Sesenta y ocho

109 23 0
                                    

Tema: Você sendo jovem demais pra ele.
*obs: nesse capítulo sn e Carlos tem uma diferença de 17 anos.

🏎️

O sol já entrava suavemente pelas cortinas do quarto, banhando tudo com um tom dourado e quente. SN despertou com um sorriso satisfeito nos lábios, sentindo o corpo leve e relaxado depois da noite que teve. Ela virou-se preguiçosamente para o lado, encontrando Carlos jogado no colchão como se tivesse sido atropelado por um caminhão.

Ele estava de barriga para baixo, o lençol amassado ao redor da cintura e os cabelos completamente bagunçados. Uma das mãos estava caída para fora da cama, e o rosto afundado no travesseiro.

Ela não conseguiu conter o riso.

— Carlos?

Nenhuma resposta.

SN se inclinou para frente, passando os dedos suavemente pelas costas dele, mas tudo o que conseguiu foi um resmungo.

— Carlos, você está vivo?

— Infelizmente.

Ela gargalhou.

— Nossa, que dramático.

Carlos virou o rosto devagar, seus olhos castanhos ainda pesados de sono e exaustão. Ele a observou por um momento antes de soltar um suspiro longo.

— Eu sabia que você era mais nova, mas eu não sabia que isso significava que você tinha energia infinita.

SN mordeu o lábio para não rir.

— Eu não fiz nada demais.

Carlos ergueu uma sobrancelha, cético.

— Você está brincando? Se esse for o seu ritmo normal, eu preciso começar a treinar fora das pistas para conseguir acompanhar você.

Ela se virou de lado, apoiando o rosto na mão enquanto olhava para ele com divertimento.

— Você está me dizendo que não aguenta?

Ele suspirou dramaticamente.

— Eu tenho 42 anos, cariño. Eu posso correr a 300 km/h sem problemas, mas isso foi... outra coisa.

SN riu alto.

— Parece que alguém está ficando velho.

Carlos olhou para ela com falsa indignação.

— Ei! Eu ainda sou jovem!

— Então prove.

Carlos a encarou por um momento antes de suspirar e cair de volta no travesseiro.

— Me dá algumas horas. Talvez um dia inteiro.

SN gargalhou e se levantou da cama, puxando o lençol consigo.

— Eu vou fazer café.

— Ótimo. — Ele murmurou, ainda jogado no colchão. — Pode trazer um desfibrilador também? Acho que meu coração ainda não voltou ao ritmo normal.

Ela saiu do quarto rindo, deixando Carlos para trás, ainda se recuperando do que tinha sido, sem dúvidas, a melhor noite da vida dele.

𝟓𝟓 - 𝙞𝙢𝙖𝙜𝙞𝙣𝙚𝙨  Onde histórias criam vida. Descubra agora