Tanto te queria..

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Colin saiu do local sentindo a adrenalina ainda vibrar em seu corpo, mas seu foco agora era voltar para casa e garantir que Penélope estava bem e que tudo o que acontecera ali ficaria no passado. Ele sabia que essa briga precisava ser mantida em segredo. A última coisa que queria era que Penélope, especialmente em seu estado de gravidez, tivesse que lidar com mais uma preocupação envolvendo Michael.

Assim que chegou em casa, ele entrou silenciosamente, ainda processando a intensidade dos últimos acontecimentos. Quando entrou no quarto, encontrou Penélope deitada, aparentemente adormecida, com uma expressão serena. Colin parou por um instante, observando-a, sentindo-se dividido entre o remorso por sua reação violenta e o alívio de ter afastado temporariamente a ameaça de Michael.

No entanto, ao perceber que Penélope mexia a cabeça, abrindo os olhos lentamente, ele se aproximou, tentando sorrir para tranquilizá-la.

— Você já voltou? — Penélope perguntou, ainda sonolenta, mas com uma expressão de leve surpresa.

— Voltei. Queria estar aqui com você — ele disse, sentando-se ao lado dela na cama e pegando sua mão. — Como você está? Tudo bem?

Ela deu um suspiro leve e assentiu, observando Colin com olhos atentos.

— Estou bem. Só... me sinto um pouco cansada — Penélope respondeu, mas logo percebeu a expressão tensa de Colin. — Mas você parece... agitado. Aconteceu alguma coisa?

Colin hesitou, mas tentou disfarçar com um sorriso reconfortante.

— Não é nada, só algumas coisas do trabalho que estou resolvendo. Você sabe, nada que valha a pena se preocupar — ele disse, tentando manter a voz calma e tranquilizadora.

Penélope franziu a testa, mas, apesar de sua intuição lhe dizer que havia algo mais, ela confiava que, se fosse importante, Colin contaria. Decidida a não pressioná-lo, ela apenas assentiu.

— Espero que saiba que eu também estou aqui para você, Colin — disse suavemente, apertando a mão dele.

Ele sorriu, sentindo um calor reconfortante ao ouvir suas palavras.

— Sei disso, Penélope. E isso significa tudo para mim — respondeu, tocando o rosto dela com carinho. — Mas, por agora, o que mais quero é cuidar de você e de nossa filha.

Eles trocaram um olhar silencioso e compreensivo, enquanto Colin sentia seu coração finalmente começar a desacelerar, acalmando-se.

— Por que não descansamos um pouco? — sugeriu ele, ajudando-a a se deitar de maneira confortável.

Colin se deitou ao lado dela, segurando-a junto a si, prometendo a si mesmo que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para proteger Penélope e Agatha — não importava o que tivesse que enfrentar.

Colin se ajeitou ao lado de Penélope, deitando a cabeça cuidadosamente sobre sua barriga, como fazia frequentemente para sentir a presença de Agatha. Ele deslizou a mão suavemente, sentindo o leve movimento que vinha de dentro, um lembrete doce e poderoso de que sua filha estava crescendo ali, protegida.

Com um sorriso, ele começou a falar com a bebê em um tom suave e carinhoso:

— Olá, minha pequena Agatha... Sabe, eu preciso contar umas coisas sobre sua mãe — disse ele, em um tom brincalhão, lançando um olhar a Penélope, que apenas sorriu, curiosa e emocionada.

— Sua mãe é a pessoa mais corajosa e determinada que eu conheço — continuou ele, mantendo uma das mãos sobre a barriga de Penélope. — Às vezes ela até me assusta com toda essa coragem dela. Ela enfrenta qualquer coisa e qualquer um para proteger quem ama... E isso inclui você, minha filha.

Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)Onde histórias criam vida. Descubra agora