Between Blood and Desire. (Polin ' máfia)

Adeus (último capítulo)

O tempo passou rapidamente e, quando menos se esperava, Penélope estava quase no fim da gravidez. Ela se encontrava no nono mês, seus movimentos lentos e doloridos, sua barriga pesada e tensa. Os últimos dias haviam sido difíceis, a ansiedade se intensificando enquanto ela sentia as primeiras contrações. O que mais a aterrorizava não era o nascimento em si, mas tudo o que ainda estava por vir depois. O medo da dor, da situação, de não ser capaz de lidar com aquilo, a lembrança de seu aborto anterior e do peso que carregava dentro de si.

Naquela noite, tudo parecia ter se tornado insuportável. Penélope estava deitada na cama, as mãos apertando os lençóis enquanto os primeiros sinais de dor começavam a crescer e desaparecer em intervalos irregulares. O quarto estava silencioso, mas dentro dela, um turbilhão de emoções começava a crescer, como uma tempestade iminente.

Colin estava em pânico. Seus passos estavam frenéticos enquanto ele corria de um lado para o outro, a preocupação estampada em seu rosto. Ele não sabia o que fazer. Estava completamente descontrolado. Cada vez que ouvia Penélope gemer, seu estômago se revirava, e ele sentia o medo tomar conta dele, apertando seu peito.

Sua mãe, Violet, estava ao lado dele, tentando acalmá-lo. Ela sabia que ele estava fora de si, desesperado, mas também sabia que ele não poderia agir daquela forma. Era preciso manter a calma.

- Colin, você precisa se acalmar - , Violet disse, sua voz firme, mas suave. Ela pegou as mãos dele, tentando transmitir um pouco de serenidade. - Penélope vai precisar de você agora mais do que nunca. Você não pode se desesperar.

Mas as palavras de sua mãe pareciam apenas aumentar a histeria de Colin. Ele dava voltas pelo quarto, sem parar, incapaz de focar em qualquer coisa.

- Eu não posso ficar aqui, mãe. Eu não posso! Ela está sofrendo! E eu... Eu não sei o que fazer, não sei o que vou fazer se algo acontecer com ela! - Colin exclamou, as mãos agarrando os cabelos enquanto sua respiração se tornava mais rápida e superficial. A ansiedade o consumia, e ele se sentia impotente diante da dor de Penélope.

Violet suspirou, tentando acalmar seu filho.

- Eu sei que você está preocupado, mas você precisa ser forte por ela. O parto vai ser em casa, com as pessoas que ela confia, e você estará ao lado dela. Agora, precisamos preparar tudo para que ela esteja confortável.

- Mas ela... ela precisa de cuidados médicos mais adequados! Precisamos de um hospital, mãe! Não podemos arriscar! -  Colin protestou, ainda sem conseguir controlar a tensão.

Violet olhou para Colin com um olhar grave e calmante. "Colin, a decisão já foi tomada. Penélope está decidida a ter o bebê em casa. Ela confia em você, e você precisa ser o pilar dela nesse momento. Vai ser difícil, sim, mas você precisa ajudar a manter a calma. Ela vai sentir a sua energia, e você precisa estar forte, não só por você, mas por ela e pela criança.

As palavras de Violet pareciam ecoar em sua mente, mas ele não conseguia se livrar da sensação de desespero.

- Eu... Eu não posso perder ela. Não posso perder o bebê... Eu não suportaria.

O medo e a angústia se misturavam em seu peito, mas Violet, percebendo a profundidade do sofrimento de Colin, se aproximou dele e colocou a mão em seu ombro.

- Você não vai perder ninguém, filho. Agora, vai até ela. Fique com ela. Isso é o que ela mais precisa.

Colin, ainda em pânico, respirou fundo. Ele sabia que precisava estar ao lado de Penélope, mas a ideia de vê-la em tanta dor o estava destruindo por dentro. Ele não sabia o que fazer ou o que dizer, mas sabia que a única coisa que poderia fazer era estar ali, ao lado dela, mesmo que seu próprio medo ameaçasse tomá-lo por completo.