Não sei exatamente quanto tempo Maia e eu ficamos abraçadas, mas demorou um pouco até ela me soltar e pedir desculpas mais umas trezentas vezes.
— Nos encontramos amanhã. Realmente preciso fazer umas compras.
— Ok. — sorrio — Amanhã.
Ela sorri e vai até seu carro, sumindo pela rua. Ando até a porta e tiro a chave da fechadura.
— Maia já foi? — grito.
— Droga, Justin! — o encaro — Você está causando demais hoje!
Ele ri.
— Desculpa. Pensei que ela ia precisar de alguma coisa.
— Bem, ela não precisou. — dou um sorriso fraco — Estou feliz, sabe? Nunca pensei que ela faria alguma coisa desse tipo, se desculpar. Ela deve se preocupar muito.
— É... isso foi estranho.
— O que aconteceu com vocês?
— Tentamos reatar — ele encosta na cerca da varanda e cruza os braços — mas não deu certo. Ela caiu na real, como você viu, e disse que não me amava, amava o sentimento que eu a transmitia.
— Isso podia ser uma música, sabe? Tipo "Estou apaixonada por você ou pelo sentimento?"
Ele ri.
— Bem, quem sabe. — ele da ombros — Nunca viria um cantor. A fama é um veneno sem cura, você se perde no caminho, perde seu propósito e eu não quero isso.
— É...
Ele meneia a cabeça e desencosta da cerca.
— Vou indo.
— Ok. — dou um sorriso fraco.
Ele retribui e passa na minha frente, descendo os degraus e indo até a moto. Entro e fecho a porta. Vou até a cozinha e suspiro fundo, bebendo um copo de água. Ouço uma batida na porta e tomo o último gole da água, antes de ir até a porta. Abro a porta e vejo Justin, ele está parado, segurando sua jaqueta preta em uma das mãos.
— Você esqueceu alguma coisa? — pergunto.
Ele não responde, apenas meneia a cabeça e entra.
— Eu quero que você me fale.
— O que?
— O que você sente. — ele coloca a jaqueta no sofá e passa a mão da testa até seus cabelos — Eu olho pra você e não vejo nada, não consigo saber como você se sente e eu... — ele olha pra baixo e passa dois dedos na testa — eu preciso saber.
— Justin, eu não sei o que dizer.
Eu não sei como dizer.
— Por favor. — ele me encara.
— Mas eu...
— Camryn, por favor. Eu preciso saber.
— O que você quer que eu diga? — explodo — Sim, eu fiquei louca quando cheguei na sua casa e vi Maia saindo do quarto, mas ninguém precisava saber. Eu queria te matar quando você entrou no carro por mim, mesmo não estando certo daquilo. Todas as coisas que aconteceram comigo você era o primeiro que eu pensava em falar, mas não sabia como. E o beijo em San Diego significou mais que um simples beijo pra mim. Eu também tentei, com Lucas, assim como você tentou com Maia. Mas toda hora que ele me beijava, eu lembrava de você. E sim, também fiquei louca quando cheguei no quarto e você estava quase caindo de dor. Eu queria matar Ian quando ele fez aquelas piadas sobre você. Quase morri quando te vi naquela cama no hospital e não podia fazer nada, nem segurar sua mão, com medo que alguém aparecesse. — coloco a mão da cabeça e o encaro — Droga, Justin, tem tanta coisa que você não sabe!
Ele me encara por um instante e se aproxima — rápido demais — não acho que vai parar. Sinto suas mãos no meu rosto antes dos seus lábios encontrarem os meus.
Ele me empurra contra a parede e eu passo a mão pelos seus cabelos. É tão macio, Deus! Ele desce suas mãos até minhas coxas e eu pulo no seu colo, colocando os braços ao redor do seu pescoço. Ele dá a volta pela sala e me coloca deitada no sofá, se apoiando de modo que ele fica sobre mim.
Ele sorri e eu puxo sua camisa, o beijando. Seus lábios são exigentes, firmes e lentos. Ele coloca a mão nas minhas costas e a empurram, de modo que eu fico sentada e ele tira minha regata e em seguida tira sua camisa. Ele é mais gostoso do que eu pensava. Desabotoo meu sutiã e jogo no chão, ao lado do sofá. Mordo o lábio inferior e o encaro. Seus olhos estão em chamas, ele dá um sorriso malicioso e me beija, cada vez mais forte. Deito no sofá com ele sobre mim e corro os dedos pelas suas costas, sinto ele se remexer e sorrir.
Ele desce a cabeça e beija minha barriga. Sobe um pouco mais e beija no meio dos meus seios. Minha pele arde de desejo. Sua mão passeia pelo meu corpo, no meu quadril, passando pela cintura e subindo até meus seios. Ele tira meu shorts com delicadeza e joga no chão. Estou completamente nua da cintura pra e isso não me incomoda.
Corro as mãos pela suas costas até o botão da sua calça, e desabotoou. A empurro pra baixo e ele faz o resto. Ele beija meu pescoço e corre a mão pelo meu corpo. Sinto arrepios em todos os lugares. Quero ele em todos os lugares. Ele passa a mão pela minha calcinha e eu dou gemido baixo. Sinto ele sorrindo e beijando da minha clavícula direita até minha barriga e depois voltando e parando nos lábios.
Sua mão passeia pela minha cintura até que ele coloca a mão dentro da minha calcinha. Mordo meu lábio inferior com força e fecho os olhos. Sinto ele a tirar como se tivesse tirando a roupa de uma boneca. Estou completamente nua agora. Estou o sentindo em todo o meu corpo. Deus! Quero ele em todos os sentidos possíveis.
Ele brinca com os dedos e eu gemo alto, em seguida coloco a mão na boca e rio. Ele faz o mesmo.
Ele puxa um pacote de camisinha do bolso da sua calça jogada no chão e o abre com a boca. O encaro e mordo o lábio inferior. Ele sorri. Filho da mãe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Second Chance
Fiksi RemajaO que você faria se descobrisse que um ano da sua vida foi apagado? O que faria se reencontrasse o amor da sua vida mas não lembrasse? O que faria se a vida te desse uma segunda chance? A aceitaria? Ou a desprezaria? E se tivesse outra chance para...