— Tudo pronto? — Maia sai pela porta de vidro e em seguida vejo Rob carregando duas malas grandes. — Onde está Dylan?
— Estou aqui. — exclama Dylan enquanto sai logo atrás de Rob. Maia joga a chave para ele e ele tranca. — Não esqueceram nada?
Balanço a cabeça negando e dou um beijo rápido em Justin, dou a volta no carro e entro no banco do passageiro. Ele faz um sinal para Dylan que joga a chave do carro pra Maia. Justin é o segundo a sair logo atrás do carro de Maia. Encosto a cabeça no vidro e respiro fundo.
— Essa pode ser a última vez que passamos juntos aqui. Todos nós.
Sinto Justin me encarar de relance e trocar a marcha.
— Sempre estaremos juntos de alguma maneira.
— Eu sei. — desencosto do vidro e olho o carro de Maia a poucos metros de nós — Mas não vai ser a mesma coisa. Eu vou estar do outro lado do país, Dylan também, Maia provavelmente também. E você? — o encaro.
Ele suspira e coloca as duas mãos no volante.
— Eu não sei. — por um instante acho que é tudo que irá responder até que ele continua — Não sinto que pertenço a algum lugar, e sem você acho que vou ficar mais perdido ainda. — ele me encara por um instante e volta a atenção para a estrada — Você é meu porto seguro.
Dou um sorriso de leve e coloco os pés sobre o banco, encostando o queixo no joelho.
— Por que não vem comigo? — deito a cabeça e o encaro. Ele me encara por um instante. — Vai ser bom para mim e para você. Eu não conheço ninguém e me sinto bem do seu lado, e você não ficaria sozinho.
— Eu não quero te atrapalhar.
— Ah não — resmungo — Não vem com essa!
Ele ri.
— Estou brincando. Claro que vou com você. — ele tira uma das mãos no volante e coloca sobre a minha — Juntos. Sempre.
Sorrio e aperto sua mão. De algum modo, sinto meu corpo ficando mais leve. Talvez não ficarei sozinha, afinal.— Cam. Acorda. Estamos em casa. — abro os olhos e vejo o rosto de Maia sobre mim. — Por que você sempre dorme? — ela franze a testa.
— Porque eu posso! — respondo e ela revira os olhos, rio. — Onde estão os garotos?
— Conversando. — ela aponta a cabeça para um dos carros, vejo Justin e Dylan de um lado e Rob andando em nossa direção.
— Esses dias foram ótimos. Obrigado. — ele exclama com um sorriso. Retribuo.
— De nada. — Maia responde. — Você não é tão chato, afinal.
Ele ri e dá uma piscadela, saindo. Maia volta a atenção para mim.
— Então, como vai ser daqui pra frente?
Respiro fundo.
— Eu não sei. Vou passar a noite arrumando as malas, Justin vai comigo.
— O que? — ela parece surpresa — Isso é maravilhoso!
Dou um sorriso e balanço a cabeça.
— Amanhã cedo estarei aqui. Prometo. — ela exclama e abre os braços para um abraço, a abraço — Eu te amo, Cam.
— Eu também te amo, vadia.
Ela segura meus ombros e abre a boca.
— Camryn Davis você acabou de falar vadia? — ela transforma a surpresa num sorriso — Estou tão orgulhosa de você!
Ela me abraça de novo e eu rio.Justin
Então Camryn realmente me chamou para ir com ela, isso vai ser bom. Muito bom.
Paro a moto do lado de fora e procuro as chaves da porta da frente no bolso. Coloco na fechadura e ouço um barulho de galho quebrando, olho para trás e não vejo nada.
Abro a porta e entro, vou até o quarto e tiro a camisa, me jogando na cama. Instantes depois a campainha toca. Levanto e vou até a porta, vejo uma mulher vestida com jeans rasgado e uma camiseta do The Beatles.
— Quem é você? — pergunto.
— Oi. — ela responde e parece entrar em choque. — Tem um homem jogado na avenida, não tenho certeza se está vivo. Você é a primeira casa que eu achei, desculpa. Pode me ajudar?
— Claro. Apenas um minuto. — volto para o quarto e pego a camisa, colocando e voltando para a mulher. Fecho a porta e a sigo.
Quando chegamos entro em choque. É definitivamente um homem. E eu o conheço de imediato. É o pai da Camryn.
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The Second Chance
Teen FictionO que você faria se descobrisse que um ano da sua vida foi apagado? O que faria se reencontrasse o amor da sua vida mas não lembrasse? O que faria se a vida te desse uma segunda chance? A aceitaria? Ou a desprezaria? E se tivesse outra chance para...