Buck e Eddie, dois bombeiros da Estação 118, sempre tiveram uma conexão forte, mas uma missão de resgate quase desastrosa muda a dinâmica entre eles. Em meio à rotina intensa de salvamentos, incêndios e situações de risco, eles precisam lidar com o...
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Era sexta-feira à noite, e Buck e Eddie finalmente tinham conseguido escapar para um jantar a sós. Eles escolheram um restaurante pequeno e acolhedor no centro da cidade, aquele tipo de lugar onde a comida era boa e ninguém olhava feio se você derramasse molho no guardanapo. Perfeito para relaxar depois de uma semana agitada.
Enquanto olhava o cardápio, Buck percebeu que Eddie estava demorando para escolher. Ele levantou os olhos e, com um sorriso de canto, falou: "Eddie, você tá analisando o cardápio como se fosse um relatório do exército."
Eddie revirou os olhos, mas o sorriso no rosto entregava que estava curtindo a provocação. "Olha, depois da última vez que você me convenceu a pedir... tofu, eu vou ser mais criterioso."
"Ei, tofu é saudável, cara! E o sabor é... inexistente, mas é o que você faz com ele que conta," Buck retrucou, tentando defender seu passado gastronômico duvidoso.
"Exatamente o meu ponto, Buck. Eu não sou fã de 'faz o que quiser com isso'. Quero algo com sabor de verdade," Eddie respondeu com um tom dramático, enquanto apontava para as opções mais carnudas no cardápio. Buck soltou uma gargalhada um pouco mais alta que algumas pessoas de mesas ao redor olharam curiosas.
O jantar parecia seguir tranquilamente, até que a paz foi interrompida por uma voz alta da mesa ao lado.
"Isso aqui tá virando um circo. Agora qualquer um acha que pode fazer o que quer, na frente de todo mundo," o homem resmungou, claramente se referindo à proximidade entre Buck e Eddie.
Buck parou de rir instantaneamente, levantando uma sobrancelha. Ele olhou para o lado, quase fazendo um "oi?" silencioso com a expressão. Mas antes que ele pudesse responder, Eddie segurou seu braço debaixo da mesa e cochichou: "Deixa, Buck. Não vale a pena."
"Vale sim," Buck retrucou, mas antes que pudesse seguir com qualquer discurso heroico, a porta do restaurante se abriu.
E quem entra? Athena Grant, com aquele ar de autoridade que, mesmo em um vestido casual, dizia "não se mete comigo". Era como se o universo tivesse atendido a um chamado não verbal de Buck, enviando sua salvadora na hora certa.
Ela olhou ao redor e, em um instante, entendeu o que estava acontecendo. Com um sorriso que era parte apoio e parte "segura essa", Athena foi direto até a mesa deles.
"E aí, garotos? Tudo tranquilo por aqui?" ela perguntou casualmente, mas os olhos dela já miravam o cara da outra mesa.
Antes que Buck pudesse responder, o homem bufou. "Ótimo, mais uma pra defender essa pouca vergonha," disse ele, claramente não sabendo com quem estava falando.
Athena levantou uma sobrancelha. "Oh, então o senhor está com algum problema?"
"Problema? Isso aqui é um restaurante, não um show de comédia romântica. Essas demonstrações de... afeto," ele disse, apontando para Buck e Eddie com um tom de desdém, "deveriam ser mantidas em privado."
Com a maior calma do mundo, Athena deu um sorriso de canto. "Entendo. Deve ser horrível pra você."
O homem piscou, confuso. "O quê?"
"Sim, deve ser terrível. Ver pessoas felizes... demonstrações de afeto... deve ser absolutamente horrível. Você acorda de manhã e pensa, 'Hoje não! Mais um casal feliz? Meu Deus, como vou sobreviver?'" Athena dizia, com a voz cheia de falsa compaixão.
Buck quase engasgou com o riso, enquanto Eddie baixava a cabeça, tentando não gargalhar alto.
O homem começou a gaguejar, sem saber como responder, mas Athena não estava nem perto de terminar. "Sabe, existe tratamento pra isso. Tem um terapeuta excelente que ajuda pessoas com... dificuldades de lidar com a felicidade dos outros. Eu posso te passar o contato. Ou melhor, posso te encaminhar diretamente agora, se quiser."
Agora, o restaurante inteiro estava prestando atenção. O homem, visivelmente sem saber onde enfiar a cara, pegou o casaco e saiu tão rápido que quase derrubou a cadeira.
Quando ele finalmente se foi, Buck e Eddie explodiram em risadas.
"Você é incrível, Athena," Buck disse, ainda tentando se recompor.
"Eu sei," Athena respondeu, piscando para os dois. "Agora, se me dão licença, tenho um café para pegar, mas se precisarem de mim de novo, vocês sabem onde me encontrar. Só não se metam em mais confusão, ok?"
Com a saída triunfal de Athena, Buck e Eddie voltaram a se entreolhar, rindo.
"Ela nunca decepciona, né?" Buck comentou, ainda com os olhos brilhando.
Eddie assentiu, seu sorriso voltando ao normal, relaxado. "Eu te disse pra deixar pra lá, mas... valeu a pena."
Eles continuaram com o jantar, conversando sobre trivialidades, até que Eddie, sem aviso prévio, largou casualmente: "Você quer sobremesa, amor?"
Buck, no meio de um gole de água, quase cuspiu. Ele piscou rapidamente, como se tivesse ouvido errado. "O quê?"
"Amor," Eddie repetiu, com o mesmo tom calmo. "Eu perguntei se você quer sobremesa."
Buck ficou boquiaberto por um segundo, depois se inclinou na cadeira, um sorriso brincalhão surgindo em seus lábios. "Ah, então é assim? Agora você vai ficar me chamando de 'amor' casualmente em público?"
Eddie deu de ombros, fingindo inocência. "Já que você gosta tanto de me chamar assim, achei que era hora de retribuir."
Buck sacudiu a cabeça, ainda com um sorriso. "Isso não é justo. Não consigo me concentrar direito quando você faz isso."
Eddie apenas sorriu mais largo. "Bom, eu vou continuar. 'Amor'."
Buck soltou uma risada, mas então, como quem não quer nada, ele decidiu devolver a provocação. Ele se inclinou mais perto de Eddie, e com uma voz suave, quase sussurrando, disse: "Eu também te amo, amor."
Eddie engoliu em seco, claramente pegando o jogo de Buck. Ele olhou para Buck com um brilho nos olhos, balançando a cabeça lentamente. "Você não joga limpo, Buck."
Buck deu um sorriso travesso. "Quem disse que a gente tá jogando limpo?"
O silêncio entre eles foi interrompido pelo garçom que trouxe a conta, mas a tensão divertida no ar já estava lá.
Enquanto saíam do restaurante, Buck olhou de relance para Eddie e lançou mais uma vez, apenas para provocar: "Vamos pra casa, amor?"
Eddie apenas suspirou, resignado. Sabia que a noite ainda estava só começando, e que Buck não perdia por esperar...