Entre Chamas e Emoções (BUDDIE 9-1-1)

Capítulo 49: Entre Chamadas e Risadas

A rotina na Estação 118 estava em pleno vapor, com Buck e Eddie tentando manter a normalidade entre eles, mesmo que as interações fossem um pouco desajeitadas. As chamadas de emergência continuavam a surgir, e a equipe estava sempre em alerta.

Era um dia comum de trabalho, e eles estavam na sala de descanso quando a sirene soou. O capitão entrou, olhos brilhando de adrenalina. "Pessoal, temos um incêndio em um prédio comercial. Vamos, vamos!"

Buck e Eddie se entreolharam, o entendimento tácito entre eles substituindo qualquer necessidade de palavras. Enquanto se preparavam, Buck não conseguia deixar de notar como Eddie ainda tinha aquele jeito concentrado e sério que sempre o atraía.

Durante o caminho até a cena do incêndio, Buck estava tentando aliviar a tensão. "Então, amor..." ele começou, mas rapidamente se interrompeu, levando a mão à boca. "Merda! Desculpe, não era isso!"

Eddie soltou uma risada alta, a tensão se dissipando um pouco mais. "Você precisa parar de fazer isso! Vai me fazer chamar você de 'meu ex-lindo' durante um incêndio!"

Buck deu uma risada, os dois se entreolhando e se divertindo com a situação. Quando chegaram ao local, o cheiro de fumaça e o som de alarmes estavam por toda parte. Buck se sentiu energizado. "Vamos fazer isso, parceiro!"

Enquanto a equipe trabalhava rapidamente para controlar o incêndio, Buck e Eddie se separaram para verificar o andar de cima. Buck estava focado em sua tarefa, mas a mente não parava de vagar. Como era possível que ele ainda se sentisse tão bem ao lado de Eddie, mesmo depois de tudo?

Assim que chegaram ao andar superior, encontraram algumas pessoas presas no corredor, assustadas e esperando por ajuda. Buck se virou para uma mulher e disse: "Oi, estamos aqui para ajudar. Preciso que você siga o Eddie. Ele vai te levar para a saída, tudo bem?"

"Eu... eu não sei..." a mulher hesitou, olhando para a fumaça que se espalhava.

"Olha, eu prometo que tudo vai ficar bem! O cara é um ótimo guia turístico, você vai amar!" Buck disse, piscando e tentando aliviar a tensão.

Eddie soltou uma risada contida enquanto ajudava a mulher a se levantar. "Ele não está errado. Sou um guia turístico fantástico, se você considerar o fato de que só mostro os melhores lugares... como a saída!" Ele começou a guiá-la, e Buck não pôde deixar de sorrir.

Depois de resgatar as pessoas e controlar o incêndio, a equipe estava de volta à estação, exaustos, mas satisfeitos. Mas a calmaria durou pouco. Logo, o rádio entrou em ação novamente. "118, acidente com múltiplas vítimas em uma avenida principal. Precisamos de toda a equipe."

Chegando ao local do acidente, encontraram uma série de colisões entre quatro carros. Enquanto a equipe coordenava o resgate, Buck e Eddie estavam lado a lado mais uma vez, tirando uma mulher ferida do veículo.

"Cuidado com o braço dela, amor," Buck disse distraidamente, sem perceber que tinha soltado a palavra novamente.

Eddie levantou uma sobrancelha, claramente se divertindo, mas disse em um tom sério. "Buck, você vai continuar fazendo isso?"

Buck, já meio envergonhado, sorriu sem graça. "Olha, o hábito é difícil de quebrar, ok? Me dá um desconto!"

Eddie riu. "Ok, mas só porque você se saiu bem com aquele ferimento na perna dela."

Assim que terminaram no local do acidente, voltaram à estação com mais algumas piadas entre eles. Buck estava começando a relaxar, mas claro, a tranquilidade nunca durava muito na 118. O alarme tocou novamente.

"Temos um resgate no parque central. Criança presa em um tubo de escorregador."

Buck olhou para Eddie, um sorriso largo surgindo em seu rosto. "Esse parece ser seu tipo de resgate, Eddie. O 'especialista em resgatar crianças de escorregadores!'"

Eddie revirou os olhos, mas riu enquanto subiam no caminhão. Chegando ao parque, encontraram uma criança de uns cinco anos presa em um tubo de escorregador, chorando alto. A mãe desesperada estava ao lado.

"Eu juro, ele só queria escorregar... e agora isso!"

Eddie assumiu o comando, conversando calmamente com o garoto. "Ei, pequeno, vamos te tirar daí rapidinho, ok? Eu sou o especialista em escorregadores."

Buck riu atrás dele, fazendo sinal para Eddie continuar. Após algumas tentativas, conseguiram libertar o garoto, que correu de volta para os braços da mãe.

Enquanto caminhavam de volta ao caminhão, Eddie lançou um olhar para Buck. "Viu só? Mais uma criança salva graças ao 'especialista.'"

"Eu não disse? Você é o melhor nisso!" Buck respondeu, piscando para ele.

De volta à estação, a equipe estava finalmente acomodada, aproveitando um momento de descanso, mas claro que ainda restava espaço para algumas piadas.

"Você foi incrível lá em cima, Buck," Eddie comentou, se servindo de café também.

"Claro, você me conhece, sempre o melhor guia turístico!" Buck respondeu, fazendo uma pose exagerada. "Só espero que a próxima viagem seja um pouco mais relaxante. Quem diria que apagar incêndios e resgatar crianças de escorregadores seria tão divertido?"

"Eu diria que se você parar de chamar as pessoas de 'amor' durante os resgates, a vida será muito mais tranquila," Eddie brincou, dando um tapinha no braço de Buck.

"O que você está dizendo? Chamar as pessoas de amor é o que me faz ser um ótimo guia! Imagine se eu dissesse: 'Ei, você, venha comigo!' As pessoas iam pensar que eu sou um sequestro ambulante!"

Eddie soltou uma gargalhada, a ideia fazendo sua mente correr com a imagem absurda. "Porra, Buck! Isso seria um desastre! Mas, sério, você está se saindo bem. Se manter assim pode ser a chave para a paz mundial!"

Com o turno finalmente chegando ao fim, Buck sentiu que as coisas estavam começando a se acertar. Mesmo que ainda houvesse uma camada de estranheza entre ele e Eddie, ele sabia que cada dia era um passo. Por enquanto, ele estava feliz em compartilhar risadas e experiências com Eddie, mesmo que o "amor" ainda estivesse à espreita.