Ao chegarem em frente à mansão, o clima era tenso, mas, quando Penélope viu Felicity correndo em sua direção, uma onda de alívio a atravessou. A jovem estava com o rosto cheio de lágrimas, e seu olhar refletia um misto de medo e saudade.
— Penélope! — gritou Felicity, com a voz embargada, enquanto se lançava nos braços da irmã. — Sinto muito! Sinto muito!
Penélope, ao sentir a fragilidade da irmã em seus braços, imediatamente envolveu-a em um abraço apertado.
— Shh, minha pequena — ela sussurrou, acariciando os cabelos de Felicity. — Está tudo bem. Eu estou aqui agora.
Felicity soluçava, o corpo tremendo enquanto falava entre lágrimas:
— Eu pensei que tinha perdido você! Eu não sabia o que fazer! Mãe estava… — ela hesitou, como se o simples nome de Portia a deixasse mais assustada.
— Eu sei, eu sei — Penélope a interrompeu suavemente, tentando acalmá-la. — Eu também passei por isso, mas agora estamos juntas. Estamos a salvo.
Colin observou a cena com um misto de preocupação e admiração. Ele se aproximou, colocando uma mão reconfortante no ombro de Penélope.
— Precisamos ir para um lugar seguro, o mais rápido possível — disse ele, olhando para as duas. — A situação ainda não está resolvida.
Penélope olhou para Colin, ainda segurando Felicity em seus braços, e então assentiu, sua determinação se reerguendo.
— Você está certa. Vamos. Mas primeiro, Felicity, preciso que você me diga se está machucada ou se viu alguém.
Felicity começou a limpar as lágrimas com as costas da mão e, embora ainda estivesse assustada, a presença de Penélope a acalmava.
— Eu só… só ouvi gritos e vi a mamãe discutindo com você — ela respondeu, a voz ainda trêmula. — Eu não sabia que você estava em perigo.
Penélope suspirou, sentindo a dor de sua irmã.
— Eu não queria que você visse isso. Prometo que vamos nos afastar de tudo isso. Juntas, como sempre.
— Mas e a mamãe? — Felicity perguntou, a angústia voltando a surgir em seu olhar.
— Vamos lidar com isso depois. Agora, precisamos focar em nós — Penélope disse, decidida. — Vamos para o carro.
Com Felicity ao seu lado, Penélope começou a se afastar da mansão, Colin seguindo logo atrás. Eles precisavam de um plano, mas, mais importante, precisavam encontrar segurança. Enquanto caminhavam, Penélope olhou para Felicity, determinada a protegê-la a qualquer custo. A ligação entre as irmãs nunca fora tão forte, e Penélope sabia que, juntas, poderiam enfrentar qualquer tempestade que viesse pela frente.
O vôo de volta pra Irlanda foi silencioso para ambos . No silêncio do carro, com Felicity dormindo profundamente com a cabeça repousada no colo de Penélope, Colin observava a expressão dela enquanto encarava a paisagem passando pela janela. Penélope parecia perdida em seus pensamentos, o olhar cansado e distante.
Quebrando o silêncio, Colin sussurrou, cuidadoso:
— Felicity… ela não fez isso para machucar Portia. Foi tudo um reflexo do que passaram juntas.
Penélope suspirou, o peso em suas palavras refletindo o quanto tentara proteger a irmã desse mundo sombrio que, agora, já não poderia ser evitado.
— Eu sei, Colin — ela murmurou, sem desviar o olhar da janela. — Eu tentei, de todas as formas, poupar Felicity disso. Queria tanto que ela tivesse uma vida normal… longe dessas intrigas, desses segredos. Mas agora… agora ela foi puxada para esse ciclo. E nada vai apagar o que ela viu, o que teve que fazer.
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Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)
Fiksi PenggemarPenélope Featherington, chefe implacável da máfia irlandesa, comanda com astúcia e mão de ferro o império criminoso de sua família. Há décadas, os Featheringtons mantêm uma rixa sangrenta com os Bridgertons, a poderosa máfia de Londres, liderada por...