Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)

tentativas (penúltimo capitulo)

Penélope caminhou até a sala onde Michael estava, o som de seus passos firmes ecoando no galpão silencioso. Ela sentia a raiva crescer dentro de si, uma tempestade prestes a explodir. Michael tinha ido longe demais, e agora ela estava prestes a fazer algo que nem Colin poderia impedir.

Ao chegar na porta, ela não hesitou em empurrá-la com força. Michael, sentado em uma cadeira com as mãos algemadas, olhou surpreso ao vê-la entrar com a arma em punho. Seus olhos se estreitaram, e ele se levantou com um sorriso cínico.

— Veio resolver o que, Penélope? — Ele zombou, sem medo, achando que ainda tinha alguma vantagem sobre ela. Mas logo seu sorriso desapareceu quando viu a seriedade no rosto de Penélope e a pistola em suas mãos.

— Eu vim resolver nós dois, Michael. — Ela disse com uma calma que não combinava com a raiva que pulsava dentro dela. — Agora, você vai me ouvir, ou... — Ela apontou a arma para o chão, seu dedo no gatilho, provocando um som sutil, mas ameaçador. — Vamos ver até onde sua sorte vai te levar.

Michael riu, tentando se recompor, mas a tensão no ambiente era palpável. Ele sabia que ela não estava mais brincando, não estava mais tentando parecer frágil ou vulnerável.

— Está se achando poderosa agora, não é? Como se você tivesse algum controle aqui. — Ele disse, tentando bancar o durão. Mas o desespero começava a transparecer em seus olhos.

Penélope deu um passo à frente, o olhar fixo no de Michael.

— Você acha que pode me usar como quiser, brincar com minha vida e com meus sentimentos? — Ela perguntou, a voz ameaçadora, mais dura do que nunca. — Que você pode manipular tudo ao seu redor porque acha que eu sou fraca? Não sabe nada sobre mim.

Ela encostou a ponta da arma na sua têmpora, seus olhos brilham com a ameaça e a dor acumulada.

— Eu pedir para você atirar em mim... Você sabia que me faria isso, Michael? — A raiva em sua voz crescia, como uma tempestade prestes a explodir. — Eu fiz o que fiz porque você me forçou a isso. Você abusou de mim e destruiu minha confiança. E agora, você ainda acha que tem o direito de me ameaçar, de falar sobre meu filho, de me fazer acreditar que você tem controle sobre mim?

Michael engoliu em seco, as palavras dele morrendo na garganta quando ele percebeu que Penélope não estava mais em controle das suas emoções. Ela estava em controle da situação. A posição que ele achava que tinha sobre ela agora estava desmoronando.

— Você não pode me matar, Penélope. Você nunca faria isso. — Ele desafiou, tentando manter a fachada de coragem, mas falhando.

Ela o olhou com desdém, apertando um pouco mais a arma, a ponta tocando sua pele.

— Eu não vou matar você, Michael. — Ela disse com uma calma assustadora, antes de desviar o olhar. — Mas vou fazer algo muito pior.

Penélope se virou na porta, seu olhar agora frio e calculista. Ela havia visto o medo nos olhos de Michael. Ele estava desconfortável, se contorcendo na cadeira como se a qualquer momento ela fosse disparar a arma, e isso a fez perceber que tinha mais poder sobre ele do que ele jamais imaginara. Ela não precisava mais de violência física para controlá-lo, apenas de sua mente. E, naquele momento, ela decidiu usar exatamente isso.

Michael, tentando manter a compostura, a xingou com palavras sujas, dizendo que ela não passava de uma "fraque" e uma "cachorra", mas o tremor em sua voz traía suas palavras. Penélope não se abalou. Ao contrário, o som da raiva dele apenas a alimentava.

Ela caminhou até ele, parada bem diante de seu rosto, observando cada detalhe de sua expressão. Ela se agachou lentamente, ficando na altura dele. Michael tentou manter o olhar desafiador, mas o suor começava a escorrer pela sua testa. Penélope podia ver como ele estava lutando para não ceder à tensão. Ela sabia que ele estava começando a quebrar.