Meu celular vibrou, era Mia louca da vida perguntando onde eu estava. Respondi com um breve "A gente se encontra depois. Bjs".
— Me fala quando quiser ir embora.
— Não sabia que você podia ser tão calmo e romântico — brinquei, ele riu.
— Romântico? — ele me encarou com o ar brincalhão.
— Sim, isso tudo é meio romântico. Mas quem te vê, não pensa que você é um cara romântico.
— Por que não?
— Porque você tem um jeito durão, mandão não parece nada com um cara romântico.
Ele riu.
— O que foi?
— Você também não parece uma romântica.
— Ah é? — falei debochando.
— "Eu não vou a lugar algum com você" "Você é completamente louco" "Porra Justin" "Primeiro, você não me conhece" — ele repetiu todas as minhas frases.
— Eu não falo desse jeito. — ri.
— Realmente, você consegue ser pior.
Dei um soco de leve em seu ombro.
— Você tem uma personalidade diferente da que eu pensei.
— Como assim? — ele me encarou.
— A primeira vez que te conheci, achei que era aqueles playboy filhinho de papai que só gosta de curtir e curtir e não liga pra nada. Mas agora que te conheci — fiz o sinal de aspas enquanto falava "conheci" — percebi que você não é tudo isso, no geral.
— No geral? — ele sorriu.
— Aham - balancei a cabeça — A gente pode ir? — sorri de leve me levantando.
Ele sorriu e se levantou.Justin me deixou em casa por volta das 17, Mia não havia chegado ainda.
— Camryn. — a voz do meu pai me assustou.
— Nossa não sabia que ainda morava aqui. - brinquei mas sua expressão continuou seria. — O que?
— Nada filha, só estresse no trabalho. — ele sorriu de leve.
— Ok. — sorri e dei um beijo em sua bochecha subindo para o andar de cima.
Meu celular vibrou. Número desconhecido.
"Me espera na saída da escola amanhã.
JB"
Sorri.
"Não é só porque aceitei sair com você uma vez que vou aceitar sair outra."
Ele respondeu quatro minutos depois:
"Você não aceitou na verdade, eu não me importaria em ter que te sequestrar de novo."
"Eu ligo pra polícia."
"Não acredito em suas promessas Camryn, se fosse por elas, já estaria preso faz tempo."
"Você é muito convencido, Sr. Bieber. "
"Vejo você amanhã. Até mais baby."
Enxerido.
— Com quem você tanto fala C. Davis? — não tinha percebido Mia parada na porta do meu quarto.
— Ninguém importante. — sorri. — O que M. Sawyer estava fazendo até agora?
— Nada importante. — ela sorriu me provocando.
Revirei os olhos.Passamos a noite assistindo filmes do Zac Efron, e comendo besteiras como sempre. Passava das 23 horas e eu já estava morta, fazia dois dias que eu não dormia direito.
— Você está horrível, Cam. — a voz de Mia me despertou.
— Estou morta, por favor não me acorde amanhã.
— Vou sair cedo amanhã.
— Eu também — falei baixo demais, não ouvi o que Mia respondeu, cai no sono.Meu despertador tocou ás 8:00 ao som de Rude, Mia já tinha saído. Pensei em por o uniforme mas provavelmente não ia assistir aula de novo então coloquei um shorts social preto e uma regata salmão.
— Bom dia, mãe. — falei ao encontrar minha mãe na cozinha.
— Bom dia, filha. Vai sair logo cedo?
— Aham — respondi com um pedaço de bolo na boca.
— Que bom que está aproveitando o verão.
Sorri e me despedi, pegando a chave de seu carro.
No caminho pensei nele. Como as coisas estão acontecendo rápido. Como algo me puxa para ele, consigo sentir isso desde a primeira vez que o vi. Eu neguei e ainda nego — acho — , mas tem algo nele que não me permite negá-lo.
É como se ele fosse um navio e eu, sua âncora; não importa quantas vezes ela saia, ela sempre volta.
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The Second Chance
Roman pour AdolescentsO que você faria se descobrisse que um ano da sua vida foi apagado? O que faria se reencontrasse o amor da sua vida mas não lembrasse? O que faria se a vida te desse uma segunda chance? A aceitaria? Ou a desprezaria? E se tivesse outra chance para...