14 | Graduation Day

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        — Camryn, acorda. Temos muita coisa pra fazer. — minha mãe batia na porta. Coloquei a cabeça debaixo do travesseiro e bufei. — Camryn já é 11 horas.
       Levantei e abri a porta.
        — Vai derrubar a porta desse jeito, mãe.
        — Se arruma. Tem que ajeitar as coisas para hoje a noite, e você vai no salão comigo.
        Fiz careta e fui me trocar. Saímos perto das 12. Liguei para a Mia, era a primeira vez que eu falava com ela em semanas.
        — CAAAAAM — ela praticamente gritou.  — Onde você ta?
        Sorri. Estava com saudades dessa animação toda.
       — To indo pro salão. Você vai?
       — Já to aqui baby. Não me fala que você ai trazer seu namorado bleh — ela fez voz de nojo.
       — Não se preocupa.
       Desliguei rindo.
       — Faz tempo que não te vejo assim. — minha mãe sorriu.
       Sorri, sem responder.

       — CAMRYN — Mia veio correndo do outro lado do salão com o cabelo cheio de bob e pulou em mim.
       — Você é louca. — ambas rimos.
       — Senti sua falta. — ela me abraçou.
       — Eu também, Mia. — sorri.
       Voltamos para onde Mia estava e eu sentei na cadeira para lavar o cabelo. Provavelmente iria fazer uma hidratação básica apenas.
      Passamos quase o dia todo rindo e  comendo, eu, Mia e Mike – o cabeleireiro gay. Fiz apenas a hidratação e Mia alisou mais ainda o cabelo. Passei em casa, peguei minha roupa e fui para a casa de Mia. Quando chegamos, fomos tomar banho para começar a se arrumar.
       — Senti tanta a sua falta. Nunca mais suma desse jeito. Vadias acima de garotos. — ela levantou a mais fechada, ri e bati.
       Coloquei um vestido verde, não muito chamativo. Mia colocou um branco, um pouco chamativo demais, mas essa era ela.
       — Pronta? — concordei com a cabeça.
      Descemos, os pais de Mia já estavam prontos.
       — Vocês estão lindas. — Carla, a mãe de Mia. Sorrimos.
       Andamos até a garagem onde o pai de Mia estava conversando com o motorista, ele nos cumprimentou e nos elogiou. Sorrimos de novo. Entramos no carro e perto das 16 chegamos. Estava lotado. A cerimônia era ao ar livre.
       — Filha. — minha mãe sorriu — Você está perfeita. — sorri e a abracei.
       — Pai. — beijei sua bochecha e sai com Mia para colocarmos a roupa da formatura.
        Fomos atrás do palco e pegamos a roupa.
       — Ei namorada — Dylan me surpreendeu por trás, beijando minha bochecha. Sorri, Mia revirou os olhos. — Você tá linda.
      — Você não ta nada mal. — Mia o encarou e sorriu sarcástica.
      Beijei seus lábios e fui para o meu lugar, atrás de Mia.
      — Você é péssima. — sussurrei.
      — Obrigada. — ela sorriu.
     A cerimônia foi maravilhosa e durou cerca de 2 horas. Nome por nome foi chamado e no final, jogamos nossos chapéus pra cima. Perto das 19 fomos para a festa, metade ao ar livre e metade dentro do salão da escola.
      — Estou tão orgulhosa de você, filha. — ela beijou minha testa.
      — Obrigada, mãe. — sorri. — Por tudo. — beijei seu rosto e sai a procura de Mia. A encontrei perto da pista.
      — À nós — ela ergueu um copo e me deu outro.
     — À nós. — sorri e bebi em um gole.
     A noite foi incrível, não ficamos até o final porque a festa iria continuar na casa de Mia. Perto das 22, toda nossa classe e metade dos pais foram pra lá. 
     — Bem vindos a uma festa de verdade. — Mia sorriu enquanto atendia os convidados. Ri.
     Andamos até o jardim.
     — Já parou pra pensar por tudo que já passamos e conquistamos em menos de um ano? — Mia me encarou.
     — É uma loucura. Tudo passa tão rápido.
      — To orgulhosa de você, Mia. — sorri e a abracei.
     — Eu também, Cam. — ela retribuiu. — Agora vamos curtir, porque essa noite a cidade é nossa. — ela girou pelo jardim, ri.
     Voltamos para a parte de trás da casa.
     — Sou um sortudo. — Dylan me surpreendeu de novo, me puxando para si. Sorri e beijei seus lábios.
    — Pensei que não ia vir com o blazer. — encarei-o.
     — Mudei de ideia. — ele sorriu. — Vamos fazer um brinde. — sorri.
     Andamos até o bar e brindamos com duas bebidas roxas com um guarda-chuva.
     — Já volto. — sorri e andei para o banheiro de dentro da casa, havia banheiros lá fora mas não era como os de dentro.
     A maioria dos adultos estavam dentro de casa, parecia uma festa dupla. Fui para o banheiro mais longe, depois do longo corredor. Antes de chegar, ouvi a voz do meu pai. Revirei os olhos.
       — Com licença, eu gostaria de fazer um brinde em homenagem a minha filha Camryn. Onde você ta? Camryn?
       Virei de costas e voltei para a sala.
        — Vem aqui — andei até o degrau que ele estava e subi. — Um brinde a Camryn, a Mia e a todos que desde agora, vão fazer suas próprias escolhas.
       Suas próprias escolhas.

The Second ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora