentar o que quer que fosse.

"Então, sem mais Texas," Buck disse, tentando trazer um pouco de leveza ao momento.

Eddie riu suavemente, apesar da dor. "Sem mais Texas," ele concordou, apertando a mão de Buck novamente.

O tempo passou devagar naquela tarde, e Buck permaneceu ao lado de Eddie, cuidando dele como se fosse a única coisa que importava no mundo. Eles conversaram sobre pequenos detalhes, sobre coisas que amavam e sobre o futuro que agora pareciam mais prontos para encarar.

No fundo, ambos sabiam que aquela conexão entre eles tinha se tornado mais forte do que nunca. Eles haviam enfrentado algo que poderia ter os afastado para sempre, mas em vez disso, estavam mais próximos. O amor deles era inegável e indestrutível.

Quando a noite caiu, Buck ainda estava ali, vigilante, cuidando de Eddie com todo o carinho que podia oferecer. Ele sabia, agora mais do que nunca, que havia feito a escolha certa. Seu lugar era com Eddie, sempre ao lado dele.

Eddie, apesar do cansaço, sorria de maneira tranquila, sabendo que, independentemente do que o futuro trouxesse, eles estariam juntos. E isso era o suficiente.

Buck beijou a testa de Eddie suavemente e sussurrou: "Eu estou aqui, amor. Eu não vou mais a lugar nenhum."

E com essas palavras, ambos sabiam que, mesmo diante das maiores tempestades, eles se manteriam firmes um ao lado do outro.

Entre Chamas e Emoções (BUDDIE 9-1-1)Onde histórias criam vida. Descubra agora