Buck e Eddie, dois bombeiros da Estação 118, sempre tiveram uma conexão forte, mas uma missão de resgate quase desastrosa muda a dinâmica entre eles. Em meio à rotina intensa de salvamentos, incêndios e situações de risco, eles precisam lidar com o...
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Era uma tarde ensolarada, e Buck e Eddie estavam no carro a caminho da escola de Christopher para buscá-lo. Nos últimos dias, eles haviam notado algo diferente em Chris. O garoto sempre fora alegre e cheio de histórias para contar, mas ultimamente, ele parecia distante, quieto. Eddie estava começando a se preocupar, enquanto Buck tentava manter uma atitude mais tranquila, acreditando que era apenas uma fase.
"Ele está muito calado esses dias", Eddie comentou, olhando para a estrada, com o cenho franzido de preocupação.
"É... Pode ser só cansaço. Ou algum drama da escola, sabe como é", Buck respondeu, tentando manter um tom leve, mas no fundo também estava incomodado.
Quando chegaram à escola, viram Christopher esperando sozinho, afastado dos outros alunos. Ele olhava para o chão, parecendo perdido em pensamentos. Assim que viu o carro de Eddie, ele caminhou lentamente na direção deles, sem o entusiasmo habitual.
Eddie e Buck trocaram um olhar. Algo definitivamente não estava certo.
No caminho de volta para casa, o silêncio de Christopher era quase ensurdecedor. Eddie olhou pelo retrovisor várias vezes, esperando que o filho falasse algo, mas ele apenas olhava pela janela.
"Ei, Chris, tudo bem? Como foi o dia na escola?" Eddie perguntou, tentando puxar conversa.
Christopher hesitou, seu olhar ainda fixo na paisagem lá fora. "Foi... foi normal", ele respondeu, mas o tom de sua voz não tinha a menor convicção.
Buck olhou de relance para Eddie, claramente percebendo que algo estava errado. Ele decidiu tentar uma abordagem diferente. "Normal? Isso não soa muito animador. Não aconteceu nada interessante?"
Christopher apenas balançou a cabeça, evitando contato visual. Buck suspirou, já percebendo que eles precisariam descobrir o que estava acontecendo.
Quando chegaram em casa, Buck e Eddie se sentaram no sofá, esperando que Christopher fosse até o quarto. Mas, dessa vez, Eddie decidiu que não iria deixar passar.
"Chris, podemos conversar por um minuto?" Eddie chamou, sua voz suave, mas firme.
O garoto parou no meio do caminho e se virou, um pouco hesitante, mas obedeceu. Ele se aproximou do sofá e se sentou em uma poltrona ao lado deles, ainda com os olhos fixos no chão.
"Você sabe que pode falar com a gente sobre qualquer coisa, né?" Buck começou, com um sorriso encorajador. "Estamos aqui para te ajudar, sempre."
Christopher permaneceu em silêncio por um momento, mas então seus lábios começaram a tremer. "Eu... eu não quero incomodar vocês."
O coração de Eddie apertou ao ouvir isso. "Incomodar? Nunca. O que está acontecendo, filho?"
Chris respirou fundo, como se estivesse reunindo coragem para falar. "Tem... tem alguns meninos na escola que estão me zoando", ele finalmente disse, com a voz quebrada.
Eddie se inclinou um pouco para frente, claramente preocupado. "Eles estão zoando você? O que eles disseram? É por causa da sua perna?"
Christopher balançou a cabeça lentamente. "Não... Não é por isso." Ele fez uma pausa, lutando para colocar as palavras para fora. "Eles... eles dizem que eu sou estranho porque tenho dois pais. Que isso não é normal."
Buck congelou. Ele sempre soube que, em algum momento, isso poderia acontecer, mas ouvir aquelas palavras saindo da boca de Christopher fez algo dentro dele se revolver. Ele sentiu um nó de raiva se formar em seu estômago.
Eddie apertou os punhos, tentando controlar a frustração que estava sentindo. "Eles disseram isso? Estão te tratando mal por isso?"
Christopher assentiu, com lágrimas nos olhos. "Eles ficam me chamando de nomes... dizem que eu sou diferente e que é errado ter dois pais. Eu não... não sei o que dizer a eles."
O silêncio na sala era pesado. Buck estava claramente lutando para não explodir. Ele queria ir até aquela escola e dar uma lição nos garotos que estavam fazendo isso, mas sabia que não era a solução. Eddie, por outro lado, estava visivelmente abalado, tentando processar como algo tão cruel podia estar acontecendo com o filho.
"Chris... escuta." Eddie se aproximou e segurou as mãos do filho. "Eu sei que isso é difícil. E sinto muito que você tenha que passar por isso. Mas... o que esses meninos estão dizendo não está certo. O que a gente tem, nossa família, é especial. Não importa o que digam."
Buck respirou fundo, tentando manter a calma. "Você é um garoto incrível, Chris. E ter dois pais que te amam não é errado. O problema está com eles, não com você."
Christopher fungou, limpando as lágrimas que escorriam pelo rosto. "Mas... é difícil, papai. Eu não sei o que dizer quando eles falam essas coisas."
Eddie abraçou o filho com força. "Você não precisa dizer nada, Chris. Só precisa saber que nós estamos aqui para te proteger e te amar. E vamos resolver isso."
Buck, ainda segurando a raiva, se aproximou e bagunçou o cabelo de Christopher. "E se você quiser, posso ir lá e falar com eles. Mas... prometo que não vou bater em ninguém. Talvez só um sustinho", ele disse, piscando, tentando trazer um pouco de leveza à situação.
Christopher deu uma risada tímida, apesar de tudo. "Não precisa assustar ninguém, Buck."
A conversa continuou, com Buck e Eddie explicando ao filho que o amor que eles tinham como família era o mais importante. Eles garantiram que iriam falar com a escola para que algo fosse feito em relação ao bullying. Mais importante, eles reforçaram a ideia de que Christopher não tinha absolutamente nada do que se envergonhar.
Depois daquela conversa, a relação entre Buck, Eddie e Christopher pareceu se intensificar. Eles se tornaram ainda mais unidos, sabendo que, independentemente do que acontecesse, sempre teriam uns aos outros. E, à medida que enfrentavam o preconceito e os desafios que a vida apresentava, a certeza de que eram uma família verdadeira e forte só crescia.