Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)

Ansiedade

Colin guiou Penélope cuidadosamente até o quarto, mantendo o braço ao redor dela para dar-lhe apoio. Ela ainda respirava de forma rápida e irregular, o peito subindo e descendo enquanto lutava para recuperar o controle. Ele a ajudou a se sentar na beira da cama e, ajoelhando-se ao seu lado, segurou suas mãos firmemente.

— Penélope, olhe para mim, — ele pediu, a voz suave e calma. — Vamos, inspire fundo… conte até três comigo.

Ela assentiu, tentando seguir as instruções dele. Inspirou profundamente, tentando sincronizar a respiração com o ritmo que ele ditava. Aos poucos, o ar começou a entrar de forma mais natural, e o aperto no peito dela foi diminuindo.

— Isso… assim mesmo, — Colin encorajou, seus olhos cheios de ternura e preocupação. — Concentre-se só em respirar.

Depois de alguns minutos, a respiração de Penélope finalmente começou a estabilizar, e ela se sentiu um pouco mais calma. Colin continuou a seu lado, sem soltar as mãos dela, os olhos atentos a cada expressão no rosto dela.

— Obrigada, — Penélope sussurrou, a voz trêmula. — Eu sinto muito por te preocupar assim…

— Não peça desculpas, — Colin respondeu, levantando-se para sentar ao lado dela na cama. — Eu me preocupo porque você é tudo para mim, e não quero te ver sofrer assim.

Ela olhou para ele, os olhos ainda brilhando com lágrimas. — Eu só… eu não sabia que seria tão difícil. Eu pensei que poderia lidar com tudo.

Ele passou o braço ao redor dela, puxando-a para mais perto. — Ninguém consegue carregar tudo sozinho. E você não precisa. Estou aqui com você, e juntos vamos passar por isso, um passo de cada vez.

Penélope fechou os olhos e se permitiu relaxar um pouco, encostando a cabeça no ombro dele. A presença de Colin ao seu lado trazia uma sensação de segurança, como se, de alguma forma, ela pudesse encontrar forças para enfrentar tudo que viesse pela frente.

— Eu só preciso de um tempo… para aprender a confiar em nós, confiar que tudo vai ficar bem, — ela murmurou, deixando escapar um suspiro profundo.

— E você terá todo o tempo do mundo, — ele garantiu, acariciando suavemente seus ombros. — Eu não vou a lugar algum, Penélope.

Penélope se ajeitou na cama, e com uma mão ainda trêmula, repousou delicadamente sobre sua barriga. Ela acariciou o pequeno volume, sentindo-se mais próxima da bebê a cada dia que passava, e sussurrou suavemente:

— Oi, Agatha… sou eu, sua mamãe. — Sua voz soava gentil, carregada de um carinho que quase a surpreendia. — Acho que você já percebeu que as coisas não são fáceis por aqui. Mas eu quero que saiba que, mesmo com todos os erros que cometi… você já é tão amada.

Ela fechou os olhos, lutando para conter a emoção que apertava seu coração.

— Às vezes, eu fico com medo de não ser a mãe que você merece, de não saber lidar com tudo isso. Mas… prometo que vou tentar. Vou ser a mãe mais forte que puder, por você. — Um sorriso tímido escapou enquanto ela continuava, o carinho transparecendo em cada palavra. — E, bom… o seu pai está lá embaixo, pegando algo pra gente comer. Ele já está te mimando, sabia? Você vai adorar o quanto ele te protege, até de mim.

Ela soltou uma risada fraca, a mão ainda acariciando a barriga com delicadeza. Era como se, naquele momento, fosse só ela e Agatha, como se as dúvidas e as incertezas se afastassem para dar espaço ao amor crescente que sentia por sua filha.

— Eu sei que às vezes a gente tem nossos momentos difíceis, mas te prometo que, quando você chegar, eu estarei aqui… para sempre.

Colin então voltou oro quarto carregando uma bandeja de comida.Colin observou Penélope em silêncio, sentindo o peso das palavras que ele havia proferido mais cedo e de como isso havia afetado o coração dela. Ele respirou fundo, tentando encontrar uma maneira de desfazer o estrago, embora soubesse que algumas palavras eram difíceis de serem esquecidas.