Rede de mentiras

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Duas semanas se passaram e a vida na Irlanda se tornou um turbilhão de atividades, especialmente para Colin e Penélope. Após a saída de Anthony e dos outros Bridgertons para Londres, eles estavam de volta ao trabalho na máfia, retomando as operações com um foco renovado. Colin se via envolvido em reuniões estratégicas e planejamentos, enquanto Penélope continuava a se estabelecer como uma força a ser reconhecida, não apenas como esposa, mas como uma líder de respeito.

Apesar da energia e do impulso que a impulsionava, Penélope estava agora com cinco meses de gestação, e a barriga já começava a mostrar a vida que carregava. Colin, por outro lado, estava se tornando cada vez mais protetor, e sua preocupação com a saúde dela crescia diariamente.

— Você precisa se cuidar, Penélope! — Colin exclamou uma manhã, ao entrar no escritório e encontrá-la mais uma vez concentrada em papéis. — Você não pode passar horas sem comer ou descansar. Isso não é só sobre você agora!

Ela olhou para ele, exausta, mas decidida.

— Eu estou bem, Colin. E estou apenas ocupada. Temos muitas coisas a resolver, e os treinos precisam continuar. Não posso deixar que a máfia fique estagnada por causa da minha gravidez.

Colin franziu o cenho, cruzando os braços.

— Não estou dizendo que você não deve trabalhar. Estou dizendo que precisa ter limites. Isso é importante. — Ele se aproximou e acariciou a barriga dela, seus olhos transmitindo preocupação. — Agatha precisa de você forte e saudável.

Penélope respirou fundo, percebendo que sua determinação estava colocando sua saúde em risco. Sabia que Colin se importava, mas a ideia de reduzir sua carga de trabalho parecia inaceitável.

— Colin, você sabe que este é o meu papel. Eu não posso simplesmente deixar que tudo caia nas mãos de outros. E, sinceramente, você sabe que eu sou capaz de lidar com isso.

Ele suspirou, a frustração misturada com admiração por sua força de vontade.

— Eu sei que você é capaz. Mas você não é super-humana. E isso não significa que você deva ignorar suas necessidades.

— Eu entendo, mas eu sou a chefe aqui — respondeu Penélope, um sorriso malicioso nos lábios. — E vou continuar a ser a chefe, mesmo grávida.

Colin sorriu, sabendo que essa era uma batalha que ele provavelmente não ganharia. Mas havia algo reconfortante em saber que a mulher que amava não abdicaria de seu poder ou de sua autoridade por causa da gravidez. Ele só precisava encontrar um jeito de fazê-la entender que cuidar de si mesma não era uma fraqueza.

— Então, que tal uma pausa? Vamos almoçar juntos e depois você pode voltar ao trabalho — sugeriu ele, tentando convencê-la.

Ela hesitou, mas a expressão de preocupação nos olhos dele a fez ceder.

— Está bem. Um rápido almoço. Mas só porque você está sendo insistente.

Colin sorriu, aliviado. Ele a guiou para fora do escritório e juntos se dirigiram à cozinha, onde prepararam uma refeição simples, mas deliciosa. Enquanto comiam, Colin não pôde deixar de admirar Penélope, mesmo no meio de um momento tão comum, seu olhar era de pura força e determinação.

— Você sabe que estou sempre ao seu lado, certo? — ele perguntou, olhando profundamente em seus olhos.

— Eu sei, Colin. E aprecio isso mais do que posso expressar. — Ela sorriu, seu coração aquecendo-se com o carinho dele. — Mas também preciso que você confie em mim e no que posso fazer.

— Eu confio, Penélope. Só quero que você se lembre de que não precisa fazer tudo sozinha.

Após o almoço, Penélope voltou a seu escritório com um novo ânimo. Ela não poderia permitir que a gravidade de sua situação a tornasse menos capaz de liderar. Nos dias seguintes, continuou seus treinamentos, focando em novos membros da máfia e suas habilidades. As aulas eram intensas e Penélope não poupava esforços.

Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)Onde histórias criam vida. Descubra agora