Treinta y cuatro

245 22 0
                                    

Tema: Carlos sendo o seu sogro.

⭐️

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

⭐️

O céu de Madri estava tingido de um laranja suave enquanto o sol se punha lentamente. Na espaçosa casa dos Sainz, o silêncio dominava o ambiente. Carlos, agora com 40 anos, ainda era uma figura carismática, com seus olhos castanhos marcantes, o cabelo levemente grisalho nas têmporas e um físico que denunciava os anos dedicados ao esporte. Apesar de ter se aposentado da Fórmula 1 há alguns anos, sua presença continuava magnética.

Ele estava na sala, folheando distraidamente um livro quando ouviu a porta da frente se abrir.

— Pai, cheguei! — anunciou Miguel, seu filho de 19 anos, com a energia típica da juventude.

— Bem-vindo, filho! — Carlos respondeu, levantando-se do sofá.

Atrás de Miguel, uma figura familiar entrou na casa. Era Sn, a namorada dele. Jovem, bonita e cheia de vida, ela carregava consigo uma aura que deixava Carlos inquieto. Eles trocaram um breve olhar — um olhar que dizia muito mais do que qualquer palavra dita.

— Boa noite, senhor Sainz. — Sn cumprimentou educadamente, como sempre fazia.

— Boa noite, Sn. — Ele respondeu, mantendo a compostura, mas o coração batia um pouco mais rápido do que deveria.

Miguel sorriu, alheio à tensão invisível no ar.

— Vou tomar um banho rápido. Sn, fique à vontade. — Ele disse, subindo as escadas.

Assim que o filho desapareceu no andar de cima, o silêncio na sala tornou-se quase palpável. Sn permaneceu em pé, observando Carlos com um misto de nervosismo e desejo.

— Não deveríamos... — ela começou, mas ele a interrompeu, aproximando-se lentamente.

— Eu sei. — Carlos sussurrou, os olhos fixos nos dela. — Mas é impossível não querer você.

Ela sentiu o coração acelerar. Desde o início, o relacionamento com Miguel nunca fora realmente sobre ele. Era Carlos quem a atraía, com sua maturidade, seu charme e a maneira como ele a fazia se sentir viva.

— Miguel pode descer a qualquer momento... — Ela disse, mas sua voz saiu fraca, hesitante.

Carlos deu um passo à frente, encurtando ainda mais a distância entre eles.

— Só um instante... — Ele murmurou, inclinando-se para beijá-la de forma lenta, intensa, como se aquele momento fosse a única coisa que importava.

Sn cedeu, seus lábios se encontrando com os dele em um beijo proibido, mas cheio de desejo. As mãos dele deslizaram até sua cintura, puxando-a para mais perto, enquanto o mundo ao redor parecia desaparecer.

Mas o som da água do chuveiro parando os trouxe de volta à realidade. Carlos se afastou, respirando fundo, tentando recuperar o controle.

— Você devia ir... — Ele disse, a voz rouca.

— Eu sei. — Ela respondeu, ajeitando os cabelos rapidamente.

Eles trocaram um último olhar, cheio de promessas silenciosas, antes que Sn se afastasse, voltando a sentar-se no sofá como se nada tivesse acontecido.

Miguel desceu as escadas pouco depois, sorrindo.

— Tudo certo? — Ele perguntou, lançando um olhar tanto para o pai quanto para Sn.

— Tudo. — Carlos respondeu, a expressão impassível. — Estávamos apenas conversando.

Naquela noite, após Miguel e Sn saírem, Carlos ficou sozinho na sala, refletindo. Ele sabia que o que estava fazendo era errado, mas também sabia que não conseguia evitar. Havia algo em Sn que o fazia sentir coisas que não sentia há muito tempo — uma faísca, uma paixão que ele pensou ter perdido.

Do outro lado da cidade, Sn também estava inquieta, revivendo cada momento ao lado de Carlos. A culpa a consumia, mas o desejo era mais forte. Ela sabia que precisava decidir o que fazer... mas, por enquanto, estava presa entre dois mundos.

E nenhum deles parecia fácil de abandonar.

𝟓𝟓 - 𝙞𝙢𝙖𝙜𝙞𝙣𝙚𝙨  Onde histórias criam vida. Descubra agora