— Camryn, acorda. Temos muita coisa pra fazer. — minha mãe batia na porta. Coloquei a cabeça debaixo do travesseiro e bufei. — Camryn já é 11 horas.
Levantei e abri a porta.
— Vai derrubar a porta desse jeito, mãe.
— Se arruma. Tem que ajeitar as coisas para hoje a noite, e você vai no salão comigo.
Fiz careta e fui me trocar. Saímos perto das 12. Liguei para a Mia, era a primeira vez que eu falava com ela em semanas.
— CAAAAAM — ela praticamente gritou. — Onde você ta?
Sorri. Estava com saudades dessa animação toda.
— To indo pro salão. Você vai?
— Já to aqui baby. Não me fala que você ai trazer seu namorado bleh — ela fez voz de nojo.
— Não se preocupa.
Desliguei rindo.
— Faz tempo que não te vejo assim. — minha mãe sorriu.
Sorri, sem responder.— CAMRYN — Mia veio correndo do outro lado do salão com o cabelo cheio de bob e pulou em mim.
— Você é louca. — ambas rimos.
— Senti sua falta. — ela me abraçou.
— Eu também, Mia. — sorri.
Voltamos para onde Mia estava e eu sentei na cadeira para lavar o cabelo. Provavelmente iria fazer uma hidratação básica apenas.
Passamos quase o dia todo rindo e comendo, eu, Mia e Mike – o cabeleireiro gay. Fiz apenas a hidratação e Mia alisou mais ainda o cabelo. Passei em casa, peguei minha roupa e fui para a casa de Mia. Quando chegamos, fomos tomar banho para começar a se arrumar.
— Senti tanta a sua falta. Nunca mais suma desse jeito. Vadias acima de garotos. — ela levantou a mais fechada, ri e bati.
Coloquei um vestido verde, não muito chamativo. Mia colocou um branco, um pouco chamativo demais, mas essa era ela.
— Pronta? — concordei com a cabeça.
Descemos, os pais de Mia já estavam prontos.
— Vocês estão lindas. — Carla, a mãe de Mia. Sorrimos.
Andamos até a garagem onde o pai de Mia estava conversando com o motorista, ele nos cumprimentou e nos elogiou. Sorrimos de novo. Entramos no carro e perto das 16 chegamos. Estava lotado. A cerimônia era ao ar livre.
— Filha. — minha mãe sorriu — Você está perfeita. — sorri e a abracei.
— Pai. — beijei sua bochecha e sai com Mia para colocarmos a roupa da formatura.
Fomos atrás do palco e pegamos a roupa.
— Ei namorada — Dylan me surpreendeu por trás, beijando minha bochecha. Sorri, Mia revirou os olhos. — Você tá linda.
— Você não ta nada mal. — Mia o encarou e sorriu sarcástica.
Beijei seus lábios e fui para o meu lugar, atrás de Mia.
— Você é péssima. — sussurrei.
— Obrigada. — ela sorriu.
A cerimônia foi maravilhosa e durou cerca de 2 horas. Nome por nome foi chamado e no final, jogamos nossos chapéus pra cima. Perto das 19 fomos para a festa, metade ao ar livre e metade dentro do salão da escola.
— Estou tão orgulhosa de você, filha. — ela beijou minha testa.
— Obrigada, mãe. — sorri. — Por tudo. — beijei seu rosto e sai a procura de Mia. A encontrei perto da pista.
— À nós — ela ergueu um copo e me deu outro.
— À nós. — sorri e bebi em um gole.
A noite foi incrível, não ficamos até o final porque a festa iria continuar na casa de Mia. Perto das 22, toda nossa classe e metade dos pais foram pra lá.
— Bem vindos a uma festa de verdade. — Mia sorriu enquanto atendia os convidados. Ri.
Andamos até o jardim.
— Já parou pra pensar por tudo que já passamos e conquistamos em menos de um ano? — Mia me encarou.
— É uma loucura. Tudo passa tão rápido.
— To orgulhosa de você, Mia. — sorri e a abracei.
— Eu também, Cam. — ela retribuiu. — Agora vamos curtir, porque essa noite a cidade é nossa. — ela girou pelo jardim, ri.
Voltamos para a parte de trás da casa.
— Sou um sortudo. — Dylan me surpreendeu de novo, me puxando para si. Sorri e beijei seus lábios.
— Pensei que não ia vir com o blazer. — encarei-o.
— Mudei de ideia. — ele sorriu. — Vamos fazer um brinde. — sorri.
Andamos até o bar e brindamos com duas bebidas roxas com um guarda-chuva.
— Já volto. — sorri e andei para o banheiro de dentro da casa, havia banheiros lá fora mas não era como os de dentro.
A maioria dos adultos estavam dentro de casa, parecia uma festa dupla. Fui para o banheiro mais longe, depois do longo corredor. Antes de chegar, ouvi a voz do meu pai. Revirei os olhos.
— Com licença, eu gostaria de fazer um brinde em homenagem a minha filha Camryn. Onde você ta? Camryn?
Virei de costas e voltei para a sala.
— Vem aqui — andei até o degrau que ele estava e subi. — Um brinde a Camryn, a Mia e a todos que desde agora, vão fazer suas próprias escolhas.
Suas próprias escolhas.
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The Second Chance
Teen FictionO que você faria se descobrisse que um ano da sua vida foi apagado? O que faria se reencontrasse o amor da sua vida mas não lembrasse? O que faria se a vida te desse uma segunda chance? A aceitaria? Ou a desprezaria? E se tivesse outra chance para...