Buck e Eddie, dois bombeiros da Estação 118, sempre tiveram uma conexão forte, mas uma missão de resgate quase desastrosa muda a dinâmica entre eles. Em meio à rotina intensa de salvamentos, incêndios e situações de risco, eles precisam lidar com o...
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O dia começou como qualquer outro na Estação 118, mas o clima estava carregado. Eddie mal falava com Buck, mantendo distância o tempo todo. Desde a discussão da noite anterior, Buck sabia que as coisas não estavam bem, mas o que mais doía era o silêncio de Eddie, como se ele estivesse fingindo que Buck nem estava ali.
Durante o café da manhã, Eddie se sentou do outro lado da mesa, longe de Buck. Ele mexia na comida distraidamente, sem levantar o olhar, respondendo com monossílabos quando alguém tentava conversar com ele. Buck observava tudo com o coração apertado, tentando pensar em alguma maneira de quebrar aquele gelo que parecia ficar cada vez mais grosso. Ele tentou piadas, comentários leves, mas a indiferença de Eddie era ensurdecedora.
Quando os dois estavam no caminhão, indo para uma emergência, Buck fez outra tentativa. "Eddie, precisamos falar sobre ontem..."
Eddie apenas balançou a cabeça, olhando pela janela. "Agora não, Buck."
As horas se arrastaram, e o desconforto entre eles só crescia. Buck estava ficando cada vez mais ansioso, incapaz de se concentrar completamente no trabalho. Ele sabia que algo muito maior estava se formando entre eles, algo que não poderia ser ignorado.
Quando o turno finalmente terminou, Buck decidiu que não podia mais esperar. Ele encontrou Eddie no vestiário, fechando seu armário, e se aproximou cautelosamente.
"Eddie, por favor, precisamos conversar. Não dá pra continuar assim."
Eddie ficou em silêncio por um momento, ainda de costas para Buck, como se estivesse reunindo coragem para o que viria a seguir. Ele então se virou lentamente, seu olhar cheio de uma dor que Buck não esperava ver.
"Tá bem", Eddie disse, com a voz baixa. "Vamos conversar."
Eles foram para um canto mais reservado do quartel, onde ninguém os incomodaria. O clima estava pesado, cada um esperando o outro começar. Buck, sentindo que Eddie não falaria primeiro, decidiu se abrir.
"Olha, eu sei que ontem foi um desastre. Eu perdi a cabeça na escola, eu sei disso. Mas, Eddie, eu só... eu não aguento ver o Chris sofrendo. Eu reajo mal porque eu me importo, porque eu quero protegê-lo. Eu faria qualquer coisa por ele e por você", Buck desabafou, sua voz já embargada, implorando por compreensão.
Eddie respirou fundo, lutando contra as lágrimas que ameaçavam cair. Ele olhou para Buck, com o coração apertado, e finalmente começou a falar. "Buck... eu sei que você se importa. Eu sei que você faria qualquer coisa por nós. E, por mais que isso signifique muito para mim, tem uma coisa que você precisa entender."
Buck franziu a testa, confuso, esperando as palavras seguintes com o coração na mão.
Eddie engoliu em seco e, com a voz trêmula, continuou. "Eu te amo, Buck. Eu amo de verdade. Mas o Chris... ele sempre será minha prioridade maior. Sempre. E o que aconteceu nos últimos dias me fez perceber que... eu preciso proteger meu filho, acima de tudo. Mesmo que isso signifique... abrir mão de outras coisas."
"Eu sei que você ama o Chris", Buck respondeu, com lágrimas nos olhos. "Eu sei que ele é sua prioridade, Eddie, mas eu também estou aqui. Eu sou parte da vida dele, parte da sua vida. Nós somos uma família!"
Eddie balançou a cabeça, sentindo o peso das palavras que estava prestes a dizer. "Eu sei que você quer ser parte disso, Buck. E você é, de muitas maneiras. Mas... às vezes, eu sinto que sua impulsividade, seu jeito de reagir, acaba complicando ainda mais as coisas. O que aconteceu ontem, na escola, foi a prova disso. Eu tenho que pensar no que é melhor pro Chris. Eu não posso arriscar a segurança dele, o bem-estar dele, por mais que eu te ame."
Buck ficou paralisado, como se o chão estivesse desmoronando sob seus pés. Ele piscou algumas vezes, tentando processar as palavras de Eddie. "Você... você está dizendo que quer terminar? Que não tem mais espaço pra mim na sua vida?"
Eddie fechou os olhos por um segundo, deixando as lágrimas finalmente escaparem. "Eu estou dizendo que... eu preciso que o Chris seja a minha única prioridade agora. E, mesmo que isso parta meu coração, Buck, eu acho que o melhor pra ele – e pra todos nós – é que a gente termine."
Aquelas palavras atingiram Buck com uma força que ele não sabia que poderia suportar. Seus olhos marejaram enquanto ele olhava para Eddie, sentindo que estava perdendo tudo de mais importante em sua vida.
"Eddie... não faz isso", Buck sussurrou, sua voz falhando. "Eu amo vocês. Eu... eu amo você."
Eddie apenas balançou a cabeça, incapaz de responder. Ele virou de costas e foi embora, deixando Buck sozinho, com o coração despedaçado.