Buck e Eddie, dois bombeiros da Estação 118, sempre tiveram uma conexão forte, mas uma missão de resgate quase desastrosa muda a dinâmica entre eles. Em meio à rotina intensa de salvamentos, incêndios e situações de risco, eles precisam lidar com o...
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O turno finalmente terminou, mas a tensão entre Eddie e Buck parecia crescer com cada minuto. Eddie mal conseguia respirar com o peso da verdade que precisava contar. Ele sabia que, uma vez que dissesse as palavras, não haveria volta.
Quando se encontraram no estacionamento, Buck já parecia desconfiado. Ele estava encostado na caminhonete de Eddie, os braços cruzados, o olhar afiado e ansioso. "Eddie, o que está acontecendo? Você tem estado estranho o dia todo."
Eddie sentiu o estômago revirar. Ele passou as mãos pelos cabelos, tentando se acalmar, mas sua voz saiu nervosa. "Buck... eu preciso te contar algo. E não vai ser fácil."
Buck estreitou os olhos, seu corpo se enrijecendo. "Fala logo. O que foi?"
Eddie respirou fundo, tentando encontrar as palavras certas. "Hoje, no meio do turno... o Tommy... ele me beijou."
A expressão de Buck se transformou instantaneamente. O choque em seus olhos deu lugar a uma raiva silenciosa, um calor que começou a subir rapidamente.
"Ele fez o quê?" Buck deu um passo à frente, a voz grave e baixa. "Ele te beijou? E você só está me contando isso agora?"
Eddie tentou manter a calma, mas podia sentir a raiva de Buck transbordando. "Eu o afastei, Buck! Eu não quis isso, e não sei como te contar sem te deixar assim."
Buck riu, mas era uma risada amarga, sem humor. "Você acha que não contar ia me proteger? Como você acha que eu vou reagir? O Tommy... meu ex... beija você, e você acha que tá tudo bem esconder isso?"
"Eu não estava escondendo! Eu só... estava tentando proteger o que temos," Eddie respondeu, a voz ficando mais alta. "Você não entende, eu não queria que ele causasse mais confusão entre nós."
"Mais confusão? Eddie, ele já causou. E você não disse nada. Como isso faz sentido pra você?" Buck estava furioso agora, as palavras saindo como fogo.
Eddie deu um passo para trás, tentando explicar. "Eu não queria que você ficasse assim. Eu resolvi isso no momento, não tinha por que..."
"Por que o quê? Por que me contar que seu amigo, que já namorou comigo, está te provocando? Você sabe o quanto isso me fere? Eu pensei que você fosse direto comigo!"
O rosto de Buck estava vermelho de raiva, suas mãos tremendo. Ele começou a andar de um lado para o outro, lutando para manter o controle, mas a mágoa em seus olhos era evidente.
"Eu não sou cego, Eddie. Eu vi como ele estava te olhando, e você achou que eu não ia perceber? O que mais você não está me dizendo? Eu quero saber tudo agora!"
Eddie suspirou, sabendo que não tinha mais como adiar. "Não é assim, Buck. Ele só... ele gosta de jogar com as pessoas. Mas ele não significa nada pra mim."
"Então por que ele te beijou? Isso não acontece do nada, Eddie!" Buck se aproximou, agora a apenas alguns centímetros de distância, a raiva pulsando em seus olhos. "Me conta... o que mais aconteceu entre vocês?"
O silêncio de Eddie apenas inflamou mais a fúria de Buck. "Vocês ficaram antes? Vocês... você sentia alguma coisa por ele?"
Eddie balançou a cabeça, a voz vacilante. "Não. Nunca foi assim pra mim."
Mas isso não acalmou Buck. Ele começou a andar de novo, os punhos cerrados. "Eu não posso acreditar nisso. Primeiro, ele aparece do nada. Depois, ele tenta se meter entre a gente. E agora isso."
De repente, Buck parou e olhou para Eddie com um brilho feroz nos olhos. "Sabe de uma coisa? Eu vou resolver isso com ele agora. Isso não vai ficar assim."
"Não, Buck, calma. Não adianta confrontá-lo desse jeito," Eddie tentou argumentar, mas Buck já estava se movendo em direção à estação.
Eddie correu atrás dele, mas Buck estava determinado, com os nervos à flor da pele. Ao entrar no vestiário, onde Tommy ainda estava, Buck quase explodiu ao vê-lo.
Tommy olhou para Buck, aparentemente já esperando algo. "Ei, Evan... tudo bem?"
Esse simples uso do nome "Evan" fez Buck perder o controle. Ele avançou para cima de Tommy, pegando-o pela camisa e o empurrando contra os armários.
"Você beijou ele?" Buck rugiu, os olhos ardendo de raiva. "Você acha que pode entrar aqui e bagunçar tudo entre nós?"
Tommy levantou as mãos em um gesto defensivo, mas um sorriso de canto escapou de seus lábios. "Evan, eu não queria... foi só um momento de distração."
"Distração?" Buck gritou, os punhos cerrados tremendo. "Eu devia quebrar sua cara por isso."
Eddie chegou a tempo de agarrar o braço de Buck, tentando afastá-lo. "Buck, não! Não vale a pena."
Mas Buck estava tão perto de explodir. O corpo inteiro tremia de raiva, os olhos fixos em Tommy, que continuava com aquela expressão desafiadora.
"Isso ainda não acabou, Tommy," Buck disse com os dentes cerrados, a voz baixa e ameaçadora. "Você se meteu com a pessoa errada."
Eddie puxou Buck para longe, tentando tirá-lo da sala antes que algo pior acontecesse. Enquanto os dois saíam, Tommy ficou parado, com um leve sorriso no rosto, claramente satisfeito com a confusão que tinha causado.
E, pela primeira vez, Eddie não sabia como resolver o estrago que havia sido feito.
