Buck e Eddie, dois bombeiros da Estação 118, sempre tiveram uma conexão forte, mas uma missão de resgate quase desastrosa muda a dinâmica entre eles. Em meio à rotina intensa de salvamentos, incêndios e situações de risco, eles precisam lidar com o...
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Eddie estava deitado na cama do hospital, a perna enfaixada e elevada, enquanto Buck segurava sua mão. O médico entrou no quarto com uma expressão séria, e Buck imediatamente percebeu que as notícias não seriam boas.
"Então, Eddie, fizemos uma avaliação completa das lesões na sua perna", começou o médico, olhando para os papéis em sua mão. "O ataque foi mais grave do que inicialmente pensamos. As facadas atingiram músculos importantes e causaram alguns danos nos nervos. A recuperação vai ser longa."
Eddie assentiu, tentando manter a compostura. "Quanto tempo até eu poder voltar ao trabalho?"
O médico suspirou. "Vai levar alguns meses, Eddie. Durante esse tempo, você não vai poder realizar atividades pesadas, muito menos voltar ao trabalho no corpo de bombeiros. Vamos precisar de muita fisioterapia e repouso para garantir que você recupere a força e o movimento na perna."
A notícia atingiu Eddie com força. Ele sabia que seu trabalho como bombeiro exigia esforço físico constante, e a ideia de ficar meses sem poder fazer o que amava parecia insuportável. Ele olhou para Buck, que apertou sua mão com força, tentando oferecer apoio.
"Vou ficar preso em casa... sem fazer nada", disse Eddie com uma voz pesada, tentando processar a situação.
Buck tentou sorrir. "Ei, não é o fim do mundo. Você vai se recuperar e voltar mais forte do que nunca."
Mas Eddie não conseguia esconder sua frustração. Ele passou os dias seguintes em casa, tentando se adaptar à nova rotina, mas a ociosidade estava começando a pesar. Ele se sentia inútil, apenas deitado no sofá ou na cama, assistindo à vida passar pela janela. Havia um vazio que ele não conseguia preencher.
"Eu preciso fazer alguma coisa, Buck", Eddie disse certa manhã, suspirando enquanto olhava para a perna ainda enfaixada. "Não aguento mais ficar aqui sem fazer nada. Preciso ajudar alguém, de alguma forma."
Buck, que estava preparando o café, se virou para ele com uma expressão pensativa. "E se você pudesse continuar ajudando as pessoas, mesmo sem sair de onde está?"
Eddie franziu o cenho, confuso. "Como assim?"
"Eu estava pensando... minha irmã Maddie trabalha no call center do 911, e eles sempre estão precisando de gente para atender as emergências por telefone. Você pode usar seu conhecimento como bombeiro para orientar as pessoas durante os chamados. Seria um jeito de ajudar enquanto se recupera."
Eddie olhou para Buck, considerando a ideia. Trabalhar no call center do 911 era diferente de estar na linha de frente, mas ainda assim, ele estaria ajudando. Talvez isso pudesse dar a ele a sensação de utilidade que tanto precisava.
"Não é uma má ideia", disse Eddie, esboçando um sorriso pela primeira vez em dias. "Acho que eu poderia tentar."
"Ótimo!" Buck sorriu, satisfeito por ver Eddie animado com algo. "Vou falar com a Maddie, e podemos marcar para você começar o treinamento."
Na semana seguinte, Eddie foi ao centro de operações do 911 para seu primeiro dia. Ele entrou no prédio com Buck ao seu lado, tentando esconder a ansiedade. O lugar estava cheio de pessoas atentas a seus monitores e telefones, o som constante de chamadas de emergência preenchendo o ambiente.
"Você vai se sair bem", Buck disse, dando um leve empurrão em Eddie enquanto se despediam. "A Maddie e o Josh vão te ajudar em tudo."
Logo, Maddie apareceu, com seu sorriso caloroso. "Ei, Eddie! Pronto para o seu primeiro dia como atendente do 911?"
Eddie riu, embora ainda estivesse nervoso. "Pronto, eu acho. Vai ser diferente."
"Vai sim, mas você já tem muita experiência com emergências", disse Josh, se juntando a eles. "Você só vai precisar se acostumar com o telefone em vez de estar fisicamente no local."
Eles levaram Eddie para uma estação de trabalho, onde ele se sentou diante de um monitor com várias telas. Maddie começou a explicar como funcionava o sistema, mostrando como identificar o tipo de emergência e as informações que ele precisaria recolher.
"No começo pode ser um pouco confuso", disse Josh, "mas você vai pegar o jeito rapidamente. E qualquer coisa, estamos aqui para ajudar."
Poucos minutos depois de começar, o telefone de Eddie tocou, e ele sentiu o coração acelerar. Era sua primeira emergência como atendente do 911. Ele respirou fundo e atendeu o telefone, colocando o fone de ouvido e ajustando o microfone.
"911, qual é a sua emergência?" perguntou, com a voz calma e firme, como se estivesse no meio de uma operação no campo.
Do outro lado da linha, uma voz apressada respondeu: "Minha esposa entrou em trabalho de parto! Não temos como chegar ao hospital a tempo, e eu não sei o que fazer!"
Eddie imediatamente entrou no modo bombeiro, orientando o homem a manter a calma. "Tudo bem, eu vou te ajudar. Primeiro, respire fundo. Você está com ela agora?"
"Sim! Ela está no chão da sala!"
"Ótimo. Vamos tentar manter ela confortável até que a ambulância chegue. Coloque algumas almofadas debaixo das costas dela e tente manter a calma."
Enquanto Eddie guiava o homem, Maddie olhou para ele com um sorriso, satisfeita em ver como ele estava lidando bem com a situação. Quando a chamada terminou, Eddie desligou o telefone e suspirou, aliviado.
"Foi um parto complicado, mas conseguimos manter a situação sob controle até a ambulância chegar", disse Eddie, olhando para Maddie e Josh, que o observavam com orgulho.
"Você foi incrível", disse Maddie, dando um tapinha nas costas dele. "Nem parece que esse foi o seu primeiro dia aqui."
Ao final do turno, ele estava exausto, mas com um sorriso no rosto. "Não é a mesma coisa que estar em campo, mas pelo menos estou ajudando", disse ele para Maddie e Josh.
"Você está fazendo um ótimo trabalho", disse Josh. "Além disso, temos uma vantagem com você aqui. Um bombeiro atendendo as chamadas de emergência? As pessoas estão em boas mãos."
Quando Buck chegou para buscar Eddie, encontrou o namorado em um estado bem diferente do que quando ele começou o dia. Eddie estava sorrindo, cheio de histórias para contar sobre os chamados que havia atendido.
"Então, como foi?" Buck perguntou, curioso.
"Foi bom", Eddie admitiu, dando de ombros com um sorriso. "Diferente, mas bom. Eu acho que posso me acostumar com isso por um tempo."
Buck passou o braço ao redor de Eddie enquanto eles caminhavam de volta para o carro. "Eu sabia que você ia se dar bem. E o melhor de tudo é que você ainda está ajudando as pessoas, mesmo sem estar nas ruas."
Eddie assentiu, se sentindo mais em paz. Talvez sua recuperação fosse mais longa do que esperava, mas pelo menos, ele havia encontrado uma nova maneira de fazer o que sempre amou: salvar vidas.