8 de Setembro de 2014.
Buzinei, nemhum sinal dela. Ela sempre se atrasava. Andei até a porta e bati. Melinda abriu.
- Justin - ela sorriu - ela já tá descendo. Atrasada como sempre. - retribui o sorriso.
Nunca me dei bem com pais, os pais de Camryn eram os primeiros que eu realmente havia conhecido. Me despertei do meu pensamento quando a vi descendo as escadas.
- Boa noite, mãe. Não sei que horas vou chegar, não precisa me esperar. - Camryn beijou a bochecha da mãe e se despediu.
- Se divirtam. - Melinda sorriu.
- Acho que sua mãe não gosta muito de mim. - exclamei quando entrei no carro.
- Ela te adora. Ela só fica preocupada, você sabe. - sorri.
Íamos à uma festa na casa de uns dos amigos de Mia, nunca gostei muito dela, não entendia como ela podia ser a melhor amiga de Camryn. Elas eram totalmente diferentes, Mia era o tipo de garota escandalosa, e Camryn, ficava mais na sua.- Wassup - Ryan veio na minha direção com um copo na mão. Me abraçou como sempre fazia.
- Justin. - Isabelle, namorada de Ryan, veio sorrindo na minha direção e me deu um abraço, depois fez o mesmo com Camryn.
Mia veio gritando em direção a ela. Queria poder esganá-la. Ela me cumprimentou, por educação, fiz o mesmo. Logo depois, ela desapareceu pela multidão.
- Vou pegar um drink. - era a voz de Camryn no meu ouvido, a música estava alta demais.
- Vou com você. - fiz o mesmo na orelha dela e deu um leve beijo em seus lábios, segurei sua mão e andamos até o bar.
Peguei uma vodka pura enquanto Camryn pedia um saquê de kiwi.
- Obrigada. - ela sussurrou no meu ouvido.
- Pelo quê? - perguntei.
- Por isso. - ela sorriu e me beijou. Retribui.
Ela me puxou para a pista de dança, seus olhos brilhavam de animação, era o tipo de par grandes de olhos azuis que fazia você se perder totalmente. Puxei-a pela cintura para perto de mim e ela envolveu seus braços em torno do meu pescoço, sorri e beijei sua testa, logo depois, seus lábios. Ela corria seus dedos pelo meu cabelo toda vez que eu a beijava. Sorri.
- Vou pegar mais uma bebida. - ela me deu um último beijo e andou em direção ao bar. Um tempo depois voltou com outro saquê nas mãos.
O drink foi virando drinkS e mais drinks e mais drinks. Até que Camryn estava totalmente lesada de bêbada. Eu não estava no melhor estado mas estava em um estado totalmente melhor que o dela. Qualquer um estava em um estado melhor que o dela.
- Eu quero mais um.. - ela tentou andar em direção ao bar mas caiu, a segurei antes que ela chegasse no chão.
- Já chega por hoje. - a segurei e andei em direção ao carro. Quase todos já haviam ido embora.
Quando chegamos no estacionamento Camryn parou e abaixou a cabeça, estava vomitando. A soltei de modo que ela ficou apoiada nos joelhos, segurei seus cabelos pra trás.
- Justin. - era a voz de Ryan gritando. Virei para encará-lo, ainda segurando os cabelos de Camryn. - Podemos ir com vocês? Não to em condições pra dirigir.
- Dorme ai. - Ryan concordou com a cabeça.
Camryn havia parado de vomitar. A carreguei até o carro. Ela estava péssima e não falava nada com nada. Senti uma leve tontura antes de entrar no carro mas ignorei.
Sai e peguei a avenida, era perto das 4, estava totalmente vazia. Camryn começou a vomitar de novo, estava andando rápido demais mas ainda assim acelerei para passar no farol vermelho. Não vi um carro preto vindo para atravessar. Ele bateu em cheio do lado direito. Apaguei.- Corredor 198, a garota está entrando na sala de cirurgia, contém ferimentos graves. Estava desacordada. O garoto está normal, apenas com uns ferimentos leves, acordará em breve.
Abri os olhos. Estava em uma sala branca, totalmente branca. Tentei levantar mas estava cercado por aparelhos.
- Ei ei ei, devagar garotão. - uma mulher, enfermeira, andou na direção da cama. - Você ainda ta fraco, não pose fazer esforço.
- Cadê ela?
- Sua amiga não teve a mesma sorte que você, vai entrar em cirurgia - ela olhou o relógio - exatamente agora.
Coloquei a mão que estava livre no cabelo quando percebi o quê realmente estava acontecendo.
- Descanse um pouco. - ela continuou - Se continuar dando resultados positivos, ainda sai daqui hoje.
Deitei na cama, em choque. Não poderia perder ela. Não iria suportar. Comecei a ficar tonto, provavelmente a enfermeira havia injetado alguma coisa no soro. Meus olhos se fecharam devagar, tentei deixá-los abertos, não deu muito sucesso. Apaguei.
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The Second Chance
Ficção AdolescenteO que você faria se descobrisse que um ano da sua vida foi apagado? O que faria se reencontrasse o amor da sua vida mas não lembrasse? O que faria se a vida te desse uma segunda chance? A aceitaria? Ou a desprezaria? E se tivesse outra chance para...