Capítulo 56: Dois Mundos, Dois Tons

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Parte 1: Texas

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Parte 1: Texas

No Texas, Buck começava a se sentir parte da 126, e, para sua surpresa, a adaptação estava sendo melhor do que ele esperava. A equipe era calorosa, e o ambiente era leve, cheio de brincadeiras e camaradagem. Naquele dia, TK e Marjan decidiram organizar uma competição divertida para quebrar a monotonia entre os turnos.

"Ok, pessoal! Quem conseguir descer pela barra de fogo da torre mais rápido ganha o título de 'Rei da Estação' por uma semana!" TK anunciou, balançando os braços dramaticamente enquanto a equipe se reunia ao redor, rindo e zombando uns dos outros.

"Rei da Estação? Que tipo de título é esse?" Buck riu, olhando para TK, claramente confuso.

"Ei, não subestime o poder do título! Isso te dá direito a escolher as playlists do rádio da estação e escolher quem faz o café. Estou te salvando de semanas com gosto de borra velha!" TK respondeu, piscando para Buck.

"Ah, nesse caso, estou dentro!" Buck respondeu, já correndo em direção à barra de fogo, provocando risos e comentários de todos.

A competição foi um espetáculo de risos. Marjan, sempre a competitiva, quase derrubou Mateo enquanto descia, e Paul estava tentando "encorajar" Nancy a desistir enquanto corria pela escada. No final, Buck conseguiu a melhor marca, deslizando pela barra com uma graça surpreendente, provocando aplausos e vaias divertidas.

"Rei da Estação, baby!" Buck gritou, levantando as mãos em comemoração enquanto TK fingia uma cara de derrota.

"Ok, você ganhou. Mas vou lembrar disso na próxima vez que quiser ouvir uma música country ruim!" TK riu, balançando a cabeça.

O dia continuou assim, com brincadeiras, histórias engraçadas e um sentimento de leveza no ar. Buck começou a perceber que, mesmo longe de Los Angeles, ele podia encontrar momentos de felicidade e pertencimento. A amizade com TK e a equipe da 126 estava se fortalecendo, e ele se sentia grato por ter um espaço onde podia ser ele mesmo, sem o peso das tensões que deixara para trás.

Naquela noite, TK e Carlos convidaram Buck para um churrasco em casa, e o clima era de pura alegria. Riam de histórias antigas, e TK fez questão de brincar com Buck sobre seu passado de desastres amorosos, mas de uma forma afetuosa e sem julgamentos.

"Ei, pelo menos você não tentou propor casamento na Times Square com um flash mob... E isso é tudo que eu vou dizer sobre o assunto!" TK confessou, arrancando risadas de todos.

Buck se sentia em paz. Texas estava sendo um respiro de ar fresco. Uma pausa necessária. Mas, no fundo, ele sabia que esse alívio era temporário.

Parte 2: Los Angeles

Enquanto Buck vivia momentos de diversão no Texas, a Estação 118 em Los Angeles continuava sentindo sua ausência de forma profunda, especialmente Eddie. O vazio que Buck havia deixado não era apenas profissional; ele afetava o emocional de todos ali.

Eddie estava mais calado do que nunca. Hen e Chimney tentavam animar o ambiente, mas a ausência de Buck pairava como uma sombra. Cada missão que antes era cheia de piadas e conversas agora parecia mecânica e sem vida.

Naquela tarde, Eddie chegou em casa e encontrou Christopher na sala, mexendo nos legos, mas com um semblante distante. Ele sabia que o filho estava sofrendo com a ausência de Buck tanto quanto ele, mas não sabia como lidar com isso.

"Está tudo bem, Chris?" Eddie perguntou, sentando-se ao lado dele.

Christopher deu de ombros, sem olhar para o pai. "Eu só queria que o Buck voltasse."

Eddie sentiu um aperto no coração. "Eu sei, filho. Eu também."

"Por que ele foi embora?" Christopher perguntou, com os olhos brilhando de saudade. "Foi por minha causa?"

A pergunta pegou Eddie de surpresa, e ele rapidamente tentou acalmar o filho. "Claro que não, Chris. Você não tem nada a ver com isso. Buck só... precisava de um tempo, sabe? Às vezes, as pessoas precisam de espaço para pensar."

Mas, por mais que tentasse, Eddie sabia que suas palavras não eram suficientes para acalmar o coração de Christopher — ou o seu próprio. Ele mesmo estava se afogando em arrependimento e saudade, e a cada dia ficava mais difícil negar o quanto sentia falta de Buck. As coisas entre eles não estavam resolvidas, e isso o corroía por dentro.

Na estação, a equipe começou a perceber que Eddie estava cada vez mais fechado. Bobby observava de longe, preocupado com o estado emocional dele, mas sabia que não podia forçar Eddie a falar. Ele respeitava o processo, mesmo que fosse doloroso.

Naquela noite, depois de mais um dia solitário, Eddie se deitou em sua cama, olhando para o teto do quarto escuro. O silêncio da casa era quase insuportável. Christopher já havia dormido, mas a casa parecia pesada, vazia. A única coisa que ele queria fazer era pegar o telefone e ligar para Buck, pedir desculpas, dizer que sentia falta dele. Mas o orgulho o mantinha preso.

No Texas, Buck também olhava para o telefone. Ele queria ligar para Eddie, mas algo o impedia. Mesmo com toda a alegria que estava experimentando na 126, o peso do que havia deixado em Los Angeles ainda o perseguia.

Dois mundos distantes. Dois corações cheios de saudade e dor.

Entre Chamas e Emoções (BUDDIE 9-1-1)Onde histórias criam vida. Descubra agora